Brasil contrata mais de 60 projetos de energia eólica no Nordeste

O Ministério de Minas e Energia promoveu nesta sexta-feira (23) um leilão exclusivo para energia eólica. Foi um leilão rápido. Em cerca de 40 minutos, o governo contratou 66 projetos de geração de energia pelos ventos. No total, os projetos devem gerar 1,5 GW de energia, e o governo vai pagar um preço médio de R$ 110 por MWh. 

>> A força da energia eólica

A grande maioria - 62 projetos contratados - estão no Nordeste, nos Estados de Pernambuco, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará. Isso acontece porque o Nordeste tem o maior potencial para energia dos ventos do Brasil. A concentração dos projetos na região é uma boa notícia, já que pode ajudar a desenvolver regiões pobres do país, mas é preciso ter cuidado para que as turbinas não causem dano à Caatinga. Os demais projetos estão no Rio Grande do Sul, outro Estado com bom potencial de eólicas.

O leilão foi bem recebido pelo setor. "O resultado de hoje foi bastante positivo. Não só para o setor eólico, mas também para o Brasil, que está contratando energia limpa, energia sustentável", diz Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Segundo ela, a associação projetou a contratação de 2 GW de energia eólica em 2013. Como as eólicas estarão presentes, em alguns meses, em outro leilão, a expectativa é que o setor supere as projeções, mesmo com as dificuldades da economia, que cresce pouco e enfrenta dólar alto para importar.

>> A onça-pintada contra a energia eólica

Segundo Elbia, o grande trunfo econômico das turbinas eólicas é que elas são, atualmente, a segunda fonte de energia mais competitiva do país. Só as grandes usinas hidrelétricas estão com preço mais competitivo. As fontes de energia mais poluentes, como as termelétricas, são também as mais caras, e além de poluir causam grande prejuízo quando precisam ser acionadas.

O leilão desta sexta-feira também contou com uma mudança de metodologia. Após denúncias mostrarem um grande número de usinas de energia eólica prontas, mas paradas por falta de linhas de transmissão e infraestrutura, o governo passou a aplicar uma nova regra dizendo que os projetos só podem ser contratados se a infraestrutura já existir ou se a construção das linhas estiver prevista no projeto. "Com essa regra, os atrasos serão coisa do passado", diz Elbia. 

Fonte:

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2013...

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