A Articulação Antinuclear Brasileira (AAB) foi criada em 2011 e é Integrada por indivíduos, entidades, movimentos socioambientais e pesquisadores.
Buscamos fortalecer a luta antinuclear, defendendo o uso de energias renováveis e de um Brasil livre do nuclear.
Postado por Articulação Antinuclear BR em 25 setembro 2019 às 20:36 0 Comentários 0 Curtiram isto
A empresa federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) tem que apresentar uma solução para a retirada do material radioativo enterrado na mina de Poços de Caldas (MG) durante as últimas décadas. A exigência para a solução do problema foi feita ontem (20/9), durante o seminário “Caldas deu Urânio para o Brasil, mas o que restou?”, na cidade mineira, que debateu um dos grandes problemas gerados pela indústria nuclear brasileira. Os especialistas e interessados na questão estão formatando uma agenda para acompanhar e divulgar os processos de descomissionamento da unidade, a cargo da INB, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
A mina do Campo do Cercado ou Mina Osamu Utsumi, foi o primeiro complexo minero-industrial brasileiro para a produção de concentrado de urânio. Com slogan “Caldas dá urânio para o Brasil”, a unidade começou a operar em 1982, mas vinha sendo utilizado como depósito muito antes. Suas atividades foram encerradas em 1995, devido à baixa produtividade, alto custo para produção e a descoberta de uma jazida de urânio muito mais rentável no município de Caetité (BA). Para se ter ideia do legado de problemas, a unidade em Caldas armazenava, em 2018, cerca de 16 mil toneladas de Torta II, resíduo proveniente do tratamento químico da monazita. O material é resultante de processos industriais realizados desde a década de 40, pela antiga Usina de Santo Amaro (Usam), em São Paulo.
As atividades da mina do Campo do Cercado cessaram, mas a empresa deixou para trás um grande passivo ambiental para ser resolvido, como tantos outros, ainda hoje sem solução. Vítimas da bomba atômica atirada pelos Estados Unidos contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra, também participaram do evento e condenaram o uso da energia nuclear. Representantes de…
ContinuarPostado por Articulação Antinuclear BR em 5 março 2019 às 19:30 0 Comentários 0 Curtiram isto
* Artigo de Chico Whitaker publicado na Folha de São Paulo em 5 de março de 2019
Tragédia em Brumadinho, três anos após Mariana. Desta vez foi mais duro: mais de 300 vidas perdidas. Causa, a mesma: descaso com a segurança em benefício do lucro. Onde ficam as vidas humanas na lógica do mundo econômico e político?
Nem bem identificados os responsáveis, a morte absurda de dez meninos em um centro de treinamento de futebol. E os 242 jovens da boate Kiss? E o incêndio do Museu Nacional, carbonizando a memória do país? Como sempre: falta de fiscalização, laudos ignorados.
Não temos no Brasil uma cultura de segurança em equipamentos coletivos. Com isso, é assustador o que pode acontecer com uma das invenções mais perigosas da humanidade, que importamos: as “chaleiras” para produzir eletricidade com energia nuclear, chamadas usinas nucleares. Temos duas, em Angra dos Reis. E estão programadas Angra 3 e algumas mais em outras regiões. Mas o projeto de…
Postado por Articulação Antinuclear BR em 17 dezembro 2018 às 11:00 0 Comentários 0 Curtiram isto
Artigo de opinião de Heitor Scalambrini Costa - Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco
Historicamente, a relação entre o uso da energia nuclear para fins energéticos e para fins militares é muito estreita. O Programa Nuclear Brasileiro surgiu durante a ditadura militar, e até hoje atende demandas de setores das forças armadas, fascinados pelo poder que a energia nuclear lhes traz, e com a justificativa da necessidade de proteção e de segurança das nossas fronteiras, e de nossas riquezas.
No governo que tomará posse no próximo ano, o Ministério de Minas e Energia (MME) terá como ministro um almirante da marinha brasileira, pertencente ao grupo de interesse que vê a energia nuclear sob o aspecto militar. Pela sua biografia, um defensor do uso da energia nuclear.
Em entrevista concedida (FSP 7/12/2018), o futuro ministro defendeu a conclusão de Angra III (usina com potência instalada de 1.000 MW), onde já se investiu R$ 10 bilhões, e se prevê mais R$ 16 bilhões para concluí-la. Um projeto dos anos de 1970, cuja tecnologia já está completamente ultrapassada, principalmente depois dos desastres de Chernobyl, Three Mile Island e Fukushima. Caso tal insanidade seja levada a frente, milhares de brasileiros e brasileiras sofrerão sérios riscos de uma grande desgraça. Além de preços finais da energia produzida ser o mais caro das fontes atuais. Em decisão que fere os interesses do povo brasileiro, o Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE) em 9/10/2018, numa tentativa de viabilizar Angra III, dobrou a tarifa que irá remunerar a energia produzida pela usina. Passando dos atuais R$ 240,00/MWh para R$ 480,00/MWh. O que refletirá no aumento das contas de energia para os consumidores de todo o Brasil, que pagarão por uma obra indesejada.
Também…
ContinuarPostado por Articulação Antinuclear BR em 28 março 2018 às 20:00 0 Comentários 0 Curtiram isto
Atividades realizadas na Tenda durante o Fórum Social Mundial (FSM), ocorrido de 13 a 17 deste mês na Universidade Federal da Bahia (UFBA), evidenciaram que a resposta à barbárie capitalista é a sociedade do Bem Viver, na qual não têm lugar: o agro e o hidronegócio, que violentam a humanidade com a espoliação de territórios; o agroveneno nos alimentos; a privatização da água; a expropriação nem a entrega dos bens comuns do povo e da natureza a grandes corporações privadas. Também não têm vez a indústria bélica, nem o uso da tecnologia nuclear para produzir energia elétrica.
A Tenda foi aberta com uma abordagem acadêmica sobre o Bem Viver que inspirou o fio condutor de debates sobre a defesa dos bens comuns –contra a mercantilização da vida e da natureza– ao longo de dois dias do FSM. Já exemplos práticos das possibilidades de se atingir o estado de Bem Viver foram revelados no último evento de pescador@s e quilombolas, povos originários e tradicionais, que cultuam o lema “outro mundo é possível” em seu universo de sabedoria e convivência. Nesta perspectiva, o Nuclear Não! emergiu, mais uma vez, como incontestável afirmação da importância das fontes renováveis de energia –que promovem a Vida e não a morte, como é o caso da nuclear– e do fortalecimento da cultura da paz, a favor do desarmamento, amplo, geral e irrestrito.
Água é Vida!
Profundamente associado a proposta do Bem Viver, o lema Água é Vida –inspirador de ações de ativistas socioambientais baianos desde o FSM/2015, Tunísia– foi outra…
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