Pela quarta vez em 2013, a usina nuclear Angra 1 (640MW) foi desligada do Sistema Interligado Nacional (SIN) por apresentar problemas. O último desligamento ocorreu nesta quinta-feira, 4 de julho, às 11h56,  por conta do desarme do reator, devido à atuação não programada de parte das barras de controle – responsáveis por controlar a potência da unidade – durante a realização de um teste periódico nestes equipamentos.

Segundo a Eletronuclear os sistemas da usina operaram corretamente, levando o reator a um desligamento seguro e, de acordo com os procedimentos operacionais, foi declarado Evento Não Usual (ENU), encerrado às 13h15. Os técnicos da empresa investigam quando a usina poderá retomar sua operação.

Histórico


Em 10 de junho, às 19h35, a usina teve que ser desligada manualmente devido a um princípio de incêndio no isolamento térmico do mancal da turbina, na parte não nuclear da usina, sendo declarado Evento Não Usual (ENU), encerrado às 21h40.

Em 6 de maio, em função da atuação da proteção de um transformador auxiliar, externo à usina, Angra 1 foi desligada automaticamente. Segundo a Eletronuclear, a atuação foi provocada pela presença de umidade em uma das caixas terminais elétricas desse sistema de proteção, que foi trocada, permitindo que a usina fosse religada no mesmo dia.

Angra 1 também foi desligada, automaticamente, no dia 18 de abril, às 5h33, por atuação do Sistema de Proteção do Reator (SPR). No caso, também foi declarado Evento Não Usual (ENU), encerrado às 7h30. A Eletronuclear justificou que o desarme, automático, foi provocado por um problema eletrônico no sistema de instrumentação e controle da usina.

Devido a um problema no sistema de água de alimentação principal da unidade – na parte não nuclear, onde não há radiação, a usina foi desligada no dia 25 de março. A usina foi reativada no mesmo dia. O problema teria ocorrido durante testes, em que as bombas principais de alimentação de água dos geradores de vapor não operaram adequadamente, ocasionando uma baixa de pressão, que, consequentemente, as desarmou. Como previsto, o reator foi desligado automaticamente, em segurança.

Por Natália Bezutti

Jornal da Energia, 5/7

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