O presidente dos EUA, Barack Obama, foi o primeiro chefe de estado em exercício a pisar em Hiroshima após o lançamento da bomba atômica em 6 de agosto de 1945, que matou milhares de japoneses. Obama passou duas horas na cidade e fez um discurso pacifista que não chega a ser um pedido de desculpas.
Alguns sobreviventes da bomba de Hiroshima vêm declarando que melhor que um pedido de desculpas seria que Obama usasse seus 8 meses restantes de mandato para trabalhar pelo fim das armas nucleares.
A Articulação Antinuclear Brasileira defende a eliminação das armas nucleares e exige também do mandatário norte-americano uma posição coerente de promoção da cultura de paz e do desarmamento mundial.
Antes de Hiroshima, Obama esteve no Vietnã, no que também foi considerada uma visita histórica, marcando a aproximação dos dois países que ainda passava por algumas restrições após a Guerra do Vietnã. No entanto, nessa viagem Obama anunciou o fim do embargo armamentista ao Vietnã. Os EUA poderão agora comercializar armas com o país, o que muitos consideram uma estratégia para neutralizar a influência chinesa na ásia. Esse não é um passo em direção à paz, mas sim de fomento à indústria da guerra e de salvaguarda de interesses geopolíticoideológicos.
Obama merecerá aplausos quando der passos no sentido de coibir o comércio de armas, contribuindo para uma cultura de paz. Também é necessário que os EUA trabalhem para limpar sua matriz energética que tem quase 20% de energia nuclear. Enquanto isso não acontece, a turnê mundial das desculpas, será somente um conjunto de ações diplomáticas vazias.
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