A Articulação Antinuclear Brasileira (AAB) foi criada em 2011 e é Integrada por indivíduos, entidades, movimentos socioambientais e pesquisadores.
Buscamos fortalecer a luta antinuclear, defendendo o uso de energias renováveis e de um Brasil livre do nuclear.
Postado por Articulação Antinuclear BR em 30 setembro 2024 às 20:26 0 Comentários 0 Curtiram isto
Zoraide Vilasboas**
Prestes a completar três meses do furto, em São Paulo, de fontes geradoras de radiofármacos, sem que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) tenha divulgado a “descrição completa” do episódio e “das ações que foram adotadas, inclusive detalhes técnicos de interesse público”, como afirmou que faria, a Articulação Antinuclear Brasileira adverte para o público em geral e profissionais do setor que é obrigatório evitar exposição significativa à radiação ionizante gerada no transporte desses produtos.
Radiofármaco é uma substância química – associada a um elemento radioativo – usada para diagnósticos e tratamentos médicos. O furto do veículo que transportava o material radioativo, teve grande repercussão na imprensa, com críticas severas à atuação da CNEN, órgão responsável pelo controle das práticas atômicas no Brasil de forma a evitar os riscos pessoais e coletivos inerentes a estas atividades.…
ContinuarPostado por Articulação Antinuclear BR em 27 setembro 2024 às 18:00 0 Comentários 0 Curtiram isto
Célio Bermann, Chico Whitaker, Heitor Scalambrini Costa, Marijane Vieira Lisboa*
Eletrobras fez péssimo negócio ao ficar com parte da Eletronuclear, mas por que gente do governo tenta empurrar o custo da usina para a União?
Os jornais vêm publicando reportagens sobre conflitos internos no governo Lula quanto à compra pela União das dívidas e custos da Eletronuclear, responsável pela usina Angra 3, em troca de mais assentos nos conselhos de administração e fiscal da Eletrobras.
Finalizar a obra, contudo, cria tantos problemas que até o presidente da Eletronuclear os reconhece em artigo publicado nesta Folha ("Quem vai pagar a conta de Angra 3?", 11/9). De fato, aEletrobras foi privatizada por Jair Bolsonaro de forma bastante desvantajosa para o país: a União continuou como acionista majoritária, com 43%, mas ficou com menos de 10% dos votos nos conselhos da empresa.
Agora, a Eletrobras propõe o aumento do número de conselheiros para que a União alcance os 30% dos votos. Em troca, a União pagaria R$ 6 bilhões pela parte da Eletronuclear na companhia, mais R$ 6 bilhões de dívidas da própria Eletronuclear. E se quiser concluir Angra 3, tecnicamente defasada, ainda despenderá no mínimo mais R$ 26 bilhões. O mais estranho desse negócio da China (para a Eletrobras, que fique claro!) é que a União abriu mão de um valor maior na venda da Eletrobras em troca de dividir com ela a Eletronuclear.
Não sabemos ao certo quem constitui o lobby no governo Lula pela compra desse abacaxi atômico pela União. Mas sabemos que o setor econômico do governo é contra, pois não vê sentido em adquirir a Eletronuclear, uma empresa com dívidas e passivos ambientais presentes e futuros. O que já dá para saber, pelos jornais, é que esse abacaxi está…
Postado por Articulação Antinuclear BR em 24 setembro 2024 às 22:00 0 Comentários 0 Curtiram isto
Área de britagem não é impermeabilizada. A rocha, rica em urânio, tem que ser britada para virar areia e liberar o urânio. Quando chove, o pó vai para o lençol freático
Desde os anos 1980, a confiança de que a tecnociência, por si só – independente de interferências sociais e políticas – conduziria as sociedades humanas ao desenvolvimento e ao progresso vem sendo discutida por certas vertentes das Ciências Sociais e pelos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia. Embora reconheçam os benefícios da ciência e tecnologia, abordagens críticas destacam os efeitos colaterais das práticas tecnocientíficas
No artigo "Provincializando a Sociedade de Risco: uma Análise a partir da Geopolítica da Nuclearidade", o prof. Bruno Lucas Saliba de Paula, fez um estudo crítico da literatura sobre a "sociedade de risco" (Beck, 2011) e a "modernização reflexiva" (Beck, 1997) para discutir a distribuição desigual de riscos ambientais, que resulta em injustiças ambientais (Porto, 2007). O estudo aborda a "geopolítica da nuclearidade" (Hecht,…
Postado por Articulação Antinuclear BR em 20 setembro 2024 às 21:30 0 Comentários 0 Curtiram isto
Registro de vazamento de concentrado do minério na área de entamboramento do urânio em pó
No município de Caetité, sertão baiano, encontra-se a única mina de urânio em atividade no Brasil, operada desde 2000 pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Entretanto, a operação deste empreendimento, desde seu início, recebe críticas de comunidades locais e movimentos sociais com atuação na região. As alegações apontam que a empresa omite informações importantes sobre os riscos e impactos à saúde e ao ambiente, decorrentes das atividades desenvolvidas. Suspeitas de contaminação ambiental são reforçadas pelos acidentes ocorridos, principalmente nos casos em que houve vazamento de material radioativo para o ambiente.
A situação de Caetité, portanto, evidencia um cenário de desinformação e incertezas quanto aos riscos e impactos potencialmente atribuídos às atividades de mineração e beneficiamento de urânio na região, que atingem, sobretudo, trabalhadores da mina e comunidades rurais vizinhas. Este é o quadro analisado em minha tese de doutorado em Saúde Pública intitulada “Riscos, saúde e produção de conhecimentos para a justiça ambiental: o caso da mineração de urânio em Caetité, BA”, defendida no final de abril de 2015, na Fiocruz.…
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