Ministério da Saúde envia equipe para analisar água radioativa no centro-sul da Bahia

por Estadão Conteúdo

O Ministério da Saúde vai enviar uma equipe de técnicos a Salvador (BA) na segunda-feira (28), para participar de uma reunião sobre medidas para monitorar a região do estado onde foiconfirmada a contaminação de água com alto teor de urânio.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da Bahia. Além do Ministério da Saúde, o encontro vai contar com a presença de representantes do Ibama que atuam no estado. Foram chamadas ainda as diretorias do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb) e da Vigilância Sanitária do Estado. As prefeituras de Lagoa Real, Caetité, Livramento de Nossa Senhora enviarão seu secretários de Meio Ambiente.

(Foto: Reprodução/Greepeace)

A Agência Nacional de Águas (ANA) chegou a ser convidada pelo governo baiano para participar do encontro, mas a agência federal rejeitou o convite, sob a justificativa de que não tem técnicos disponíveis neste momento para enviar ao encontro. A ANA também negou um pedido feito pelo governo da Bahia, para que atuasse no monitoramento da água na região sudoeste do Estado. Segundo a agência federal, essa responsabilidade é do governo do Estado.

O encontro tem a finalidade de discutir a contaminação da água encontrada na região e estabelecer regras para execução de um programa de monitoramento permanente dos poços usados pela população da região.

No município de Caetité está a única mina de urânio da toda a América Latina. Por meio, o minério radioativo é um monopólio da União, por isso só pode ser explorado pela estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O licenciamento ambiental do urânio também é realizado exclusivamente pelo Ibama, e não por órgãos estaduais.

De Caetité, sai o material que é enriquecido e transformado em combustível nuclear para alimentar as usinas de Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro, que também pertencem a uma empresa federal, a Eletronuclear, do Grupo Eletrobras.

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