No terceiro incidente em poucas semanas, Fukushima registra novo vazamento de água radioativa

Usina de Fukushima

Terceiro incidente em poucas semanas aumenta as dúvidas sobre a segurança da usina nuclear japonesa. Operadora Tepco descarta a possibilidade de contaminação da água do mar.

A operadora da usina de Fukushima anunciou nesta terça-feira (09/04) a descoberta de um novo vazamento em um dos tanques de armazenamento de água radioativa. Apesar de garantir que não houve contaminação do mar, a descoberta elevou as preocupações sobre a segurança da instalação nuclear.

O novo problema anunciado pela Tepco (Tokyo Electric Power) envolve um tanque que era usado para receber a água de um dos outros dois reservatórios que também apresentavam vazamento. Agora, um quarto tanque está sendo usado para receber o líquido vazado dos outros três.

A água armazenada nos tanques é utilizada no processo de refrigeração dos reatores depois da remoção do césio radioativo, mas outras substâncias radioativas permanecem.
Em entrevista coletiva, o gerente da Tepco, Masayuki Ono, afirmou que não é possível bombear a água radioativa para um tanque artificial. “Não há capacidade suficiente de armazenamento, temos que usar o que temos em mãos”.
Sequência de incidentes

Dois incidentes no fim de semana haviam paralisado temporariamente as atividades da usina. No primeiro deles, na sexta-feira, um dos sistemas de resfriamento de combustíveis usados ficou paralisado por três horas, voltando à atividade somente após uma verificação geral do sistema.
Na noite de sábado, em torno de 120 toneladas de água radioativa vazaram de um dos tanques de armazenamento subterrâneo. Foi possível detectar radiação em amostras de água coletadas na parte exterior do reservatório.

Em março último, uma pane foi causada por um rato infiltrado na parte elétrica do sistema, causando a paralisação do resfriamento por cerca de 30 horas.

Os combustíveis nucleares devem, mesmo após o seu uso, serem mantidos em resfriamento para prevenir que superaqueçam, o que levaria ao início de uma reação atômica que poderia resultar em um derretimento nuclear.
Matéria da Agência Deutsche Welle, DW

Publicada pelo EcoDebate, 11/04/2013

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