Documentário "8:15 de 1947" conta a vida de sobreviventes da bomba atômica que foram morar no Brasil

8:15 de 1945” relata drama dos japoneses da Associação dos Sobreviventes da Bomba Atômica no Brasil, criada para conseguir os mesmos direitos dos que ficaram no Japão como exames médicos gratuitos

Hiroshima presta homenagem às vítimas da primeira bomba atômica, lançada 67 anos atrás. No Brasil, a data foi relembrada no documentário “8:15 de 1945”, quando o mundo descobriu o poder devastador da arma atômica. 6 de agosto de 1945. A explosão da primeira bomba atômica lançada pelos Estados Unidos, pulverizou, na hora, cerca de 70 mil indivíduos, totalizando 140 mil mortos.

Hiroshima ficou reduzida a cinzas. As vítimas da radiação nos anos seguintes à tragédia foram muitas. 113 sobreviventes moram no Brasil. Takashi Morita é um deles. Ele trabalhava como policial militar em Hiroshima, quando viu a tragédia de perto. Desde 1956, vive com a família no Brasil.

“Eu há 67 anos, era militar japonês. Com a bomba atômica em Hiroshima sofri muito. Não quero guerra nunca mais. Sou contra, por isso vou lutando por um mundo de paz. Esse é o meu serviço com 88 anos”, diz o sobrevivente.

Morita faz parte da Associação dos Sobreviventes da Bomba Atômica no Brasil, criada para conseguir os mesmos direitos dos que ficaram no Japão. Como exames médicos gratuitos. A luta deles é contada no audiovisual. Depois de sentir na pele os efeitos da bomba, o grupo vem se solidarizando com as pessoas que foram expostas à radiação no Brasil.

O documentário também faz referências ao desastre ocorrido na usina nuclear de Fukushima. Milhares de pessoas continuam fora de suas casas por causa da radioatividade. São 67 anos da bomba. Tudo parece distante, mas não para esses jovens que venceram um concurso de redação sobre a paz.

“Na redação eu quis questionar para onde foram os humanos, porque um ser humano consciente que é, nunca faria nada para prejudicar sua própria nação. Não criaria uma bomba para jogar em si mesmo”, afirma o estudante Vinicius de Carvalho. “Eu questionei o que é a paz hoje em dia. Porque é bem difícil e complexo pensar na paz quando se vê milhões de pessoas morrendo de fome, catástrofes, violência. Procurei questionar isso, e também fiz um paralelo com a energia nuclear”, conta Daniela de Souza.

A lembrança da tragédia é um alerta e promessa de paz no mundo. Hiroshima no dia 6 e Nagasaki no dia 9. A bomba lançada sobre essa primeira cidade continha 65 quilos de urânio. Mesmo depois de ver toda a tragédia humana, o mundo ainda não se desfez das armas nucleares. São cerca de 19 mil ogivas espalhadas em vários países, como o Irã e a Coreia do Norte. Como mostrou a reportagem, o legado das vítimas de Hiroshima e Nagasaki tenta mostrar ao mundo que a guerra não vale a pena.

Fonte: JPTV

Por Roberto Fernández - Diretor de Cinema

Assistam ao documentário no Youtube:

Parte 1

http://www.youtube.com/watch?v=8utFuE3TvC0

Parte 2

http://www.youtube.com/watch?v=oCNryrn6lYA

Parte 3

http://www.youtube.com/watch?v=441tnyS1J5I

Parte 4

http://www.youtube.com/watch?v=R52iBfP4E-k

Parte 5

http://www.youtube.com/watch?v=C-vE-sFMWME

Exibições: 229

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