Notícia sobre a entrega da Declaração contra um acordo nuclear Brasil-Japão, em 13 de setembro de 2013, data do 26º. Aniversário do acidente com césio-137 em Goiânia, Brasil
A mobilização do dia 13 último, na luta por um Brasil Livre de Usinas Nucleares, foi bem sucedida. Fizemos a entrega da Declaração contra um eventual acordo nuclear Brasil-Japão na Embaixada do Japão em Brasília, no Palácio do Planalto e em 5 consulados do Japão no Brasil: em Recife, em Salvador, em São Paulo, em Curitiba e em Porto Alegre.
No mesmo dia nossos companheiros japoneses entregaram a mesma Declaração à Embaixada do Brasil no Japão e realizaram uma manifestação perto da Embaixada e em frente aos escritórios do Primeiro Ministro, do Ministério de Economia e Indústria e do Ministério de Relações Exteriores.
No Brasil, os representantes de organizações que assumiram a entrega tiveram inicialmente um atendimento gentil na maior parte dos Consulados, seguido de uma maior ou menor resistência a serem atendidos. Constatava-se em geral um enorme temor de comprometimento, embora em alguns casos a menção ao drama de Fukushima recebesse sinais de assentimento.
Somente em São Paulo e em Curitiba a entrega foi menos difícil. Em Curitiba ela se deu dentro do Consulado; em São Paulo, quatro representantes das 20 pessoas que antes haviam realizado um ato na Avenida Paulista foram recebidos pelo Cônsul, que disse expressamente que iria encaminhar nosso documento ao seu Governo.
Em todos os consulados foi pedido, insistentemente, que não se tirassem fotos e foi dito que não se assinaria nenhum protocolo de recebimento, o que foi no entanto obtido em Curitiba. No Consulado de Salvador o Consul se ausentou antes da chegada dos portadores da Declaração e pediu, pelo telefone, que apagassem as fotos que haviam feito com um dos seus funcionários.
Na Embaixada do Japão em Brasília e no Palácio do Planalto não houve possibilidade de se organizar uma entrega formal, e a Declaração foi protocolada burocraticamente na portaria da Embaixada e no serviço de recebimento de documentos do Palácio. Em Porto Alegre ela foi entregue a um funcionário do Consulado no portão mas enviada igualmente pelo correio, com aviso de recepção. Em Recife, com a recusa a serem recebidos no Consulado, as pessoas que levaram a Declaração a deixaram na portaria do edifício, endereçando-a ao Cônsul.
No Japão, a Embaixada do Brasil recebeu bem as pessoas que foram levar a Declaração e as manifestações na rua foram bem acolhidas pelos que lá se encontravam (ver http://www.rederio.jp/photos/index.php?/category/28). A entrega foi acompanhada por um jornal do Partido Social Democrata e por um órgão não especificado da imprensa brasileira.
No Brasil a entrega foi acompanhada pela imprensa somente em São Paulo, pelo jornal japonês Asahi e São Paulo Shimbun, que fez matéria a respeito: (ver http://www.saopauloshimbun.com/index.php/conteudo/show/id/14788/cat...).
Posteriormente à entrega, outros meios de comunicação estão publicando matérias a respeito: http://www.a12.com/noticias/detalhes/em-entrevista-especial-chico-w... e: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWWNlYHZEW.... Uma jornalista da sede paulistana da NHK - Televisão Pública Japonesa, entrou em contato com a Coalizão, a título pessoal.
É certo que de agora em diante os governos do Brasil e do Japão não vão poder continuar eventuais negociações sem transparência.
E com o prosseguimento dessa mobilização, com a participação das 221 organizações que assinaram a Declaração e daquelas que estão agora solicitando que se incluam as suas assinaturas, poderemos repetir com mais força as palavras de um dos cartazes da Manifestação feita em Tóquio: “não à exportação do acidente nuclear”.
(enviado por xonuclear@uol.com.br)
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