Fukushima vai ter “muro de gelo” inédito para limitar contaminação

Por Joana Azevedo Viana, para o Expresso

Regulador nuclear nipónico aprovou esta quarta-feira o plano apresentado pela Tokyo Electric Power (Tepco) para congelar o subsolo em torno dos quatro reatores da central mais afetados pelo sismo e tsunami de há cinco anos

A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA)aprovou esta quarta-feira a criação de um “muro de gelo” no subsolo da central nuclear de Fukushima para tentar limitar a contaminação do subsolo e ajudar a conter o derrame de água contaminada para o oceano Pacífico.

De elevado custo e sem precedentes na história da energia nuclear, o plano passa por congelar o subsolo em torno dos quatro reatores mais afetados pelo sismo e consequente tsunami que devastaram parte do Japão a 11 de março de 2011. A Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a central de Fukushima, estava há mais de um ano a tentar implementar o projeto, para o qual precisava do aval e financiamento do Estado nipónico.

“Esta operação pressupõe um desafio e é preciso levá-la a cabo com extremo cuidado e dispondo de todos os dados necessários”, declarou o presidente da NRA, Shunichi Tanaka, no final da reunião realizada esta quarta-feira, em declarações reproduzidas pela NHK.

Com o OK da NRA, a operadora poderá dar início ao processo já amanhã. Este passa por congelar o solo e subsolo ao redor dos edifícios dos reatores nucleares atingidos, criando uma parede de gelo de 30 metros de profundidade e 1500 metros de comprimento, com uma temperatura a rondar os 30º celsius negativos, segundo explicou a Bloomberg em outubro. Com isto, os especialistas esperam conseguir evitar que a água do subsolo continue a ficar contaminada.





Exibições: 32

Comentar

Você precisa ser um membro de Articulação Antinuclear Brasileira para adicionar comentários!

Entrar em Articulação Antinuclear Brasileira

Fazemos parte da Frente por uma Nova Política Energética

Acesse!

Site      Facebook    Twitter

© 2024   Criado por Articulação Antinuclear BR.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço