STF autoriza que presidente do TCU seja ouvido em inquérito da Lava Jato

STF autoriza que presidente do TCU seja ouvido em inquérito da Lava Jato

Inquérito investiga filho de Aroldo Cedraz e o ministro Raimundo Carreiro.
Filho do presidente do TCU teria pedido R$ 1 milhão ao dono da UTC.

Montagem: Jornal GGN

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (3) o depoimento do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, em inquérito aberto para investigar o filho dele, o advogado Tiago Cedraz; o ministro do TCU Raimundo Carreiro e integrantes do PMDB para apurar irregularidades na construção da Usina de Angra 3.

 

O ministro atendeu a pedidos da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República e prorrogou o prazo das investigações até agosto deste ano.

O inquérito tem como base a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa.

Ele relatou que foi procurado por Tiago Cedraz, que disse que estava precisando de dinheiro, “deixando antever que a importância solicitada, no valor de R$ 1 milhão, seria ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União, relator do processo de Angra 3 no TCU”.

Na delação, Ricardo Pessoa afirmou que, após o pagamento de R$ 1 milhão a Tiago Cedraz, não houve problema com o contrato de Angra 3 no TCU, ou seja, “tudo fluiu”.

De acordo com o empreiteiro, ”o valor de 1 milhão solicitado por Tiago Cedraz e que seria destinado, conforme acreditava , a Raimundo Carrero, foi retirado da sede da UTC por Luciano Araujo”.

Além do depoimento do presidente do TCU, a Procuradoria informou que também precisava ouvir Tiago Cedraz e obter registros de viagens do advogado e do ministro Raimundo Carreiro.

Ao pedir mais prazo para as investigações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que "o prazo anteriormente assinalado para conclusão das investigações não se mostrou suficiente".

"A complexidade dos fatos investigados e do acervo probatório do caso Lava Jato explicam as dificuldades", disse o PGR.

Desde que o nome de Tiago Cedraz surgiu nas investigações, ele tem negado o recebimento de qualquer valor para atuar em favor da UTC junto ao Tribunal de Contas.

A Secretaria de Comunicação do TCU informou que Carrero "não participou de qualquer negociação envolvendo valores para decidir sobre o processo que analisou no TCU irregularidades na licitação para serviços de montagem eletromecânica em uma das unidades de Angra 3, ou sobre qualquer outro processo".

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