Tepco começa operação para tirar combustível de reator de Fukushima

Porta-voz disse que primeiros elementos foram guardados sem problemas. Reator 4 era o único que não funcionava durante tsunami de 2011.

A Tepco, operadora da usina nuclear de Fukushima, no Japão, informou que começou nesta segunda-feira (18), a delicada operação para retirar o combustível do reator 4 da central elétrica danificada por um terremoto seguido de tsumani em 2011. O processo marca o início de uma nova fase no desmantelamento da central atômica.

Noriyuki Imaizumi, porta-voz da Tepco, citado pela agência AP, disse que um grupo de seis trabalhadores conseguiu armazenar dois conjuntos de elementos combustíveis em um tonel nesta segunda. Não houve problemas durante o procedimento, segundo a empresa.

Os técnicos da Tepco retirarão o combustível do reator com a ajuda de uma grua construída especificamente para a delicada operação. Elas devem depositar o material em tonéis de armazenamento seco, de onde seguirá para outro depósito considerado mais seguro.

A operação precisa ser feita com grande cuidado para evitar que o combustível emita altas doses de radiação.

Dos quatro reatores da central que foram gravemente afetados em 2011, o número 4 era o único que não estava em funcionamento no momento de acidente e o único que não possuía combustível dentro do núcleo do reator.

No entanto, a piscina de combustível continha urânio e, durante a crise, o edifício sofreu uma explosão que atingiu o teto do compartimento.

De acordo com a Tepco, todo o equipamento usado na operação tem mecanismos de segurança que impedem que o combustível possa cair e emitir radiação. A operação está prevista para ser concluída até o final de 2014. O processo completo de desmantelamento deve levar de 30 a 40 anos.

Problemas
A operação ocorre após meses de atrasos e problemas técnicos, entre eles
diversos vazamentos de água radioativa, que provocaram amplas críticas à Tepco pela gestão do pior acidente nuclear desde o de Chernobyl, em 1986.

No entanto, este trabalho é mais fácil se for comparado com a tarefa muito mais complexa que caberá aos engenheiros, que precisarão eliminar os núcleos deformados de outros três reatores que se fundiram antes de ficarem sob controle, há dois anos.

As barras de combustível estão agrupadas em mais de 1.500 pacotes que devem ser retirados da piscina de armazenamento na qual se encontravam quando o tsunami arrasou Fukushima.

Em dois dias, a companhia espera retirar 22 pacotes de combustível, razão pela qual a operação completa deve necessitar de mais de um ano para ser finalizada.

O enorme guindaste, que funciona por controle remoto, foi colocado dentro da piscina, de onde captura os pacotes para colocá-los um a um dentro de um barril que havia sido submerso completamente no tanque.

Fonte: Japão | G1 - postado em 18/11/2013

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