Por Ícaro Matos, para a EBC
A Justiça Federal no Rio de Janeiro negou os habeas corpus impetrados pela defesa dos ex-membros da diretoria da Eletronuclear, presos em julho na Operação Pripyat, um desdobramento da Lava Jato.
Os pedidos de liberdade foram julgados nessa quarta-feira (31) pelo Tribunal Regional Federal, que manteve as prisões preventivas do ex-presidente da estatal, vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e dos ex-diretores Luiz Antônio de Amorim Soares, Pérsio Jordani e Edno Negrini, além do ex-superintendente Luiz Manuel Amaral Messias.
Os réus também tiveram negado o benefício da prisão domiciliar, mas o almirante Othon conseguiu a transferência para uma unidade militar.
Neste processo, os ex-executivos da Eletronuclear são acusados de receber propina em troca de favores na contratação de obras para a usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense.
O tribunal acatou o argumento do Ministério Público Federal, de que a manutenção da prisão preventiva dos acusados era necessária para desmantelar a organização criminosa, garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
Segundo o órgão, as investigações mostraram que mesmo depois de afastados dos cargos os denunciados interferiram em atividades da empresa, como a prestação de esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União.
Os ex-integrantes da Eletronuclear respondem pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação e dilapidação de patrimônio.
O ex-presidente da estatal Othon Luiz Pinheiro, inclusive, já foi condenado a 43 anos de prisão no processo relativo à Operação Radioatividade.
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