Articulação Antinuclear Brasileira

A Articulação Antinuclear Brasileira (AAB) foi criada em 2011 e é Integrada por indivíduos, entidades, movimentos socioambientais e pesquisadores.

Buscamos fortalecer a luta antinuclear, defendendo o uso de energias renováveis e de um Brasil livre do nuclear.

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Futuro Ameaçador: Nordeste brasileiro está sob a sombra da ameaça nuclear

Postado por Articulação Antinuclear BR em 3 fevereiro 2024 às 8:30 0 Comentários

A riqueza cultural e a força para superar adversidades das mais amargas são marcas do povo do Nordeste. Mas a luta agora é contra um inimigo muito mais assustador. A ameaça nuclear, já presente com a mineração de urânio em Caetité, na Bahia, estica seus tentáculos na direção de Pernambuco e do Ceará.

Comunidades tradicionais estão em risco. Indígenas, quilombolas, campesinos e ribeirinhos são abordados com falsas promessas, sobretudo de empregos que não chegarão até eles. Se houver oportunidade para essa população numa construção nuclear de grande porte, será em posições onde o trabalho é pesado, perigoso e mal remunerado. Os bons salários serão destinados a engenheiros e técnicos trazidos do exterior ou de grandes cidades. História já vivida em outras cidades brasileiras que receberam empreendimentos nucleares de grande porte e viram aumentar de maneira alarmante os problemas sociais.

Há ainda outros prejuízos que ficarão na conta de quem vive numa região de escassez hídrica. Tanto a mineração quanto as usinas necessitam de água em larga escala – recurso valioso para o povo sertanejo, que aguarda cada chuva como uma bênção.

Opará: complexo nuclear à beira do rio leva perigo às comunidades

O rio São Francisco é um dos alvos da voracidade nuclear. As comunidades do sertão pernambucano resistem à implantação de uma central nuclear em Itacuruba. Mesmo com diversas vitórias, o projeto avança de forma sorrateira e espalha medo. "Tivemos no início do chamado uma grande quantidade de pessoas abraçando a causa contra o projeto. Mas hoje, no município, algumas pessoas mudaram de opinião quando foi falado sobre dinheiro que poderia entrar na cidade. Pelo fato do projeto não ser discutido abertamente lutamos no escuro buscando sempre mais apoiadores da causa contra projetos nucleares no Brasil e mundo", alerta Sandriane Lourenço, professora e liderança…

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Descarte impossível: lixo nuclear é problema sem solução e será ameaça perigosa durante os próximos séculos

Postado por Articulação Antinuclear BR em 26 janeiro 2024 às 20:30 0 Comentários

As pequenas placas parcialmente cobertas de mato alto ao longo do arame farpado trazem alerta: "Perigo! Risco de radiação". Mas a ameaça à vida dos moradores de São Paulo, Caldas em Minas Gerais e Abadia de Goiás é muito maior do que os discretos alertas podem fazer crer.

Os depósitos de lixo nuclear no Brasil, decorrentes da atividade perigosa, são mal fiscalizados e com pouca segurança. Na maior cidade de todo o hemisfério sul, um terreno mal cuidado ao lado de uma gigantesca igreja que atrai milhares de fiéis para acompanhar as missas de Padre Marcelo Rossi, estão galpões com toneladas de resíduo da extinta Usina Santo Amaro, ou Nuclemon. As operações duraram 50 anos mas após o encerramentos, na década de 1990, o que sobrou foi deixado para trás, sem o cuidado apropriado. Nesta localidade, é praticamente impossível ter um plano de emergência para o caso de um acidente numa área densamente povoada.

Caldas, em Minas Gerais, abrigou a primeira mineração de urânio do país de onde saíram 1200 t de concentrado de urânio. Hoje, abandonada, deixou um rastro de destruição. Uma área morta com o tamanho de quase 2.000 campos de futebol parece um cenário de filme de terror. Há também barragens de águas ácidas que estão no limite: um risco de um desastre ambiental de proporções gigantescas. As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) calam sobre o tamanho do problema ou possíveis soluções para a região, enquanto moradores do entorno adoecem.

“Não há relacionamento com a comunidade local. Existe uma propaganda institucional que sugere esse relacionamento, mas, na prática, grupos que questionam as atividades da INB sempre encontram maior dificuldade na promoção do diálogo ou debate”, lamenta Silvana Torquato, membro da AAB Núcleo Caldas.

Goiás e presença alarmante dos restos do acidente com Césio-137

Palco de uma das maiores tragédias nucleares do mundo,…

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2023, o ano mais sinistro para o Programa Nuclear Brasileiro

Postado por Articulação Antinuclear BR em 21 janeiro 2024 às 9:46 0 Comentários

E 2024 já chegou com problemas, incluindo o desligamento de Angra 1

Desde que foi criado, há 72 anos, o Programa Nuclear Brasileiro e as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) nunca viveram um ano tão catastrófico. 2023 chegou muito agourento, pipocando graves denúncias, especialmente em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em Caldas (MG), funcionou o primeiro complexo mínero-industrial de exploração de urânio, hoje chamado Unidade de Descomissionamento de Caldas (UDC). Ali aconteceu a primeira fase da cadeia de produção da energia nuclear no Brasil. Em Rezende…

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Angra dos Reis (RJ) e Caetité (BA): territórios em constante insegurança nuclear, com moradores cercados pelos medos atômicos.

Postado por Articulação Antinuclear BR em 19 janeiro 2024 às 19:30 0 Comentários

Neste início de 2024, as cidades produtoras da energia nuclear brasileira, Angra com duas usinas, e Caetité com as minas de urânio, vivem em cenários de problemas recorrentes. Um vendaval destelhou instalações da mina radiotiva baiana, a produção de urânio teve de ser paralisada. E falhas no sistema mecânico das turbinas de Angra 1 levaram à paralisação da unidade. Esta série de ocorridos deixa especialistas e a sociedade em alerta constantes.

Se não temos segurança nas instalações atuais, como podemos aceitar que o PAC financie estudos de viabilidade para a extensão da vida útil de Angra 1 por mais 20 anos e de quebra a continuidade das obras de Angra 3? Como podemos aceitar a expansão das minas em Caetité por mais décadas, se problemas estruturais de suas instalações seguem recorrentes?

Para compor o quadro de negligência do Programa Nuclear Brasileiro, no início de 2024, houve na cidade de Resende (RJ) uma invasão feita por jovens na fábrica das "pastilhas" de urânio (produto para abastecer as usinas). Lembrando que nessa mesma fábrica, considerada Área de Segurança Nacional, em meados de 2023 houve furto de pastilhas de urânio que até hoje não tiveram investigações concluídas.

Incidentes nucleares em série

No finalzinho de 2023, também houve a confirmação de furtos de cabos e fios da usina Angra 1, além de um incêndio num almoxarifado do parque das usinas. Na opinião da antropóloga Gláucia Silva, professora aposentada da UFF - Universidade Federal Fluminense e do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, estes problemas evidenciam que existe uma falha grave na segurança e no controle de áreas onde existem atividades com risco à saúde: "Tanto a invasão quanto o roubo são alarmantes, inaceitáveis. A atividade nuclear é muito perigosa, envolve muito risco ao bem estar das populações e por isso precisa ser muito…

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