Medição japonesa indica que níveis são suficientemente altos para serem letais em quatro horas de exposição.
Os níveis de radiação ao redor da usina nuclear de Fukushima , no Japão, são 18 vezes maiores do que iniciamente pensado, alertaram neste domingo autoridades japonesas. Na semana passada, a Tepco, operador da usina, informou que água radioativa vazou de um taque de armazenamento para o lençol freático.
Dia 21: Agência propõe elevar nível de gravidade do vazamento de Fukushima
Água radioativa de Fukushima cria situação de 'emergência' Agora a empresa afirma que leituras feitas perto do tanque no sábado mostraram que a radiação era suficientemente alta para provar-se letal dentro de quatro horas de exposição. A usina foi afetada pelo terremoto seguido por um tsunami em 2011.
A Tepco originalmente havia dito que a radiação emitida pelo vazamento de água estava a cerca de 100 microsieverts (unidade de medida de exposição a radiações ionizantes) por hora. Entretanto, a companhia fez a ressalva de que o equipamento usado para fazer esse registro podia apenas ler medidas de até 100 microsieverts.
Comissão do Japão: Erros humanos causaram crise nuclear de Fukushima Um novo registro, feito com o uso de um aparelho mais sensível, mostrou um nível de 1,8 mil microsieverts por hora. A nova leitura terá implicações diretas para as doses de radiação recebidas pelos funcionários que passaram vários dias tentando parar o vazamento na semana passada. Além disso, a Tepco diz ter descoberto um vazamento em outro duto emitindo níveis de radiação de 230 microsieverts por hora. A usina passou por uma série de vazamentos de água e por quedas de energia.
O tsunami de 2011 destruiu os sistemas de resfriamento de reatores, três dos quais derreteram. O dano do tsunami criou a necessidade de um constante bombeamento de água para esfriar os reatores. Acredita-se que esse seja o quarto grande vazamento de tanques de armazenamento de Fukushima desde 2011, sendo o pior até agora em termos de volume. Depois do mais recente vazamento, a agência de vigilância de energia atômica japonesa elevou o nível do incidente de um para três na escala internacional que mede a severidade de acidentes atômicos, cujo máximo é sete. Especialistas disseram que a escala do vazamento de água pode ser maior do que as autoridades admitiram.
Por iG São Paulo | 01/09/2013
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