Três vazamentos de água radioativa foram descobertos em menos de uma semana em reservatórios subterrâneos da Daiichi Fukushima pela TEPCO, a operadora da usina. De acordo com a Tepco, 167 toneladas de água contaminada teriam escapado pelo solo, mas a empresa considera improvável que esta água possa poluir o oceano. Esta série de eventos coloca em destaque as crescentes dificuldades da Tepco em administrar o armazenamento da enorme  quantidade de água utilizada para esfriar os reatores acidentados.

Um dos reservatórios subterrâneos de Fukushima

Desde a catástrofe de 11 de março de 2011, a Tepco vem armazenando 280 mil toneladas de água radioativa em Fukushima Daiichi. Para tanto, a empresa construiu tanques na superfície bem como 7 reservatórios subterrâneos. São estes reservatórios que vem falhando hoje. ATEPCO identificou um primeiro vazamento em 5 de abril no tanque N º 2, que continha 13 mil toneladas de água contaminada. A operadora decidiu transferir essa água para o reservatório adjacente a No. 1. Mas em 9 de abril, a Tepco constatou que o 1 º tanque também vazou e parou a transferência.

De acordo com a operadora, 120 toneladas de água contaminada teriam escapado para o solo circundante devido a vazamentos no reservatório N ° 2, que é de 60 metros de comprimento, 53 m de largura e 6 m de profundidade. Tepco explicou que o tanque era coberto com três camadas de polietileno. Estes perderam sua capacidade de vedação e a água se espalhou pelo solo circundante. Em um segundo momento, 47 toneladas adicionais de água vazaram durante a tentativa de transferência do tanque 2 para o tanque 1. Por outro lado, um terceiro tanque subterrâneo também foi afetado por outro vazamento de menor magnitude.

Logicamente, a Tepco disse não ter mais confiança no armazenamento subterrâneo, mas não tem nenhuma solução alternativa. "Nós não temos como deslocar toda a água contaminada para os reservatórios de superfície, se decidirmos não usar mais os tanques subterrâneos, disse Masayuki Ono, presidente da Tepco, durante uma conferência de imprensa em 9 de abril. Não existe capacidade suficiente na superfície e nós temos necessidade de utilizar toda a capacidade disponível.

Fukushima não está sob controle, de acordo com especialista japonês
Por Michel de Pracontal
10 de abril 2013 
www.mediapart.fr/
Tradução livre de Cecília Melo

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