Ministro de Minas e Energia reafirma intenção de aumentar produção de energia nuclear no Brasil

Com informações do Estadão Conteúdo

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu nesta quarta-feira, dia 15, novamente que o Brasil continue investindo na expansão de seu parque gerador nuclear. Ele citou que o planejamento do governo para o setor prevê a construção de quatro usinas nucleares até 2030 e outras oito até 2050. "Não seremos uma Alemanha, uma França ou um Japão em energia nuclear, mas não podemos abrir mão da tecnologia em função da segurança energética e do custo dessa energia. Ela é muito mais barata", disse.

Braga repete nesta manhã a apresentação feita por ele na última quarta-feira na Comissão de Infraestrutura do Senado. Ele voltou a dizer que a 13ª rodada de leilão de exploração de petróleo e gás deve ocorrer somente no último trimestre de 2015. Está prevista a licitação de áreas em terra e no mar, na camada pós-sal.

O ministro também defendeu a aprovação pelo Congresso Nacional do novo marco da mineração e mostrou dados sobre a importância do setor minerador para a pauta de exportações brasileiras. Ele ainda pontuou a importância da atividade mineradora na obtenção de insumos para outros setores da economia, como a agricultura e a construção civil.

São Luiz do Tapajós

O ministro disse que o governo tentará licitar a megausina de São Luiz do Tapajós, no Pará, no fim deste ano. "Esperamos conseguir todos as licenças ambientais este ano e trabalhamos para fazer leilão da usina de Tapajós em novembro ou dezembro", afirmou, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

A maior hidrelétrica prevista para ser construída no País acumula mais de quatro anos de atraso em relação ao cronograma originalmente previsto. Desenhada para retirar 8.040 megawatts das águas do Rio Tapajós, a usina tinha previsão de iniciar suas operações em janeiro de 2016, segundo cronograma da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Hoje, o prazo mais otimista joga essa data para agosto de 2020. Além da dificuldade no licenciamento ambiental, o projeto também enfrenta a oposição da Funai, por estar localizado em área de presença indígena.

Reajuste de Energia

Ele afirmou também que apesar do chamado "realismo tarifário" que vem sendo promovido pelo governo para realinhar as finanças do setor de distribuição de eletricidade, a tarifa de luz ainda cresce na média abaixo da inflação acumulada desde 2011.

"O IPCA acumula uma alta de 23,5% desde janeiro de 2011 e, mesmo com os reajustes nas tarifas até agora neste ano, a cota de luz média aumentou 21,5% no mesmo período", afirmou, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Em 27 de fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma revisão extraordinária nas tarifas com impacto médio de 23,4% nas tarifas das distribuidoras de luz. Além disso, todas as companhias ainda terão seus reajustes anuais em 2015 conforme o cronograma normal do órgão regulador.

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