Desde julho, a usina nuclear de Fukushima, que foi fortemente danificada por um terremoto e um tsunami em 2011, lança água contaminada com radiação no mar. Estima-se que mais de 1.300 toneladas de água radiativa já foram parar no Oceano Pacífico. As autoridades japonesas fazem operações de descontaminação, mas é impossível retirar tudo: parte da radiação sempre termina no mar.

O pesquisador Michio Aoyama, do Instituto de Pesquisa Meteorológica do Japão, estuda o caminho que a radiação faz depois que ela entra em mar aberto. Para isso, ele analisou o movimento de radiação no passado. Antes de Fukushima, já havia a presença de radiação no oceano japonês – resultado de testes de armas nucleares feitos na década de 1970 no Oceano Pacífico. Aoyama rastreou o caminho que essa radiação fez no oceano, e comparou com a de Fukushima. Ele apresentou os dados durante o painel científico “The Blue Planet”, organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria.

Segundo Aoyama, há duas rotas possíveis para a água contaminada. Em uma delas, a radiação volta ao Japão, levada pela Corrente Kuroshio. Na outra, ela pode seguir pela linha do Equador até Galápagos e depois voltar, chegando a regiões como Indonésia e Nova Zelândia, como mostra o mapa abaixo.

A pesquisa de Aoyama mostra que, mesmo com as operações de descontaminação, a radiação já entrou no oceano. “Nós podemos dizer que grande parte da radiação já começou a viajar pelo Oceano Pacífico. Essa radiação viaja a uma velocidade de sete quilômetros por dia.”

O repórter viajou a Viena a convite da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)  

Fonte:

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2013...

BRUNO CALIXTO, DE VIENA
23/09/2013 08h00

 

Exibições: 172

Comentar

Você precisa ser um membro de Articulação Antinuclear Brasileira para adicionar comentários!

Entrar em Articulação Antinuclear Brasileira

Fazemos parte da Frente por uma Nova Política Energética

Acesse!

Site      Facebook    Twitter

© 2024   Criado por Articulação Antinuclear BR.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço