O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, afirmou na última quarta-feira (17) durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, que a reativação do programa nuclear brasileiro para fins pacíficos é um dos principais programas do ministério e prevê a construção de um reator que produzirá energia limpa para utilização medicinal.
Segundo o ministro, os recursos para o desenvolvimento desse programa são de R$ 850 milhões e a construção do reator deverá atender à demanda de produção de insumos para medicina nuclear, além de ser utilizado para pesquisas nessa área. “A produção de energia nuclear para fins pacíficos é uma decisão da qual não abrimos mão”, disse o ministro.
A priorização de produção energética nuclear vai contra a maré mundial. Após o acidente com os reatores da usina nuclear de Fukushima, muitos países decidiram rever seus planejamentos e investir em outras alternativas, que não à nuclear.
Muitos grupos ambientalistas têm trabalhado em protestos que pedem a paralisação de projetos nesta área, como forma de evitar novos acidentes e desastres ambientais com enormes proporções, como aconteceu no Japão em 2011.
A Alemanha é uma das nações que levou a paralisação das usinas nucleares a sério. O país europeu já teve parte de suas plantas nucleares fechadas e pretende exterminar esses trabalhos até 2022. Mesmo que a energia nuclear seja aplicada para fins pacíficos, esta fonte energética ainda assim pode representam grandes riscos à população local e também às comunidades vizinhas às usinas.
* Publicado originalmente no site CicloVivo.
Você precisa ser um membro de Articulação Antinuclear Brasileira para adicionar comentários!
Entrar em Articulação Antinuclear Brasileira