do site Opinião e Notícia

A energia nuclear não é mais usada em grande parte do mundo. A proporção da eletricidade gerada por reatores nucleares diminuiu de 17,6% em 1996, seu mais alto patamar, para 10,8%. Mas a China, a Rússia e a Índia estão expandindo seus programas nucleares. E em diversos países no Oriente Médio assiste-se ao que alguns analistas denominaram de um “boom” de projetos de energia nuclear na região.

Alguns temem que isso possa causar uma corrida por armas nucleares, com os países sunitas opondo-se aos xiitas no Irã em busca da bomba atômica. O acordo nuclear entre o Irã e o Ocidente de certa forma diminuiu essas preocupações. O combustível nuclear na região é quase todo controlado por fornecedores internacionais. Além disso, existem razões legítimas para que os países do Oriente Médio procurem fontes alternativas de energia. A demanda por eletricidade está aumentando, assim como a pressão para diminuir as emissões de gases efeito estufa; e as usinas nucleares atendem a esses dois requisitos. Segundo especialistas, a diversificação dos combustíveis fósseis é uma realidade palpável.

Com recursos escassos de petróleo e gás, o Egito e a Jordânia precisam da energia nuclear para garantir o fornecimento de energia elétrica. Porém os dois países enfrentam grandes obstáculos. O local escolhido pela Jordânia para instalação dos dois reatores nucleares, que serão construídos pela Rússia, além do problema da inexistência de água, necessária para resfriá-los, enfrenta a oposição da tribo local. Os projetos anteriores no Egito fracassaram por causa da instabilidade política e apreensão quanto à segurança. O financiamento também é um desafio para esses países com problema de liquidez, apesar de o Egito afirmar que custeará seu acordo com a economia proveniente da eletricidade mais barata.

Em longo prazo, a energia nuclear poderá ser uma fonte alternativa para a redução da emissão de dióxido de carbono. Porém é estranho que os países árabes não explorem a maior fonte de energia não poluente na região, o Sol. Segundo estimativas, a energia solar forneceria ao Irã 13 vezes mais energia do que sua necessidade energética total e, além disso, diminuiria a dependência do fornecimento de combustível nuclear da Rússia. A queda nos preços dos painéis fotovoltaicos atrai ainda mais o interesse pela energia solar. No mundo inteiro, os investimentos em energia solar no ano passado superaram os recursos investidos em energia nuclear.

Exibições: 34

Comentar

Você precisa ser um membro de Articulação Antinuclear Brasileira para adicionar comentários!

Entrar em Articulação Antinuclear Brasileira

Fazemos parte da Frente por uma Nova Política Energética

Acesse!

Site      Facebook    Twitter

© 2024   Criado por Articulação Antinuclear BR.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço