A Tokyo Electric (Tepco) entrou nesta sexta-feira (27) com pedido para reiniciar as operações da usina nuclear de Kashiwazaki Kariwa, a maior do mundo, situada no noroeste do Japão. Segundo a empresa, que também opera Fukushima, esse é o passo inicial em seu plano de recuperação após o desastre de março de 2011, quando a região foi atingida por um terremoto seguido de um tsunami.
Mas a aprovação final para retomar a geração de eletricidade na usina, localizada a cerca de 300 km a noroeste de Tóquio, é incerta, e qualquer decisão pode demorar meses, na melhor das hipóteses.
Todos os 50 reatores do Japão foram desligados após a tragédia de 2011, iniciando uma crise nuclear e um pico de oposição à energia nuclear na opinião pública. Duas usinas foram reativadas no ano passado, mas desligamentos recentes deixaram o país sem energia nuclear pela terceira vez desde 1970.
As ações da Tepco chegaram a disparar mais de 11% nesta sexta, fechando em alta de 6,6%, a 597 ienes (R$ 13,5), o maior valor de encerramento em mais de 5 meses, impulsionado pela expectativa de que a empresa poderia eventualmente reiniciar a usina.
O governo japonês, no entanto, continua pressionando a Tepco para aprimorar sua segurança.
"Nada é mais importante do que a segurança, e conseguir o entendimento dos moradores locais", disse o ministro de Comércio e Indústria do país, Toshimitsu Motegi, ao presidente-executivo da Tepco, Naomi Hirose, nesta sexta. "Quero que continuem fazendo esforços para melhorar a segurança."
A Tepco já declarou mais de US$ 27 bilhões (quase R$ 70 bilhões) em prejuízos líquidos desde o desastre de Fukushima. A companhia também precisou admitir que água contaminada tem vazado para o Oceano Pacífico praticamente desde o tsunami.
Fonte:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/09/empresa-de-fukushima-q...
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