Por Sputnik News
O autor do artigo cita o diretor do departamento de não-proliferação e controle de materiais nucleares do Ministério das Relações Exteriores russo, Mikhail Ulyanov:
"Também nos perturbam as tentativas de transferir as usinas nucleares ucranianas para o modo de controle forçado de potência, reduzindo substancialmente a produção diária de energia – os reatores atômicos não são projetados para operarem em tais condições. Tomando em conta a presença de combustível experimental [de produção de Westinghouse] nos reatores, o risco de acidentes nucleares aumenta."
De acordo com Anatoly Wasserman, as autoridades ucranianas aumentam com suas próprias mãos o risco de incidentes nas suas usinas nucleares. Eles exigem que os engenheiros operadores das usinas mudem suas capacidades várias vezes em cada dia.O especialista nota, que tal operação é uma falha flagrante do processo tecnológico – usinas de turbinas a vapor precisam de arrancar e parar lentamente, dando-lhes algum tempo para "aquecer".
Uma caldeira a vapor de um navio aquece – dependendo da potência – 1-2 horas; as usinas termelétricas – até um dia. O reator nuclear, depois de reduzir sua capacidade, tem que ser suspenso durante vários dias até que todos os fragmentos de núcleos de uranio emitidos pelo combustível nuclear decaiam, explica o autor do artigo.
Wasserman assinala que, mudando as capacidades de seus reatores com tanta frequência, os ucranianos fazem o mesmo erro que foi feito em Chernobyl, quando a capacidade do reator foi reduzida para substituir elementos de combustível, mas os engenheiros operadores começaram aumentando de novo a capacidade.“As pessoas que assumiram o poder em Kiev em 2014 não possuem qualquer formação técnica e nenhum instinto de autopreservação: colocam barras de combustível impróprias em reatores, ajustam suas capacidades muitas vezes no mesmo dia”, conclui Anatoly Wasserman seu artigo no Izvestia.
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