O Reino Unido está para assinar um acordo com a francesa EDF para a construção da primeira usina nuclear na Europa desde o desastre de Fukushima, no Japão, com custo estimado em cerca de US$ 23 bilhões.
Pelo acordo, que deve ser anunciado na segunda-feira (21), os franceses vão liderar um consórcio, que inclui um grupo chinês, para construir dois reatores de água pressurizada desenhados pela também francesa Areva
O Grupo de Energia Nuclear da China, há muito parceiro da EDF, possivelmente em combinação com a Corporação Nuclear Nacional da China, deve ter de 30 a 40 por cento do consórcio. A Areva teria os outros dez por cento. As informações são de jornais como o francês Les Echos e o britânico Sunday Telegraph.
A EDF e o governo britânico não quiseram comentar as reportagens publicadas sobre o tema.
Os dois reatores, cada um com a capacidade de 1,6 gigawatt, produziriam juntos quase cinco por cento da capacidade de geração britânica e aumentariam a segurança energética do país, que precisa substituir 20 por cento das suas usinas antigas e poluidoras nos próximos anos.
O projeto é uma boa notícia para a indústria nuclear, que viu projetos serem cancelados depois do desastre de Fukushima em 2011.
A Alemanha decidiu dispensar a energia nuclear, a Itália interrompeu um programa nuclear, e a França prometeu realizar cortes na participação da energia atômica em sua matriz energética -- de 75 por cento para 50 por cento.
O governo britânico e os principais partidos de oposição dão apoio ao programa nuclear, e o sentimento antinuclear na sociedade praticamente não existe se comparado com outros lugares na Europa.
Duas outras empresas apresentaram planos para construir novas usinas nucleares no Reino Unido e estarão examinando em detalhes o acordo com a EDF. Elas são a japonesa Hitachi e a espanhola Iberdrola.
Fonte:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/10/reino-unido-deve-const...
20/10/2013 11h53 - Atualizado em 20/10/2013 11h53
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