Mensagens de Articulação Antinuclear BR - Articulação Antinuclear Brasileira2024-03-28T21:05:00ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9chttp://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2237054766?profile=original&width=48&height=48&crop=1%3A1http://brasilantinuclear.ning.com/profiles/blog/feed?user=1i5dobvxq6h9c&xn_auth=noFuturo Ameaçador: Nordeste brasileiro está sob a sombra da ameaça nucleartag:brasilantinuclear.ning.com,2024-02-03:6613456:BlogPost:679112024-02-03T11:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>A riqueza cultural e a força para superar adversidades das mais amargas são marcas do povo do <strong>Nordeste</strong>. Mas a luta agora é contra um inimigo muito mais assustador. A <strong>ameaça nuclear</strong>, já presente com a mineração de <strong>urânio</strong> em Caetité, na Bahia, estica seus tentáculos na direção de Pernambuco e do Ceará.</p>
<p>Comunidades tradicionais estão em risco. Indígenas, quilombolas, campesinos e ribeirinhos são abordados com falsas promessas, sobretudo…</p>
<p>A riqueza cultural e a força para superar adversidades das mais amargas são marcas do povo do <strong>Nordeste</strong>. Mas a luta agora é contra um inimigo muito mais assustador. A <strong>ameaça nuclear</strong>, já presente com a mineração de <strong>urânio</strong> em Caetité, na Bahia, estica seus tentáculos na direção de Pernambuco e do Ceará.</p>
<p>Comunidades tradicionais estão em risco. Indígenas, quilombolas, campesinos e ribeirinhos são abordados com falsas promessas, sobretudo de empregos que não chegarão até eles. Se houver oportunidade para essa população numa construção nuclear de grande porte, será em posições onde o trabalho é pesado, perigoso e mal remunerado. Os bons salários serão destinados a engenheiros e técnicos trazidos do exterior ou de grandes cidades. História já vivida em outras cidades brasileiras que receberam empreendimentos nucleares de grande porte e viram aumentar de maneira alarmante os problemas sociais.</p>
<p>Há ainda outros prejuízos que ficarão na conta de quem vive numa região de <strong>escassez hídrica</strong>. Tanto a mineração quanto as usinas necessitam de água em larga escala – recurso valioso para o povo sertanejo, que aguarda cada chuva como uma bênção.</p>
<h3>Opará: complexo nuclear à beira do rio leva perigo às comunidades</h3>
<p>O rio São Francisco é um dos alvos da voracidade nuclear. As comunidades do sertão pernambucano resistem à implantação de uma <strong>central nuclear em Itacuruba</strong>. Mesmo com diversas vitórias, o projeto avança de forma sorrateira e espalha medo. "Tivemos no início do chamado uma grande quantidade de pessoas abraçando a causa contra o projeto. Mas hoje, no município, algumas pessoas mudaram de opinião quando foi falado sobre dinheiro que poderia entrar na cidade. Pelo fato do projeto não ser discutido abertamente lutamos no escuro buscando sempre mais apoiadores da causa contra projetos nucleares no Brasil e mundo", alerta Sandriane Lourenço, professora e liderança indígena do povo <strong>Pankára</strong> Serrote dos Campos.</p>
<p>Os interesses econômicos são poderosos. Porém a <a href="http://Articula%C3%A7%C3%A3o%20Sert%C3%A3o%20Antinuclear" target="_blank" rel="noopener">Articulação Sertão Antinuclear</a> (ASA) e a <a href="https://apoinme.org/" target="_blank" rel="noopener">Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo</a> (APOINME) estão enfrentando e vencendo essa especulação do lobby nuclear, somando forças também com a <a href="https://apiboficial.org/" target="_blank" rel="noopener">Articulação dos Povos Indígenas do Brasil</a> (APIB) e com a Articulação Antinuclear Brasileira (AAB).</p>
<h3>Urânio em Santa Quitéria já deixa prejuízos</h3>
<p>A 750km de Itacuruba (PE), os moradores de Santa Quitéria, no Ceará, veem o olhar da ganância desejar sua preciosa água para lavrar minério: fosfato e urânio. O projeto da lavra tem uma demanda de 855.000 litros de água por hora. Seria o suficiente para abastecer 150.000 pessoas.</p>
<p>Os prejuízos anunciados pelo <strong>Consórcio Santa Quitéria</strong> podem ser muito maiores do que aquilo apresentado no plano do lobby nuclear. Os riscos causados pela radioatividade para as comunidades do entorno são imprevisíveis e podem ser muito maiores do que os apresentados nas diversas audiências públicas que até então conseguiram provar a recusa popular ao empreendimento.</p>
<p>As explosões em solo com <strong>urânio</strong> poluem a atmosfera espalhando rapidamente o <strong>gás radônio</strong>, associado ao <strong>câncer de pulmão</strong>, que decompõem-se em <strong>polônio</strong>, altamente perigoso. As partículas se depositam na terra que também é contaminada pela água de rejeito da operação. Nas pessoas e animais, o risco imediato é o câncer. Mas as mutações genéticas mesmo dos seres que saírem de lá serão transmitidas para os descendentes. Um levantamento realizado entre 2012 e 2022 mostra que a média de mortalidade causada por câncer na região é 156% maior que a média nacional. "As pessoas que morreram ou que adoeceram e conseguiram se curar são pessoas que ou trabalharam na mina ou tiveram contato com quem atuou nas galerias", aponta Erivan Silva, membro da Articulação Antinuclear do Ceará.<span class="selectable-text copyable-text">Ele ressalta que não há estudo científico formal que comprove essa relação, mas a subnotificação de casos de câncer é uma constante registrada por pesquisadores do movimento em territórios afetados e faz parte da estratégia nuclear.</span></p>
<p>As comunidades tradicionais temem a contaminação direta e a dispersão radioativa nos transportes do urânio e do fosfato. Galerias foram construídas nos anos 1970 e 1980 para testes e isso já deixou suas marcas negativas nos arredores. Se houver a produção em larga escala, o urânio será transportado até o <strong>Porto de Pecen</strong>, na Região Metropolitana de Fortaleza, levando riscos também a outras cidades.</p>
<p>Projetos deste porte guardam segredos sobre pontos críticos, como os planos de <strong>emergência nuclear</strong>. Um acidente poderia contaminar por séculos água e solo que garantem a vida das comunidades sertanejas. Não há desenvolvimento econômico que justifique o sacrifício da saúde das pessoas. O Brasil precisa ser livre do nuclear.</p>Descarte impossível: lixo nuclear é problema sem solução e será ameaça perigosa durante os próximos séculostag:brasilantinuclear.ning.com,2024-01-26:6613456:BlogPost:677042024-01-26T23:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><em>As pequenas placas parcialmente cobertas de mato alto ao longo do arame farpado trazem alerta: "Perigo! Risco de radiação". Mas a ameaça à vida dos moradores de São Paulo, Caldas em Minas Gerais e Abadia de Goiás é muito maior do que os discretos alertas podem fazer crer.</em></p>
<p>Os <strong>depósitos de lixo nuclear</strong> no Brasil, decorrentes da atividade perigosa, são mal fiscalizados e com pouca segurança. Na maior cidade de todo o hemisfério sul,…</p>
<p style="text-align: center;"><em>As pequenas placas parcialmente cobertas de mato alto ao longo do arame farpado trazem alerta: "Perigo! Risco de radiação". Mas a ameaça à vida dos moradores de São Paulo, Caldas em Minas Gerais e Abadia de Goiás é muito maior do que os discretos alertas podem fazer crer.</em></p>
<p>Os <strong>depósitos de lixo nuclear</strong> no Brasil, decorrentes da atividade perigosa, são mal fiscalizados e com pouca segurança. Na maior cidade de todo o hemisfério sul, um terreno mal cuidado ao lado de uma gigantesca igreja que atrai milhares de fiéis para acompanhar as missas de Padre Marcelo Rossi, estão galpões com toneladas de resíduo da extinta Usina Santo Amaro, ou <strong>Nuclemon</strong>. As operações duraram 50 anos mas após o encerramentos, na década de 1990, o que sobrou foi deixado para trás, sem o cuidado apropriado. Nesta localidade, é praticamente impossível ter um plano de emergência para o caso de um acidente numa área densamente povoada.</p>
<p>Caldas, em Minas Gerais, abrigou a primeira <strong>mineração de urânio</strong> do país de onde saíram 1200 t de concentrado de urânio. Hoje, abandonada, deixou um rastro de destruição. Uma área morta com o tamanho de quase 2.000 campos de futebol parece um cenário de filme de terror. Há também barragens de águas ácidas que estão no limite: um risco de um desastre ambiental de proporções gigantescas. As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) calam sobre o tamanho do problema ou possíveis soluções para a região, enquanto moradores do entorno adoecem.</p>
<p>“Não há relacionamento com a comunidade local. Existe uma propaganda institucional que sugere esse relacionamento, mas, na prática, grupos que questionam as atividades da INB sempre encontram maior dificuldade na promoção do diálogo ou debate”, lamenta Silvana Torquato, membro da AAB Núcleo Caldas.</p>
<h3>Goiás e presença alarmante dos restos do acidente com Césio-137</h3>
<p>Palco de uma das maiores tragédias nucleares do mundo, Goiás também convive com lixo perigoso. Apesar de ter um plano de emergência mais estruturado e de ser fiscalizado pela Agência Internacional de Energia Atômica, a unidade fica numa unidade de conservação vizinha à capital. A cidade de Abadia de Goiânia foi condenada a receber um depósito com os resíduos do acidente radiológico com <strong>Césio-137</strong> que vitimou centenas de pessoas, quatro delas mortas em questão de dias.</p>
<p>Foram necessários apenas 19g do material perigoso para destruir dezenas de famílias e por séculos a população terá que conviver com a proximidade do material altamente perigoso. Uma das vítimas da tragédia, que também atingiu os seus filhos e sobrinhos, Suely Silva acredita que o país não aprendeu com o desastre. "Eu acho que ainda pode ocorrer outro acidente", teme.</p>
<p>A sociedade cobra uma resposta sobre o futuro destas áreas já condenadas e também um posicionamento firme para que não tenhamos novas regiões precisando conviver com o medo e os prejuízos à saúde.</p>
<p>"O país não necessita de <strong>energia de matriz nuclear.</strong> Não é energia limpa, pelos resíduos que produz e que levam séculos para o decaimento da radioatividade. O país é rico em recursos naturais para a produção de energia elétrica", avalia Sonia Felipone, conselheira do CADES Santo Amaro (Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura da Paz em Santo Amaro) terapeuta ocupacional que acompanha há 20 anos a situação dos trabalhadores do Nuclemon.</p>
<p>O nuclear tem graves consequências. O Brasil precisa ser livre desse perigo.</p>2023, o ano mais sinistro para o Programa Nuclear Brasileirotag:brasilantinuclear.ning.com,2024-01-21:6613456:BlogPost:677022024-01-21T12:46:59.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p align="center"><strong><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><i>E 2024 já chegou com problemas, incluindo o desligamento de Angra 1</i></font></font></strong></p>
<p align="justify"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">Desde que foi criado, há 72 anos, o Programa Nuclear Brasileiro e as Ind</font><font color="#000000">ú</font><font color="#000000">strias Nucleares do Brasil (INB) nunc…</font></font></font></p>
<p align="center"><strong><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><i>E 2024 já chegou com problemas, incluindo o desligamento de Angra 1</i></font></font></strong></p>
<p align="justify"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">Desde que foi criado, há 72 anos, o Programa Nuclear Brasileiro e as Ind</font><font color="#000000">ú</font><font color="#000000">strias Nucleares do Brasil (INB) nunc<a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12364043087?profile=original" target="_blank" rel="noopener"></a>a viveram um ano tão</font> <font color="#000000">catastrófico.</font> <font color="#000000">2023</font> <font color="#000000">chegou muito agourento, pipoca</font><font color="#000000">ndo</font> <font color="#000000">graves</font> <font color="#000000"><span>denúncias,</span></font> <font color="#000000">especialmente</font> <font color="#000000">e</font><font color="#000000">m</font> <font color="#000000">Minas Gerais</font> <font color="#000000">e Rio de Janeiro.</font> <font color="#000000">Em</font> <font color="#000000">Caldas (MG)</font><font color="#000000">,</font> <font color="#000000">funcion</font><font color="#000000">ou o primeiro complexo mínero-industrial de</font> <font color="#000000">exploração de</font> <font color="#000000">urânio,</font> <font color="#000000">hoje</font> <font color="#000000">cham</font><font color="#000000">ado</font> <span><font color="#000000">Unidade de Descomissionamento de Caldas (UDC)</font><font color="#000000">.</font> <font color="#000000">Ali</font> <font color="#000000">acontece</font></span></font><font color="#000000">u a primeira fase d</font><font color="#000000">a c</font><font color="#000000">a</font><font color="#000000">deia</font> <font color="#000000">de produção da energia</font> <font color="#000000">nuclear</font> <font color="#000000">no</font> <font color="#000000">Brasil.</font> <span><font color="#000000">Em</font></span> <font color="#000000">Rezende e</font> <font color="#000000">Angra dos Reis</font> <font color="#000000">(</font><font color="#000000">RJ</font><font color="#000000">)</font> <font color="#000000">ocorrem</font> <font color="#000000">as atividades da última fase d</font><font color="#000000">o ciclo atômico</font><font color="#000000">, incluindo a operação de duas usinas e a inconclusa</font> <font color="#000000">obra</font> <font color="#000000">de Angra 3</font> <span><font color="#222222">que,</font></span> <span><font color="#222222">em 40 anos</font></span> <font color="#000000">consumiu R$8 bilhões do orçamento estimado em R$28 bilhões.</font> <span><font color="#000000">A</font></span><span><font color="#000000">s populações atingidas mais diretamente por estes</font></span> <span><font color="#000000">infortúnios</font></span> <span><font color="#000000">são</font></span><span><font color="#000000">, portanto,</font></span> <span><font color="#000000">do Planalto de Poços de Caldas</font></span> <span><font color="#000000">(MG) e do Rio de Janeiro.</font></span></font></p>
<p align="justify"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span><font color="#000000">Em 2023,</font></span> <span><font color="#000000">ocorreram</font></span> <span><font color="#000000">m</font></span><span><font color="#000000">ais de</font></span> <span><font color="#000000">10</font></span> <span><font color="#000000">eventos</font></span> <span><font color="#000000">funestos</font></span><span><font color="#000000">,</font></span> <span><font color="#000000">prov</font></span><span><font color="#000000">a</font></span><span><font color="#000000">ndo</font></span> <span><font color="#000000">falhas</font></span> <span><font color="#000000">crítica</font></span><span><font color="#000000">s</font></span> <span><font color="#000000">nos protocolos de segurança, relativos ao deslocamento e</font></span> <span><font color="#000000">guarda</font></span> <span><font color="#000000">de material</font></span> <span><font color="#000000">radioativ</font></span><span><font color="#000000">o,</font></span> <span><font color="#000000">colocando em risco</font></span> <span><font color="#000000">a</font></span> <span><font color="#000000">segurança</font></span> <span><font color="#000000">nuclear e</font></span> <span><font color="#000000">em radio</font></span><span><font color="#000000">proteção</font></span> <span><font color="#000000">dos trabalhadores e da</font></span> <span><font color="#000000">sociedade</font></span><span><font color="#000000">.</font></span> <span><font color="#000000">Abaixo apontamos algu</font></span><span><font color="#000000">ns</font></span> <span><font color="#000000">desses</font></span> <span><font color="#000000">fat</font></span><span><font color="#000000">o</font></span><span><font color="#000000">s.</font></span> <span><font color="#000000"><b>E</b></font></span><span><font color="#000000"><b>m f</b></font></span><span><font color="#000000"><b>evereiro/</b></font></span><span><font color="#000000"><b>23</b></font></span><span><font color="#000000">,</font></span> <span><font color="#000000">finalmente,</font></span> <span><font color="#000000">o</font></span> <span><font color="#000000">Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) mult</font></span><span><font color="#000000">ou</font></span> <span><font color="#000000">a</font></span> <span><font color="#000000">Eletronuclear</font></span> <span><font color="#000000">p</font></span><span><font color="#000000">o</font></span><span><font color="#000000">r ter</font></span> <span><font color="#000000">omiti</font></span><span><font color="#000000">do o</font></span> <span><font color="#000000">vazamento de</font></span> <span><font color="#000000">efluentes</font></span> <span><font color="#000000">com material radioativo da usina Angra 1,</font></span> <span><font color="#000000">ocorrido</font></span> <span><font color="#000000">em</font></span> <span><font color="#000000">16 de</font></span> <span><font color="#000000">setembro de 2022.</font></span> <span><font color="#000000">A</font></span> <span><font color="#000000">empresa</font></span> <span><font color="#000000">tentou negar a todo custo</font></span> <span><font color="#000000">a vazão que</font></span> <span><font color="#000000">atingi</font></span><span><font color="#000000">u</font></span> <span><font color="#000000">a Baía de Itaorna</font></span> <span><font color="#000000">(</font></span><span><font color="#000000">Angra dos Reis – RJ)</font></span><span><font color="#000000">.</font></span> </font></font></p>
<p align="center"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span><font color="#000000"><b>B</b></font></span><span><font color="#000000"><b>arragens radioativas</b></font></span></font></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Ainda em</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>fevereiro</b></font></font></font></span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><span>,</span></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>a</span></font></font></font> <span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">Comissão Nacional de Energia Nuclear (</font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">CNEN</font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">)</font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>admitiu existir</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>infiltração e problemas</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>com uma pluma de drenagem ácida</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>atingi</span></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>ndo o Córrego Consulta, em Poços de Caldas (MG),</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>consequência das atividades radioativas da</span></font></font></font> <span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">UDC/</font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">Caldas</font></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">que, desde 1995 passa por um longo e polêmico processo de desmontagem.</font></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">A</font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>CNEN –</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>que regula e fiscaliza as atividades radiológicas</span></font></font></font> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>da INB</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>a</em></font></font></font></span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>dmitiu t</span></font></font></font><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ambém</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">leito</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></span></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>Bacia de Águas Claras</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>tem</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>resíduos gerados pelo sistema de tratamento de águas ácidas</span></font></font></font> <span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><font color="#000000">da</font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>mesma UDC,</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>o</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>que eleva o potencial de</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>contaminação</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>do lençol freático da região</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>por metais pesados e radioativos</span></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>.</span></font></font></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Em</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>març</b></font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>o</b></font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">noticiou-se o</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">vaz</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ment</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">do</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">gás hexafluoreto de urânio,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">causado por defeito em</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">equipamento</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a Unidade de Enriquecimento de Urânio da</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Fábrica</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Combustíve</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">l Nuclear</font></font></font></span> <strong><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></font></span></strong> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">INB,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">em</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Resende (RJ).</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">E</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">m contato</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">com</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ar,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o gás gera</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ácido fluorídrico</font></font></font></span> <strong><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">(HF)</font></font></font></span></strong><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">gás</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">incolor e corrosivo,</font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Em</font></font></font> <strong><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">abril</font></font></font></strong><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a obra de Angra 3 foi, mais uma vez, paralisada por embargo da prefeitura de Angra dos Reis,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">aleg</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ou</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ter havido</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">altera</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ção</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">n</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">projeto urbanístico d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a usina</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, aprovado pelo governo municipal.</font></font></font></p>
<p align="justify"></p>
<p align="justify"><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12364043087?profile=original" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12364043087?profile=RESIZE_710x" width="384" height="288" class="align-center"/></a></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i><b><em>Técnicos da ANM fiscalizam</em></b></i></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i><b><em>situação</em></b></i></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i><b><em>da INB, em Caldas. Foto - ANM</em></b></i></font></font></font> </span></p>
<p align="justify"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>A</em></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>p</em></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>rimeira inspeção oficial</em></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>na</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>UDC/</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Caldas</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>pela</em></font></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Agência Nacional de Mineração</em></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>(</em></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ANM</em></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>)</em></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>que</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">há dois anos</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">passou a regular e fiscalizar as estruturas de mineração</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">INB,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>aconteceu</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>em</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>junho.</em></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Os fiscais da ANM enquadraram a</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>Barragem de Rejeitos</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>BAR</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>e a</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>D4</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>que</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>abriga</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>m</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>lixo</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>radioativo</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>oriundo</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>de rejeitos da mineração, materiais pesados e lama</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>radioativa</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>n</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>o</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>N</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ível</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>de</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Emergência 1</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>(</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>NE1</strong></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>)</strong></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>com categoria de risco alto, pelo perigo de rompimento</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i><em>.</em></i></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>O</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>NE1</strong></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>é o</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>segundo degrau</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>na escala</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>de gravidade, indica</strong></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>ndo</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>que já</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>ultra</strong></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>passou o nível de alerta.</strong></font></font></font></span></p>
<p align="justify"></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>Urânio à deriva</strong></b></font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>Entre os furtos de material perigoso, destacamos o sumiço n</span><span>a</span> <span>Fábrica de Combustível Nuclear</span><span>,</span> <span>e</span><span>m</span> <span>Resende,</span> <span>em</span> <span><b>j</b></span><span><b>u</b></span><span><b>lho,</b></span> <span>de d</span><span>uas cápsulas, co</span><span>m</span> <span>gás hexafluoreto de urânio enriquecido,</span> <span>usado</span> <span>n</span><span>o</span> <span>fabrico de elementos combustíveis para as</span> <span>usinas</span> <span>atômicas</span> <span>de Angra</span><span><b>.</b></span> <span>Mais de seis meses depois,</span> <span>não se sabe</span> <span>o</span> <span>paradeiro d</span><span>o</span> <span>u</span><span>rânio,</span> <span>que</span> <span>porta</span> <span>perigos</span> <span>radiológicos e químicos significativos, em caso de manipulação errada</span><span>.</span> <span>A</span> <span>sociedade</span> <span>aguarda</span> <span>a</span> <span>divulgação</span> <span>do</span> <span>resultad</span><span>o</span> <span>da</span><span>s</span> <span>investigaç</span><span>ões</span> <span>sobre este</span> <span>bizarr</span><span>o</span> <span>f</span><span>ur</span><span>t</span><span>o.</span> <span>Na época,</span> <span>a Polícia Federal arrol</span><span>ou</span> <span>20 empregados da INB,</span> <span>onde</span> <span>foram inúteis as buscas, incluindo</span> <span>n</span><span>as</span> <span>áreas supervisionadas e controladas</span><span>.</span> </font></font></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Também</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>em</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>j</em></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>ulho</em></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>, no</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>relatório final</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>d</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>a primeira inspeção realizada nas instalações da INB/</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Caldas,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>a</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ANM</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>além de</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>mante</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>r</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>o</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>N</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ível de</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>E</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>mergência 1</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>(</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>NE1</em></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>)</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>para a</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>Barragem de Rejeitos</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>BAR</strong></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>a</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>D4</span></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>,</span></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>enquadrou</span></font></font></font> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>também</em></font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>a</span></font></font></font> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Bacia Nestor Figueiredo</em></font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>no</em></font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>NE1</em></b></font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>.</em></font></font></font></span></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>Setembro</em></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>trouxe</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>má</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>s notícias. A ANM fez nova inspeção</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>nas barragens de rejeitos</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>d</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>e</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Caldas.</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>O relat</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ório da vistoria</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>informa não</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ter</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>encontrad</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>o</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>anomalias que</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ameacem</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>de imediato, as estruturas,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>m</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>as</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>identificou situações que</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>precis</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>am de monitoramento e trouxe novas exigências</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>técnica</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>s.</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>No mesmo mês,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>a</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Inspeção de Segurança Regular realizada</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>sobre</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>as estruturas</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>da UDC</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>por auditor independente, contratado pela</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>própria</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>INB,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>confirmou a gravidade da situação</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>, indic</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>ando</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>obras de adequação</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>nas edificações.</em></font></font></font></span></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>Falha</em></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>s</em></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>em Angra 1</em></b></font></font></font></span></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>Inaugurada em 1981, Angra 1,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>a</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>pelida</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>da usina “vaga-lume”</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>(</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>foi</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>desligada</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>dezenas de</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>vezes</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>).</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>A unidade, que vem tentando</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>moderniza</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>r</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>seu ultrapassado projeto,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>passou por várias paradas no segundo semestre/23. Estava desligada em</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>outubro</em></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>e e</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>m 22 de</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><em>novembro</em></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif"><font size="2"><em>,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>com</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>falha</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>s</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>em</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>equipamentos</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>elétricos,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>enfrentou um</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>“Evento Não Usual”, o primeiro da escala de emergência da</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>unidade</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>.</em></font></font></font> </span></p>
<p align="justify"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>2024</b></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2">chegou evidenciando, mais uma vez, a fragilidade</font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da (in)segurança atômica coletiva, onde casos policiais</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">se</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">desta</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">cam</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Já</font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2">no</font></font> <strong><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">1</font></font><sup><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></sup> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></strong><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>ia do novo ano</strong>,</font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>em</span></font></font></font> <a href="https://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2024/01/area-de-seguranca-nacional-da-fabrica.html"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ár</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ea de segurança nacional</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">(pasmem!)</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">sete jovens foram presos, após</font></font></font></span></a> <a href="https://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2024/01/area-de-seguranca-nacional-da-fabrica.html"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">invadirem</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o prédio do Centro de Treinamento, no distrito de Engenheiro Passos</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">(Rezende)</font></font></font></span></a><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, n</font></font></font></span><a href="https://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2024/01/area-de-seguranca-nacional-da-fabrica.html"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">mesma</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Fábrica de Combustível Nuclear da INB,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de onde sumira</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">m</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">as</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ampolas de urânio enriquecido</font></font></font></span> </a><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que ensejou muitas críticas</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">sobre a conhecida desorganização do setor nuclear</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">S</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">upostamente interessados em equipamentos eletrônicos</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">jovens</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">foram</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">lev</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ados para a Polícia Federal</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">redirecionados</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">para a</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Polícia Civil,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">onde</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">foram</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">autuados por tentativa de furto e liberados</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">pra</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">aguarda</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">r</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">convocação da Justiça.</font></font></font></span></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Na última terça-feira</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, (</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>16 de janeiro</b></font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">)</font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Angra 1</font></font></font> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">voltou a ser paralisada</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>para</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>consertar</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>a turbina da unidade,</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>pois ocorreram</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>avarias</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>em uma das válvulas de bloqueio de vapor do circuito secundário. Não há previsão para o retorno da usina ao Sistema Integrado Nacional. Apesar d</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>o</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>s</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>alert</em></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>as de especialistas, Angra 1 vem sendo recauchutada para durar mais 20 anos.</em></font></font></font></span> <em><a href="https://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2024/01/angra-1-comeca-2024-com-defeitos-e-mais.html">https://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2024/01/angra-1-comeca-2024-com-defeitos-e-mais.html</a></em></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>Produção</b></font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>frustrante</b></font></font></font></span></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">20</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">2</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">3</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">também foi desastroso</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">na esfera</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">produ</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ção d</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">urânio,</font></font></font></span> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">matéria-prima</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">do</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">combustível d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">energia</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">atômica.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">N</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Unidade de Concentração de Urânio</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">INB, em Caetité/BA</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">–</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">única mineração em atividade no Brasil</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">–</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">lavro</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">u-</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">se</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">quantidade de minério,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">muito</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">além do que se pretendia, complicando ainda</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">mais</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">os problemas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da empresa. A INB</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">opera com uma planta industrial ultrapassada, com equipamentos obsoletos</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">quebradiços,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">escassez de água e uma série de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">problema</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Neste</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">janeiro/24</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, a indústria sofreu nova parada, desta vez porque um vendaval destelhou a fábrica.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">jazida</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">do Engenho, inaugurada com toda pompa, há quatro anos,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">promet</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ia</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">260</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">toneladas d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">minér</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">io</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">por ano</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">estrea</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ndo um ciclo de ouro atômico para o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">país.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Mas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">até 2022 atingiu uma escala pífia d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">produção</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">E</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">m 2023</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">só</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">conseguiu</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">produzi</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">r</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">100 toneladas,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">menos da metade do total anunciado</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A exploração do urânio do Ceará, que deveria suceder a Bahia como estado supridor da demanda nacional do minério, está emperrada. Há mais de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">20 anos, a INB tenta explorar o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">minério</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de Itataia (</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Santa Quitéria</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">)</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, que se apresenta associado ao fosfato. O</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">licenciamento da mineração foi</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">negado</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">três vezes</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">. O de 2004 foi arquivado pela Justiça. O de 2009 foi arquivado pelo IBAMA, por inviabilidade hídrica e ambiental. O de 2014 foi desaprovado pelos técnicos do IBAMA. Mas, em dezembro/22, o condescendente presidente do órgão, deu mais</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">tempo</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">para o consórcio solucionar os problemas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">apontados</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Importante registrar que</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">este maléfico projeto</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">disputa o uso da água, em região de extrema escassez, e</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">pode afetar diretamente 156 comunidades, 30 territórios de povos e comunidades tradicionais e cinco etnias indígenas.</font></font></font></p>
<p align="center"><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12364042869?profile=original" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12364042869?profile=RESIZE_710x" class="align-full" width="367" height="238"/></a></p>
<p align="justify" style="text-align: center;"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i><b><strong>Arlene Nascimento, auditora do TCU</strong></b></i></font></font></font></span></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i><b><strong>Foto – Mário Agra/Câmara dos Deputados</strong></b></i></font></font></font></span></p>
<p align="justify"></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>TCU aponta fragilidades</strong></b></font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Prestes a findar 2023, em audiência pública</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados</font></font></font> <strong><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">(</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">28</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">novembro</font></font></font></strong><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">), a auditora do Tribunal de Contas da União (TCU) Arlene Nascimento citou a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">insegurança</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">das barragens de rejeitos em Caldas (MG) e o desaparecimento d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">as</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ampolas de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">u</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">rânio enriquecido em Rezende (RJ) como eventos que</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">preocupam</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">L</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">embrou</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que há mais de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">10 anos,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o T</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">CU</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">indic</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ou</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a necessidade da criação de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">um</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">órgão</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">para tratar da segurança nuclear, con</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">siderando</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">“modelo adotado no Brasil para o tema estava em desacordo com a Convenção Conjunta sobre Gerenciamento Seguro de Combustível Nuclear Usado e de Rejeitos Radioativos</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, da qual o Brasil é signatário.”</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">C</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">omo a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN)</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">não funciona (mesmo após dois anos de criada), a CNEN segue respondendo pela segurança, porém com “dispositivos restritos” e sem “mecanismos que evitem problemas”.</font></font></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">N</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ovo acórdão do TCU</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>(</strong></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>dez</strong></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>embro/</strong></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>23</strong></b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>)</strong></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">exp</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">õe</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">os riscos</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a sustentabilidade econômico-financeira da INB, identificados pela auditoria operacional que apontou graves</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">deb</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ilidades da empresa, sinalizando que a badalada meta de autosufiência na produção do combustível nuclear</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">pode redundar em fracasso</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">. O trabalho encontrou fragilidades, como a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">inexistência de incentivos naturais e regulatórios na produção d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">esse</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">combustível e a não implementação integral da pol</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">í</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">tica de gestão de riscos.</font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A auditoria concluiu que a falha de mercado, relativa ao custo de combustível nuclear, não tem recebido tratamento adequado,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">existindo lacuna regulatória na fiscalização e na avaliação da eficiência na produção do elemento combustível</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Como consequência, a INB não terá incentivo para produzir de forma eficiente, o que poderá resultar em desequilíbrio econômico e financeiro da empresa.</font></font></font></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>Debate</strong></b></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><strong>inadiável</strong></b></font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A perene incapacidade jurídico-administrativa para solucionar os d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">esafio</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s técnico-operacionais e de gestão pela INB e CNEN est</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">á</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">bem</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">expost</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a em fiscalizações</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">incontestáveis alertas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">do TCU</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e da ANM.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A insegurança sistêmica</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">vigente</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">coloca em cheq</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">u</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e a capacidade do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro dar conta de suas tarefas,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">agravando</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">os perigos</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">desenvolvimento da tecnologia nuclear</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">para a produção de eletricidade.</font></font></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A falta de acesso a informações confiáveis sobre</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o caos que envolve a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">in</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">gurança</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">exploração</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da tecnologia</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">nuclear,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a partir da</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">expansão da mineração</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que vem deixando um passivo ambiental irreparável em Minas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Gerais</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e na Bahia</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">há muito vem</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">provocando</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">crescente</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">reaç</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ão</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da cidadania brasileira.</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Em audiências públicas, ocorridas ao longo do ano</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">no Congresso Nacional, assembleias estaduais e câmaras de vereadores de Minas e do Rio de Janeiro, graves problemas foram expostos e críticas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">severas</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">atacaram</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">especialmente</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">falta de transparência,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a inconsistência na comunicação</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">insegurança técnico-operacional que caracteriza</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">m</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a indústria nuclear.</font></font></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">O</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">cenário de desordem e confusão de ideias, trazidas pelo açodamento de mudanças da legislação</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ocorridas nos dois últimos governos</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">confundiu ainda mais o</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">atual</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">arcabouço jurídico</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><em>–</em></font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a soma de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">erros</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">evidenciam a necessidade urgente de</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">uma a</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">utentic</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a revisão da legislação</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de caráter nuclear/militarista</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que norteia o setor. Que o governo entenda esta emergência e agilize esta revisão da política nuclear, promovendo um debate aberto, democrático, com ampla participação da sociedade,</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que não pode seguir convivendo</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">com os riscos</font></font></font> <font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da insegurança nuclear e em radioproteção</font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">!</font></font></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><strong>Texto de Zoraide Vilasboas – Jornalista e facilitadora da Articulação Antinuclear Brasileira</strong></font></font></font></span></p>Angra dos Reis (RJ) e Caetité (BA): territórios em constante insegurança nuclear, com moradores cercados pelos medos atômicos.tag:brasilantinuclear.ning.com,2024-01-19:6613456:BlogPost:676012024-01-19T22:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>Neste início de 2024, as cidades produtoras da <strong>energia nuclear brasileira</strong>, <strong>Angra</strong> com duas usinas, e <strong>Caetité</strong> com as minas de urânio, vivem em cenários de problemas recorrentes. Um vendaval destelhou instalações da mina radiotiva baiana, a produção de urânio teve de ser paralisada. E falhas no sistema mecânico das turbinas de Angra 1 levaram à paralisação da unidade. Esta série de ocorridos deixa especialistas e a sociedade em alerta…</p>
<p>Neste início de 2024, as cidades produtoras da <strong>energia nuclear brasileira</strong>, <strong>Angra</strong> com duas usinas, e <strong>Caetité</strong> com as minas de urânio, vivem em cenários de problemas recorrentes. Um vendaval destelhou instalações da mina radiotiva baiana, a produção de urânio teve de ser paralisada. E falhas no sistema mecânico das turbinas de Angra 1 levaram à paralisação da unidade. Esta série de ocorridos deixa especialistas e a sociedade em alerta constantes.</p>
<p>Se não temos segurança nas instalações atuais, como podemos aceitar que o PAC financie estudos de viabilidade para a extensão da vida útil de Angra 1 por mais 20 anos e de quebra a continuidade das obras de <strong>Angra 3</strong>? Como podemos aceitar a expansão das minas em Caetité por mais décadas, se problemas estruturais de suas instalações seguem recorrentes?</p>
<p>Para compor o quadro de negligência do Programa Nuclear Brasileiro, no início de 2024, houve na cidade de Resende (RJ) uma invasão feita por jovens na fábrica das "pastilhas" de urânio (produto para abastecer as usinas). Lembrando que nessa mesma fábrica, considerada Área de Segurança Nacional, em meados de 2023 houve furto de pastilhas de urânio que até hoje não tiveram investigações concluídas.</p>
<h3>Incidentes nucleares em série</h3>
<p>No finalzinho de 2023, também houve a confirmação de furtos de cabos e fios da usina Angra 1, além de um incêndio num almoxarifado do parque das usinas. Na opinião da antropóloga Gláucia Silva, professora aposentada da UFF - Universidade Federal Fluminense e do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, estes problemas evidenciam que existe uma falha grave na segurança e no controle de áreas onde existem atividades com risco à saúde: "Tanto a invasão quanto o roubo são alarmantes, inaceitáveis. A atividade nuclear é muito perigosa, envolve muito risco ao bem estar das populações e por isso precisa ser muito controlada, com muitas regras de segurança e que estas regras sejam cumpridas. Quando há invasão ou furto, mostra que há uma grande fragilidade de vigilância e controle da segurança destes espaços. A gente não deve aceitar isso! É uma coisa grave", alerta e completa "isso representa um grande risco para a sociedade".</p>
<p>A antropóloga traz ainda uma outra reflexão. "A <strong>atividade nuclear é antinatural e antissocial</strong>. Uma sociedade nuclearizada tende a ser não democrática (...)", pondera.</p>
<p>A produção do ciclo nuclear é insustentável, usinas e suas minas radioativas deixam rastros de destruição em nosso planeta. Nem limpa, nem renovável. Os mitos sobre a energia nuclear são desmontados por Gláucia: "Toda usina nuclear está jogando radioatividade no ambiente diluída com água limpa. Não é de forma nenhuma sustentável", alerta.</p>
<p>Autora de "Angra 1 e a Melancolia de uma era: um estudo sobre a construção social do risco", Gláucia lembra que os resíduos industriais deixados pela humanidade ainda têm impacto real desconhecido: "A transformação do urânio em urânio enriquecido não acontece na natureza. O Brasil tem opções muito melhores em nossa matriz energética. O nuclear é um risco que não precisamos correr."</p>
<h3>Lucro Radioativo: desprezo pelo social</h3>
<p>O desenvolvimento econômico despreza o impacto social da atividade nuclear. Riquezas naturais podem trazer grandes desastres para os povos das terras onde elas são encontradas. Foi assim em toda a História e não é diferente agora. Com a desculpa de que o desenvolvimento financeiro traz recursos que poderiam ser convertidos em benefícios sociais, comunidades próximas à atividade mineral e de produção nuclear perdem sua saúde e a sua paz.</p>
<p>"Cálculos econômicos não são objetivos e trazem uma grande base de ideologia. Quem ganha? E quem perde?". Na opinião de Gláucia, o debate sobre a <strong>exploração mineral de urânio</strong> e <strong>construção de usinas nucleares</strong> não deveria passar apenas por cálculos matemáticos objetivos sobre o que consistiria em ganhos monetários para uma região. É preciso colocar o olhar da sociedade na discussão sobre um tema tão sensível: "Tudo é propaganda de uma visão de mundo que não está atenta para as catástrofes que podem acontecer. Eu acho que a continuidade deste tipo de atividade para produção energética contradiz completamente o que parece ser a tendência de um futuro menos ameaçado."</p>
<p>Temas como <strong>racismo ambiental</strong> têm tomado força no debate sobre desenvolvimento. O Brasil para ser saudável, precisa também ser livre do nuclear. Angra dos Reis e Caetité não devem ser escravizadas pelo lobby nuclear. Pelo contrário, ambas merecem liberdade plena para o bem viver de seus cidadãos.</p>Cara e Perigosa: energia nuclear é péssima para o Brasiltag:brasilantinuclear.ning.com,2023-12-16:6613456:BlogPost:673572023-12-16T12:42:19.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>No debate sobre a conclusão das obras de Angra 3, há diversos pontos que precisam ser compreendidos pela população. Embora discutir em profundidade riscos e benefícios da energia nuclear exija o domínio de informações científicas, há coisas básicas ao acesso de todos, como o fato de que de repente, mesmo as melhores usinas podem explodir, como Fukushima, no Japão; que os rejeitos nucleares são um problema insolúvel pois não há ninguém que queira ser vizinho de um depósito desse tipo, e que a…</p>
<p>No debate sobre a conclusão das obras de Angra 3, há diversos pontos que precisam ser compreendidos pela população. Embora discutir em profundidade riscos e benefícios da energia nuclear exija o domínio de informações científicas, há coisas básicas ao acesso de todos, como o fato de que de repente, mesmo as melhores usinas podem explodir, como Fukushima, no Japão; que os rejeitos nucleares são um problema insolúvel pois não há ninguém que queira ser vizinho de um depósito desse tipo, e que a morte e as enfermidades por radiação são terríveis.</p>
<p>A decisão sobre a inclusão de novas plantas nucleares no sistema brasileiro passa também pelo bolso do consumidor. O professor aposentado da UFPE, físico com doutorado pelo Laboratório de Fotoeletricidade e Comissariado de Energia Atômica da França, Heitor Scalambrini Costa, critica a posição do Governo Federal de considerar Angra 3 uma prioridade. "A contribuição da energia nuclear na matriz energética do Brasil, por exemplo, continuará inexpressiva, em torno de 2% mesmo com Angra 3, enquanto o preço do megawatt-hora de origem nuclear chega a ser de 4 a 6 vezes maior, quando comparado a geração solar, eólica e hidráulica", esclarece.</p>
<p>Ativista ambiental e membro da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB), o professor acredita que a subtração destas informações no debate público acontece para evitar formar uma opinião contrária à energia nuclear. "A nova usina implicará um aumento substancial na conta de energia de todos os consumidores brasileiros durante algumas décadas", alerta. Além disso, R$ 17 bilhões que faltariam para “acabar” Angra 3 (até agora gastou-se R$ 7,8 bilhões) dariam para abastecer 1 milhão de casas com módulos solares de 3 kWp cada uma (ao preço unitário de R$ 17 mil).</p>
<p>E vale o risco, sabendo que um acidente pode provocar uma tragédia social, econômica e ambiental de grandes proporções? "Sem dúvida, não existe nada de tão assustador do que um acidente com radiação liberada para o meio ambiente, atingindo toda forma de vida. A catástrofe de Fukushima provocou grandes emissões radioativas no ar, no solo e nas águas da região, e forçou cerca de 100.000 pessoas a abandonarem suas casas. Imagine agora o significado desta catástrofe para um país como o Brasil", avalia o físico.</p>Bomba-Relógio: depósito de lixo nuclear na zona sul de São Paulo expõe populaçãotag:brasilantinuclear.ning.com,2023-12-09:6613456:BlogPost:674352023-12-09T21:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><em>Interlagos abriga "lixão" de elementos <strong>radioativos</strong> em terreno mal sinalizado e com pouca segurança, vizinho a uma das maiores igrejas da metrópole.</em></p>
<p>Na zona sul da cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul, e a quinta cidade mais populosa do mundo funcionou por mais de 50 anos a Usina Santo Amaro, ou <strong>Nuclemon</strong>.</p>
<p>A unidade realizava o tratamento químico da…</p>
<p style="text-align: center;"><em>Interlagos abriga "lixão" de elementos <strong>radioativos</strong> em terreno mal sinalizado e com pouca segurança, vizinho a uma das maiores igrejas da metrópole.</em></p>
<p>Na zona sul da cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul, e a quinta cidade mais populosa do mundo funcionou por mais de 50 anos a Usina Santo Amaro, ou <strong>Nuclemon</strong>.</p>
<p>A unidade realizava o tratamento químico da chamada <strong>monazita</strong>, um tipo de areia usado na obtenção de terras raras que após purificadas são utilizadas na fabricação de materiais para ressonância magnética nuclear, sensores e certos tipos de imãs. O grande problema é que um dos seus subprodutos é um composto com alta concentração de <strong>elementos radioativos</strong> como <strong>urânio</strong> e <strong>tório</strong> conhecido como torta II.</p>
<p>A <a href="https://antpen.com.br/" target="_blank" rel="noopener">ANTPEN – Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear</a> luta há décadas na defesa dos pioneiros neste tipo de atividade altamente perigosa. Hoje, denunciam uma série de irregularidades não apenas do passado, mas também do presente naquilo que restou em São Paulo. Muitos trabalhadores da Nuclemon morreram com câncer e silicose, doenças provocadas pela contaminação no manejo da monazita sem equipamentos adequados.</p>
<p>Após o grave acidente com <strong>Césio 137</strong> em Goiânia, os trabalhadores da Nuclemom tiveram ciência da exposição a que estavam submetidos, sem nenhum equipamento de segurança, o que levou ao encerramento das atividades nos anos 1990. Uma CPI municipal concluiu que o armazenamento de rejeitos nucleares oferecia risco aos trabalhadores da usina e também à população vizinha às instalações.</p>
<p>Ainda assim, o depósito permanece na esquina da Avenida Interlagos com a Avenida Miguel Yunes com segurança precária. Ao lado do lixo radioativo está um dos maiores templos católicos do país, a igreja do padre Marcelo Rossi, que aumenta muito o fluxo de pessoas na região, romeiros de todo o país.</p>
<p>Sonia Felipone, terapeuta ocupacional no SUS por mais de 25 anos, trabalhou no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Santo Amaro e é Conselheira do CADES Santo Amaro – Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura de Santo Amaro. Ela acompanha o caso há 20 anos e avalia que as autoridades tratam o caso com indiferença. "O CADES já fez moções para o imediato descomissionamento do depósito, com retirada de forma segura e transporte para depósito definitivo, que inexiste", conta.</p>
<p>Sonia defende que o país não necessita de energia nuclear na matriz, tendo alternativas limpas e renováveis, e explica que Interlagos é um depósito intermediário e não oferece segurança plena. "Além disso encontra-se em meio a região densamente povoada, alto tráfego de veículos e vizinho a uma Catedral Religiosa, onde circulam fiéis locais e provenientes de várias partes da cidade e do país.</p>
<p>Especialistas consideram o <strong>depósito de lixo nuclear</strong> dentro de uma metrópole como uma bomba-relógio. E pessoas que convivem com o local sequer sabem do risco que correm todos os dias. O Brasil precisa ser livre do nuclear.</p>SAPÊ 40 celebrou décadas de lutas socioambientaistag:brasilantinuclear.ning.com,2023-12-08:6613456:BlogPost:675432023-12-08T17:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">o evento ocorrido dia 30/11/2023 contou com roda de conversa, <br></br>homenagens e lançamento de livro</span></p>
<div class="elementor-element elementor-element-ecf23f3 elementor-widget elementor-widget-text-editor"><div class="elementor-widget-container"><p>A comemoração da trajetória dos 40 anos de fundação da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, realizou-se no dia 30 de novembro de 2023 na Câmara Municipal de Angra dos Reis. A…</p>
</div>
</div>
<p style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">o evento ocorrido dia 30/11/2023 contou com roda de conversa, <br/>homenagens e lançamento de livro</span></p>
<div class="elementor-element elementor-element-ecf23f3 elementor-widget elementor-widget-text-editor"><div class="elementor-widget-container"><p>A comemoração da trajetória dos 40 anos de fundação da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, realizou-se no dia 30 de novembro de 2023 na Câmara Municipal de Angra dos Reis. A roda de conversa sobre cidades nucleares foi um momento marcante. Fiel à sua origem antinuclear – já que surgiu no bojo do movimento Hiroshima Nunca Mais, que tomava as ruas de Angra dos Reis no início da década de 80 – a SAPÊ se mantem na luta antinuclear. Hoje é reconhecida como uma das organizações mais antigas na temática em âmbito nacional de internacional.</p>
<p>A mesa redonda “Cidades Nucleares: Cobaias da Radiação” composta exclusivamente por mulheres, com convidadas de expressão nacional, trouxe um panorama preocupante com o destino das cidades que receberam instalações nucleares. Mediada por Monique Chessa, coordenadora da SAPÊ, a roda de conversa iniciou com o depoimento da jornalista Tânia Malheiros, especialista no assunto, que apresentou seu livro ‘Cobaias da radiação – a história não contada da marcha nuclear brasileira e de quem ela deixou para trás’. A jornalista lembrou do início de sua trajetória jornalística, quando passou a acompanhar a construção das usinas nucleares em Angra dos Reis, se apaixonou pela cidade e se envolveu com o tema.</p>
</div>
</div>
<div class="elementor-element elementor-element-79a16fb5 elementor-aspect-ratio-169 elementor-widget elementor-widget-video">www.youtube.com\/watch?v=CdczozpmCN4","video_type":"youtube","controls":"yes","aspect_ratio":"169"}" data-widget_type="video.default"><div class="elementor-widget-container"><div class="elementor-wrapper elementor-fit-aspect-ratio elementor-open-inline"><iframe frameborder="0" allowfullscreen="" width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/CdczozpmCN4?controls=1&rel=0&playsinline=0&modestbranding=0&autoplay=0&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fsape.org.br&widgetid=1&wmode=opaque"></iframe>
</div>
</div>
</div>
<div class="elementor-element elementor-element-40f3b7f elementor-widget elementor-widget-text-editor"><div class="elementor-widget-container"><p><span>Silvana Torquato, engenheira florestal e ativista da Articulação Antinuclear Brasileira, tratou da grave situação das áreas de mineração de urânio em Caldas, MG. Após anos de ser desativada a exploração, o município convive com barragens radioativas com riscos de rompimento que podem atingir a bacia hidrográfica do rio Paraná no Estado de São Paulo.</span></p>
<p>A terceira convidada da roda de conversa foi a engenheira civil Fernanda Giannasi. Conhecida por sua experiência e firmeza de atuação como engenheira de segurança de trabalho, por trinta anos atuou na inspeção das condições de saúde e segurança no trabalho com ênfase na letalidade e periculosidade dos agentes cancerígenos, testemunhou em sua fala que foi uma das primeiras pessoas a alertar à população paulistana da contaminação da antiga fábrica da NUCLEMON em Santo Amaro, SP. Relatou ainda o abandono dos trabalhadores da dessa fábrica – primeira a trabalhar com materiais radioativos no Brasil – que vitimados por casos de câncer penam até hoje para serem indenizados e receberem tratamento adequado.</p>
<p>A roda de conversa contou também com várias participações do público – como a de Jorge Rosa, do SINDIPETRO; do Lelé, vice-presidente da Associação do Marinas; e de Nádia Valverde, Ivan Marcelo e Rafael Ribeiro, antigos coordenadores da SAPÊ; do professor Zé Renato, diretor do IEAR/UFF – que ressaltaram a pertinência e preocupação em relação aos relatos das convidadas e a importância da atuação da SAPÊ na militância antinuclear numa cidade amedrontada pela indústria nuclear, mas também por sua atuação em diversas outras frentes de luta socioambientais a partir da Baía da Ilha Grande.</p>
</div>
</div>
<div class="elementor-element elementor-element-6c5d9548 elementor-widget elementor-widget-gallery"><div class="elementor-widget-container"><div class="elementor-gallery__container e-gallery-container e-gallery-grid e-gallery--ltr e-gallery--lazyload"><div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;"><img src="https://sape.org.br/wp-content/uploads/2023/12/sape_40_mesa.jpg" alt="Diego Guimarães. Angra, 2023. Monique, Silvana e Tânia em roda de conversa." width="247" height="247"/></div>
<div class="elementor-gallery-item__content"><div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;">Monique, Silvana e Tânia em roda de conversa.</div>
<div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;"></div>
<div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;"><img src="https://sape.org.br/wp-content/uploads/2023/12/monique_syl.jpg" alt="Diego Guimarães. Angra, 2023. Monique e Sylvia em roda de conversa." width="246" height="297"/></div>
<div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;">Monique e Sylvia em roda de conversa.</div>
</div>
<div class="elementor-gallery-item__content"><div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;"></div>
</div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded"></div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;"><img src="https://sape.org.br/wp-content/uploads/2023/12/publico-scaled.jpg" alt="Diego Guimarães. Angra, 2023. Roda de conversa SAPÊ 40." width="258" height="172"/></div>
<div class="elementor-gallery-item__overlay"><div class="elementor-gallery-item__content"><div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;">Roda de conversa SAPÊ 40.</div>
</div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded"></div>
</div>
<div class="elementor-gallery-item__content"><div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;">.<img src="https://sape.org.br/wp-content/uploads/2023/12/IMG_0961edit-scaled.jpg" alt="Diego Guimarães. Angra, 2023. Cida e Nathália, mulheres em movimento." width="256" height="192"/></div>
</div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;">Cida e Nathália, mulheres em movimento</div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;"></div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;"></div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;"><img src="https://sape.org.br/wp-content/uploads/2023/12/lancamento_livro-scaled.jpg" alt="Diego Guimarães. Angra, 2023. Tânia Malheiros com as palestrantes Silvana e Fernanda." width="256" height="341"/></div>
<div class="elementor-gallery-item__content"><div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;">Tânia Malheiros com as palestrantes Silvana e Fernanda</div>
<div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;"></div>
<div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;"></div>
</div>
<div class="e-gallery-image elementor-gallery-item__image e-gallery-image-loaded" style="text-align: center;"><img src="https://sape.org.br/wp-content/uploads/2023/12/1701972894755-scaled.jpg" alt="Diego Guimarães. Angra, 2023. Lançamento do livro Cobaias da Radiação." width="257" height="342"/></div>
<div class="elementor-gallery-item__content"><div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in" style="text-align: center;">Lançamento do livro Cobaias da Radiação.</div>
<div class="elementor-gallery-item__title elementor-animated-item--fade-in"></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="elementor-element elementor-element-5699e67 elementor-widget elementor-widget-text-editor"><div class="elementor-widget-container"><p>No evento foram homenageadas diversas pessoas das várias gerações que conduziram a SAPÊ e organizações que foram parceiras ao logo dessas décadas de atuação em prol de um ambiente preservado, saudável e mais justo. O momento da entrega de certificados gerou uma confraria com pessoas que atuaram em diferentes momentos e fases de sua história, assim como organizações comunitárias e sindicais, jornalistas e público em geral. A homenagem a D. Alice, Fabinho da Bike, Paulo Henrique do Aventureiro e Chico Nuclear, já falecidos, reforçou a celebração aos que colaboraram em levar essa mensagem de luta, alegria e amor adiante.</p>
</div>
</div>
<div class="elementor-element elementor-element-cfe35ae elementor-aspect-ratio-169 elementor-widget elementor-widget-video">www.youtube.com\/watch?v=IN0xHPz58pU","video_type":"youtube","controls":"yes","aspect_ratio":"169"}" data-widget_type="video.default"><div class="elementor-widget-container"><div class="elementor-wrapper elementor-fit-aspect-ratio elementor-open-inline"><iframe frameborder="0" allowfullscreen="" width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/IN0xHPz58pU?controls=1&rel=0&playsinline=0&modestbranding=0&autoplay=0&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fsape.org.br&widgetid=3&wmode=opaque"></iframe>
</div>
</div>
</div>
<div class="elementor-element elementor-element-3127002 elementor-widget elementor-widget-text-editor"><div class="elementor-widget-container"><p><span>O encerramento da cerimônia ocorreu com um pequeno coquetel durante o lançamento do livro da jornalista Tânia Malheiros, Cobaias da Radiação. A SAPÊ adquiriu vinte livros que serão distribuídos entre escolas e instituições públicas que tenham ligação e interesse com o tema nuclear. Antes do encerramento assistimos a diversos depoimentos de apoio a SAPÊ e findamos a atividade com a sensação de que apesar de todas as dificuldades valeu a pena, pois só a luta melhora a vida.</span></p>
<p>Viva longa à SAPÊ!</p>
<p>----------------------------------------------------------</p>
<p>Fotos: Diego Guimarães. Angra, 2023</p>
<p>Repostado da <a href="https://sape.org.br/noticias/sape-40-celebrou-decadas-lutas/">https://sape.org.br/noticias/sape-40-celebrou-decadas-lutas/</a></p>
<p></p>
</div>
</div>Itacuruba: Especulação Nuclear Insanatag:brasilantinuclear.ning.com,2023-12-02:6613456:BlogPost:675382023-12-02T13:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>Comunidades do sertão pernambucano resistem à central nuclear</p>
<p>A ameaça da instalação de uma central nuclear às margens do Velho Chico, é no mínimo uma temeridade. O rio, também conhecido como Opará pelos povos sertanejos, é um recurso hidríco de integração nacional que abastece sete estados, envolvendo 504 municípios do nosso país.</p>
<p>"Caso aconteça um acidente, não só munícipes de Itacuruba sofreriam os impactos, mas no mínimo 12 cidades incluindo algumas na Bahia", alerta…</p>
<p>Comunidades do sertão pernambucano resistem à central nuclear</p>
<p>A ameaça da instalação de uma central nuclear às margens do Velho Chico, é no mínimo uma temeridade. O rio, também conhecido como Opará pelos povos sertanejos, é um recurso hidríco de integração nacional que abastece sete estados, envolvendo 504 municípios do nosso país.</p>
<p>"Caso aconteça um acidente, não só munícipes de Itacuruba sofreriam os impactos, mas no mínimo 12 cidades incluindo algumas na Bahia", alerta Sandriane Lourenço, professora e liderança indígena do povo Pankára Serrote dos Campos. Fora o tamanho do estrago que poderia ser levado pelas águas de um rio que tem um total de 2.800 km de extensão e, como cantou Luiz Gonzaga, vai bater no meio do mar.</p>
<h3>Luta contra central nuclear em Pernambuco prestes a completar 15 anos</h3>
<p>A luta contra o projeto se intensificou em 2009, quando a população foi informada sobre a ameaça vindo do governo federal. Comunidades inteiras realizaram a histórica Marcha das Águas e a Caravana Antinuclear, entre muitos outros atos públicos. </p>
<p>A mobilização tem resultado em importantes vitórias, porém o projeto segue de forma silenciosa. Uma decisão recente deslocou o projeto para outro estado "o que se torna uma vitória nem tão boa, pois deveriam banir tais projetos", lamenta Sandriane. </p>
<p>"Até hoje a população não teve direito à consulta prévia que é garantida pela Constituição. Então lutamos contra inimigos sorrateiros", revela Sandriane.</p>
<h3>Governo estadual foge ao debate sobre usina nuclear no São Francisco</h3>
<p>A nova gestão não se posiciona de forma transparente. "A gente não consegue dimensionar qual é a posição realmente da governadora Raquel Lyra em relação a isso.O governo continua em silêncio", conta o antropólogo Whodson Silva, do projeto Nova Cartografia Social.</p>
<p>"Itacuruba já é uma cidade que foi reconstruída por um outro projeto, foi realocada. Já teve um impacto. O medo é que um novo megaprojeto acabe trazendo novamente prejuízos, problemas dos mais diversos para a vida social e emocional daquele lugar. Ademais, os medos de um empreendimento nuclear", pondera Whodson.</p>
<p>Os povos originários já enfrentam impactos como a poluição e seca do Rio São Francisco. "Tememos também a expulsão dos territórios sagrados, uma vez que existe um limite de área a ser habitada ao redor da usina", alerta a liderança Pankará.</p>
<p>O Plano Nacional de Energia 2050, que foi publicado em dezembro de 2020, prevê a construção de até oito novas usinas nucleares até 2050. O projeto nuclear de Itacuruba previa de seis a oito usinas nucleares no Opará. A Articulação Sertão Antinuclear (ASA) e a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) estão lutando bravamente contra essa especulação do lobby nuclear, somando forças também com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). E DIGA AO POVO QUE AVANCE!</p>Resistência: comunidades do sertão do Ceará lutam para barrar mineração de urânio em Santa Quitériatag:brasilantinuclear.ning.com,2023-11-23:6613456:BlogPost:673452023-11-23T16:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>O Sertão dos Inhamuns, interior do Ceará, sofreu muito com a seca. Mas a ameaça agora é ainda maior do que a privação hídrica. O projeto para extração de urânio em Santa Quitéria é acusado de ferir direitos humanos com suas irregularidades e deixará um rastro de destruição que levará séculos para ser corrigido.</p>
<p>O projeto que leva o nome da mártir protetora dos angustiados e deprimidos tem gerado apreensão e medo. Santa Quitéria é uma sentença de dor em uma população de pelo menos 11…</p>
<p>O Sertão dos Inhamuns, interior do Ceará, sofreu muito com a seca. Mas a ameaça agora é ainda maior do que a privação hídrica. O projeto para extração de urânio em Santa Quitéria é acusado de ferir direitos humanos com suas irregularidades e deixará um rastro de destruição que levará séculos para ser corrigido.</p>
<p>O projeto que leva o nome da mártir protetora dos angustiados e deprimidos tem gerado apreensão e medo. Santa Quitéria é uma sentença de dor em uma população de pelo menos 11 municípios do sertão cearense.</p>
<p>A operação já teve seu licenciamento ambiental negado diversas vezes desde 2004, mas as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) seguem firmes em seu objetivo de minerar fosfato, usado para fazer fertilizantes, e urânio da região. O primeiro insumo tornou-se urgente após o início da guerra na Ucrânia, pois a agricultura brasileira depende do produto que vem do Leste Europeu.</p>
<p>O plano faz parte de algo maior e mais assustador: além da retomada de Angra 3, os chamados pequenos reatores modulares (Small Modular Reactors – SMRs) estão no radar do Programa Nuclear Brasileiro desde a gestão passada. O Governo Federal já demonstrou interesse em construir uma uma quarta usina nuclear (1 gigawatt – GW) no Sudeste ou Centro-Oeste em 2031 (Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2031) e a instalação de oito a dez GW de capacidade nucleoelétrica até 2050 (Plano Nacional de Energia – PNE 2050).</p>
<h3>Escassez hídrica</h3>
<p>O projeto de Santa Quitéria pode representar para o Ceará a maior injustiça hídrica já registrada. Trata-se de uma população vivendo no coração do semi-árido. Chove muito pouco e a água é valiosa para pessoas e animais. E o recurso escasso será usado pra lavrar minério - fosfato e urânio.</p>
<p>"Não temos dúvida de que a torneira fecha sempre primeiro para o povo. Quando se investe bilhões na execução de um projeto, o capital fala mais alto", avalia Erivan Silva, membro da Articulação Antinuclear do Ceará.</p>
<p>O projeto da lavra tem uma demanda de 855.000 litros de água por hora. Seria o suficiente para abastecer 150.000 pessoas.</p>
<h3>Urânio em quantidades assustadoras</h3>
<p>Estima-se que o Projeto Santa Quitéria aumente o patamar brasileiro na produção de urânio com novas 2.300 toneladas de concentrado de urânio sendo extraídas todos os anos. A região do Ceará que naturalmente já tem uma radiação acima do normal, deve tornar-se insalubre no período até 2050, com a mina em operação. E por muitos séculos depois dos tratores irem embora.</p>
<p>Os prejuízos anunciados pelo Consórcio Santa Quitéria podem ser muito maiores do que aquilo apresentado no plano. Os riscos causados pela radioatividade para as comunidades do entorno são imprevisíveis e podem ser muito maiores do que os apresentados no plano. Isso se não houver nenhum acidente, o que geraria uma catástrofe gigantesca.</p>
<p>As explosões em solo com urânio poluem a atmosfera espalhando rapidamente o gás radônio, associado ao câncer de pulmão, que decompõem-se em polônio, altamente perigoso. As partículas se depositam na terra que também é contaminada pela água de rejeito da operação. Nas pessoas e animais, o risco imediato é o câncer. Mas as mutações genéticas mesmo dos seres que saírem de lá serão transmitidas para os descendentes.</p>
<p>Um estudo da universidade da Argentina aponta que em ventos de 20km/h a fumaça de radônio poderia chegar a 1.000km de distância - transpondo os limites do estado do Ceará.</p>
<p>As cidades afetadas diretamente são:</p>
<ul>
<li>Santa Quitéria</li>
<li>Itatira</li>
<li>Monsenhor Tabosa</li>
<li>Boa Viagem</li>
<li>Tamboril</li>
<li>Catunda</li>
<li>Madalena</li>
<li>Canindé</li>
<li>Sobral</li>
<li>Caucaia</li>
<li>São Gonçalo do Amarante</li>
</ul>
<p>Essa é a maior fonte de urânio físsil do Brasil, conforme a Agência Brasileira de Inteligência.</p>
<p>O relatório do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) apontou diversas irregularidades no pedido de licenciamento ambiental, entre elas:</p>
<ul>
<li>Omissão dos riscos associados à radiação</li>
<li>Possível emissão de gases e de radiação nas galerias já perfuradas</li>
<li>Ruído em nível superior em 10 dos 12 pontos monitorados</li>
<li>Risco de comprometimento do fornecimento de água para consumo humano e para criação de animais</li>
<li>Ausência do componente indígena e quilombola</li>
<li>Presença de espécies potencialmente afetadas pela radiação</li>
<li>Violação de pelo menos 8 padrões de emissões de poluentes</li>
<li>Omissão quanto à possível interação entre a emissão de poluentes e a emissão de vapor d'água</li>
<li>Dados conflitantes quanto à emissão de resíduos sólidos</li>
<li>Impacto do desembarque portuário e transporte do coque e do enxofre e do embarque concentrado de urânio não foram avaliados</li>
</ul>
<p>Não existe nenhuma retirada de material radioativo no momento, mas isso já aconteceu na década de 1980 e 1990, quando foram abertas galerias nas rochas e extraído material, que não se sabe como está armazenado, conforme Virginia Berriel.</p>
<p>As comunidades tradicionais temem a contaminação direta e a dispersão no transporte do urânio e do fosfato. Os indígenas denunciam desrespeito aos seus territórios. As comunidades quilombolas também têm os territórios cortados por rodovias e vivem com a mesma aflição. Há ainda pescadores da Colônia Z75, de Santa Quitéria, atuam no Açude Edson Queiroz e podem ser afetados.</p>
<p>Os moradores relatam aumento nos casos de câncer. A taxa de mortalidade por câncer em comunidades como Morrinhos, Queimadas e Saco do Belém, é no mínimo 4 e 5 vezes maior do que a registrada no resto do Ceará.</p>
<p>Galerias foram construídas nos anos 1970 e 1980 para testes e isso já deixou sua marca. Se houver a produção em larga escala, o urânio será transportado até o Porto de Pecen, na Região Metropolitana de Fortaleza, levando riscos também a outras cidades.</p>Rastro de destruição: transporte de urânio é feito de forma irresponsáveltag:brasilantinuclear.ning.com,2023-11-10:6613456:BlogPost:673432023-11-10T23:06:49.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><em>São 636km entre <strong>Caetité</strong> e o Porto de Salvador. O que poderia ser uma bonita viagem pelo coração do maior estado no Nordeste, torna-se um pesadelo diante da carga que sai das minas e percorre todo esse chão, colocando milhares de pessoas em risco. O <strong>urânio</strong> retirado do subsolo do sertão sai em caminhões, como se fosse uma carga qualquer.</em></p>
<p>O chamado <strong>yellow cake</strong>, urânio no primeiro estágio de…</p>
<p style="text-align: center;"><em>São 636km entre <strong>Caetité</strong> e o Porto de Salvador. O que poderia ser uma bonita viagem pelo coração do maior estado no Nordeste, torna-se um pesadelo diante da carga que sai das minas e percorre todo esse chão, colocando milhares de pessoas em risco. O <strong>urânio</strong> retirado do subsolo do sertão sai em caminhões, como se fosse uma carga qualquer.</em></p>
<p>O chamado <strong>yellow cake</strong>, urânio no primeiro estágio de industrialização, vai de Caetité ao porto por via rodoviária em estradas que não são compatíveis com o transporte de um material radioativo. Com o símbolo do nuclear, passa por comunidades e há muito trânsito.</p>
<p>O <strong>Porto de Salvador</strong> também não é adequado para esse tipo de carregamento. O plano de emergência do terminal não permite armazenamento de material radioativo. Quando os caminhões chegam já é preciso ter um navio a postos para o embarque.</p>
<p>Em 2011 houve um erro de logística grave, e os caminhões chegaram ao porto sem poder descarregar o urânio. Ficaram estacionados em áreas urbanas de comum acesso, sem fiscalização adequada, onde também é completamente inadequado. A sociedade civil na época protestou. Salvador é a maior capital do Nordeste, não deveria estar exposta a esse nível.</p>
<p>Os riscos entre o trajeto dessas duas cidades se agrava com a ameaça de continuidade da exploração em larga escala do urânio. Caetité e sua região estão sendo colocadas em riscos ambientais latentes, com a comunidade sertaneja duplamente atacada. Além da produção de urânio, a cidade recebe complexos eólicos centralizados. "Precisaríamos de uma boa discussão sobre o futuro que queremos para Caetité que é uma região que tem uma cultura significativa e que não pode estar ameaçada por esses mega empreendimentos que estão sendo implementados na região", alerta Renato Cunha, coordenador do <a href="https://www.gamba.org.br/" target="_blank" rel="noopener">Gambá, Grupo Ambientalista da Bahia</a>.</p>
<p>Os imensos trajetos nacionais e internacionais necessários para o transporte do <strong>urânio</strong> desmistificam o argumento mentiroso da INB - Indústrias Nucleares do Brasil de que não há emissão de carbono na geração de energia nuclear. Além do maior impacto ambiental que é a emissão de gases radioativos em grande escala e toneladas de <strong>lixo atômico</strong>. Um rastro de destruição por onde o nuclear passa.</p>Caetité: urânio empobrece a saúde dos moradores do sertão baianotag:brasilantinuclear.ning.com,2023-11-04:6613456:BlogPost:675312023-11-04T14:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><em><strong>Caetité</strong>, cidade localizada no sertão da Bahia, é o único lugar da América Latina com uma <strong>mina de urânio</strong> em atividade.</em></p>
<p>A cidade cujo nome em tupi significa ”mata da pedra grande”, referência a uma formação rochosa conhecida por “Pedra Redonda” sofre com problemas graves. Há registros de aumento de casos de câncer na população local, além de danos ao meio ambiente desde que a operação começou.</p>
<p>No ciclo inicial…</p>
<p style="text-align: center;"><em><strong>Caetité</strong>, cidade localizada no sertão da Bahia, é o único lugar da América Latina com uma <strong>mina de urânio</strong> em atividade.</em></p>
<p>A cidade cujo nome em tupi significa ”mata da pedra grande”, referência a uma formação rochosa conhecida por “Pedra Redonda” sofre com problemas graves. Há registros de aumento de casos de câncer na população local, além de danos ao meio ambiente desde que a operação começou.</p>
<p>No ciclo inicial de mineração de urânio em Caetité, entre 2000 e 2014 houve, pelo menos, <strong>cinco acidentes</strong> registrados com <strong>material radioativo</strong>. Um dos mais preocupantes foi o vazamento de 5 mil m³ de licor de urânio e lama radioativa no solo. Em 2011, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) admitiu o acidente, estimando que 67 quilos de concentrado de urânio vazaram por 76 dias.</p>
<p>Rios e solo foram contaminados nesta fase. A retomada em 2019 deixou a população alerta. Em pontos como ao sul da mina do Engenho, que começou a operar 4 anos atrás, a radiação chega a índices que superam em até 10 vezes o que é considerado seguro para a saúde.</p>
<p>A unidade federal de beneficiamento ocupa uma área de mais de 2 mil campos de futebol e chega a produzir 400 toneladas de urânio por ano. Os planos são de que haja exploração por 50 anos e depois o local seja abandonado com seu rastro de destruição.</p>
<p>Pequenas comunidades rurais como Barreiro, Juazeiro e Maniaçu, além do Quilombo de Malhada, ficam próximas à mina de urânio, deixando em risco aqueles que vivem da agricultura familiar. As explosões produzem um gás tóxico, o radônio, que acaba sendo respirado pelas pessoas. Além disso, partículas radioativas se espalham e contaminam comunidades inteiras.</p>
<p>Como em outros locais onde há atividade nuclear no Brasil, a comunidade se queixa da falta de transparência da INB - Indústrias Nucleares do Brasil.</p>Lixo Nuclear em Caldas: sociedade civil encara silêncio da INB sobre descomissionamento de mina de urâniotag:brasilantinuclear.ning.com,2023-10-27:6613456:BlogPost:673372023-10-27T20:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;">SEM RESPOSTA – A sociedade civil aguarda, sem previsão, resposta sobre os inúmeros questionamentos relacionados a situação do lixo nuclear e das operações de <strong>mineração de urânio</strong> encerradas em Caldas, Minas Gerais.</p>
<p>Representantes da sociedade civil visitaram em setembro o local da mina de urânio abandonada em Caldas (MG) e as perguntas seguem em aberto. O governo e a INB, Indústrias Nucleares do Brasil não executaram efetivamente ações que…</p>
<p style="text-align: center;">SEM RESPOSTA – A sociedade civil aguarda, sem previsão, resposta sobre os inúmeros questionamentos relacionados a situação do lixo nuclear e das operações de <strong>mineração de urânio</strong> encerradas em Caldas, Minas Gerais.</p>
<p>Representantes da sociedade civil visitaram em setembro o local da mina de urânio abandonada em Caldas (MG) e as perguntas seguem em aberto. O governo e a INB, Indústrias Nucleares do Brasil não executaram efetivamente ações que gerem segurança para os moradores.</p>
<p>"Não há relacionamento com a comunidade local. Existe uma propaganda institucional que sugere esse relacionamento, mas, na prática, grupos que questionam as atividades da INB, as Indústrias Nucleares do Brasil, sempre encontram maior *dificuldade na promoção do diálogo* ou debate", afirma Silvana Torquato, membro da AAB Núcleo Caldas.</p>
<p>Embora não possua todo o seu território prospectado, o Brasil figura atualmente como detentor da sétima maior <strong>reserva de urânio</strong> do mundo, com 309 mil toneladas de U3O8 nos Estados da Bahia e Ceará. Isso significa que novas Caldas podem ser deixadas de legado perigoso em mais locais do país.</p>
<h3>Histórico da mina de urânio é de abandono da comunidade</h3>
<p>A mina de Caldas produziu entre 1981 e 1995 cerca de 1200 t de concentrado de urânio. Esta mina tinha um teor médio de 800 PPM (partes por milhão), bem menos rico que Caetité, na Bahia, (com potencial para atingir 3.000 PPM). A vida útil da mina de Caetité está prevista para 50 anos.</p>
<p>A desmontagem da <strong>mina de Caldas</strong>, ou no termo técnico, <strong>descomissionamento</strong>, anda muito lentamente. Não há nem mesmo um projeto de orçamento público definido para todas as ações que serão necessárias. "Segundo a INB, o descomissionamento teve início em 1995. O que sabemos é que até o momento foram demolidas algumas estruturas de alvenaria." conta Silvana.</p>
<p>Há risco da disruptiva das barragens D4 e Águas Claras, ambas com águas ácidas, altamente perigosas.</p>
<p>Recentemente foram realizadas auditorias pelo Ibama, ANM - Agência Nacional de Mineração e CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear. Mas se há um plano, a comunidade do entorno não foi informada.</p>
<p>Vamos permitir que novas Caldas aconteçam no Brasil?</p>Carta à Mãe Terra diz não ao Marco Temporal e à energia nuclear!tag:brasilantinuclear.ning.com,2023-10-26:6613456:BlogPost:672312023-10-26T17:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p></p>
<p><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12269351900?profile=RESIZE_710x"></img></p>
<p style="text-align: center;"><em>A carta “Vozes de Ilhéus à Assembleia da Mãe Terra e aos povos da Terra”, assumida por mais de 300 participantes do 2º Fórum Brasileiro dos Direitos da Natureza, disse não à energia nuclear, defendeu o urgente reconhecimento dos direitos da Natureza e requereu ao presidente Lula o veto do Marco Temporal das terras indígenas.</em></p>
<p style="text-align: center;"><em>Mas o PL 2903, aprovado pelo Senado, apesar de extinto pelo Supremo…</em></p>
<p></p>
<p><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12269351900?profile=RESIZE_710x"/></p>
<p style="text-align: center;"><em>A carta “Vozes de Ilhéus à Assembleia da Mãe Terra e aos povos da Terra”, assumida por mais de 300 participantes do 2º Fórum Brasileiro dos Direitos da Natureza, disse não à energia nuclear, defendeu o urgente reconhecimento dos direitos da Natureza e requereu ao presidente Lula o veto do Marco Temporal das terras indígenas.</em></p>
<p style="text-align: center;"><em>Mas o PL 2903, aprovado pelo Senado, apesar de extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), só foi vetado parcialmente por Lula na última sexta-feira.</em></p>
<p style="text-align: center;"><em>Visto pelos nativos como “PL da morte”, o impacto do veto parcial sobre o futuro dos povos originários está sendo avaliado por suas lideranças. Já no Congresso, a bancada do boi quer derrubar o veto presidencial.</em></p>
<p>Ao som de maracas, do cheiro da mata, de cânticos e rezas, o místico ritual “Poransym” envolveu os participantes em torno do fogo, invocando a benção da Mãe Terra e dos grandes espíritos para os trabalhos do Fórum, iniciados numa sexta-feira na Aldeia Tukum TI Tupinambá de Olivença (Ilhéus-BA, 6 a 8/10/23). Ali foi vibrante a reafirmação do direito originário à propriedade coletiva dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, reivindicando a urgente demarcação e titulação dos territórios.</p>
<p>Após a cerimônia, a oca foi palco de um momento revelador da missão ancestral indígena na defesa do direito da Mãe Terra viver, e ser fonte de vida para todos os seres do planeta. A partilha de experiências sobre a convivência direta com a natureza, evidenciaram que os povos originários são guardiões naturais da Terra. Eles preservam córregos, rios, lagos, mares, tendo a água como base de sustentação da vida. E são fundamentais na proteção dos biomas brasileiros. Segundo estudo do MapBiomas, só 1,6% do desmatamento registrado nos últimos 30 anos no Brasil, ocorreu em territórios demarcados. Já nas áreas privadas houve 68% de desmatamento.</p>
<p>À sombra das árvores perto do rio Kurupytanga, um saboroso almoço revigorou as energias para o círculo de conversa que prosseguiu à tarde, com a escuta das vivências e saberes dos caciques Ramon e Sussuarana, das cacicas Nádia Akawã e Valdelice (Tupinambás), do cacique José Antônio Pataxó Hā Hā Hāe e outras lideranças. Todos indicando caminhos para deter os “podres poderes” que secularmente vêm domesticando a humanidade e violentando a natureza, vista como fonte de recursos a serviço da ganância dos espoliadores dos bens comuns da Mãe Terra. Coube ao cacique Tawari Titiah informar o assassinato nesse mesmo dia, do parente Iran, vítima de mais uma violência contra a Aldeia Pataxó Hā Hā Hāe (Pau Brasil-BA).</p>
<p>No sábado, na Faculdade de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), gestores do saber oficial ouviram assertivas observações do cacique Ramon, que criticou o distanciamento das universidades da história, dos problemas e demandas das comunidades nativas especialmente no campo da extensão universitária, onde é evidente a invisibilidade dos povos tradicionais. Foi um dia de oficinas com posições firmes contra a exploração de petróleo; a falácia da economia verde que mercantiliza a natureza, através dos “serviços ambientais”, do REM, REDD, REDD+ e mercado de carbono, e a tal economia azul, que significa mercantilização do sistema costeiro marinho.</p>
<h3>Porque a luta antinuclear abraça e reconhece os direitos da Mãe Terra</h3>
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12269353859?profile=original" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/12269353859?profile=RESIZE_710x" width="600" class="align-center"/></a></p>
<p>Os conflitos relatados no Fórum destacaram o hidro-agronegócio, o monocultivo e a mineração, como muito nocivas. Na oficina sobre “Direitos da Natureza e Transição Energética Popular no Combate às Mudanças Climáticas”, explicamos que a Articulação Antinuclear Brasileira repudia a energia nuclear porque o uso da tecnologia atômica para produzir eletricidade destrói a Vida, já que os prejuízos da contaminação radioativa e tóxica – o incontrolável lixo radioativo – levam milhares de anos para desaparecer, muitos sendo irreversíveis.</p>
<p>Todas as etapas da cadeia de exploração do urânio contêm perigos. São devastadores e estão presentes desde a mineração, primeira etapa do ciclo de produção da energia nuclear. A exploração do minério pelas Industrias Nucleares do Brasil vem destruindo a natureza na região de Caetité (BA), sede da única mineração de urânio em operação na América Latina. A extração começou em 2000 sem a licença ambiental do IBAMA e sem a licença radiológica da Comissão Nacional de Energia Nuclear, que ao mesmo tempo formula, executa e fiscaliza as atividades atômicas no Brasil.</p>
<p>Após 23 anos, temos uma região afetada pela contaminação radioativa e tóxica das águas subterrâneas e superficiais, do ar, da flora, da fauna, da terra. E o pior, temos adoecimento e morte de comunitários e trabalhadores por doenças causadas pela radiação ionizante, com o registro dos maiores índices de câncer no estado da Bahia. Esta tragédia, uma das piores chagas do Programa Nuclear Brasileiro, já fora anunciada pelo Estudo de Impacto Ambiental da mineração.</p>
<p>Mas os danos previstos foram muito mais agravados pela irresponsabilidade e incompetência técnica e gerencial da empresa, que, há muito tempo, é líder regional em multas e crimes ambientais e trabalhistas; por agressões brutais à Mãe Terra; pela sistemática e brutal violação dos Direitos Humanos. Os prejuízos estão comprovados por estudos e pesquisas da sociedade civil e de órgãos oficiais de fiscalização e controle da mineração.</p>
<p>A energia nuclear é uma falsa solução para tentar mitigar os impactos das mudanças climáticas porque é suja, cara, perigosa e comprovadamente insustentável, econômico, social e ambientalmente. Precisamos banir a nuclear da matriz energética brasileira (insignificante 1,2% da matriz elétrica) ampliando as fontes renováveis, tão abundantes em nosso país.</p>
<p>Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Fórum, encerrado no domingo com o Festival de Arte e Cultura, começou a construir a Assembleia da Terra Brasil da ONU (abril de 2024), que deverá aprovar a Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra, reconhecimento mundial da Natureza, como sujeito de direitos. O Fórum foi uma realização da Articulação Nacional pelos Direitos da Natureza e outras entidades e movimentos socioambientais. A íntegra da Carta de Ilhéus está na página do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental</p>
<p><a href="https://fmclimaticas.org.br/pelos-direitos-da-natureza-vozes-de-ilheus-a-assembleia-da-mae-terra-e-aos-povos-da-terra/" target="_blank" rel="noopener">Clique para ler a carta.</a></p>
<p>Zoraide Vilasboas<br/> Facilitadora da Articulação Antinuclear Brasileira<br/> Fotos AAB e FMCJS</p>O inconfiável setor nucleartag:brasilantinuclear.ning.com,2023-10-12:6613456:BlogPost:673342023-10-12T18:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p align="left" style="text-align: right;"><font color="#333333"><font face="Roboto, sans-serif"><b>Por Heitor Scalambrini Costa* e Zoraide Vilasboas*</b></font></font></p>
<p align="left" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;"><em>São extremamente preocupantes as perdas, desaparecimentos e roubos de material radioativo notificados à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em 2019, ocorreram cerca de 190 ocorrências com material nuclear radioativo, fora do controle…</em></span></p>
<p align="left" style="text-align: right;"><font color="#333333"><font face="Roboto, sans-serif"><b>Por Heitor Scalambrini Costa* e Zoraide Vilasboas*</b></font></font></p>
<p align="left" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;"><em>São extremamente preocupantes as perdas, desaparecimentos e roubos de material radioativo notificados à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em 2019, ocorreram cerca de 190 ocorrências com material nuclear radioativo, fora do controle regulatório. Estas informações são remetidas voluntariamente por 36 países, que alimentam o banco de dados da AIEA. A média registrada na última década foi de 185 ocorrências/ano.</em></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Notícias veiculadas por organizações da sociedade civil na mídia alternativa, pela internet, mostram que o Brasil tem passado por situações graves, nos últimos meses, relacionadas a materiais atômicos e os riscos decorrentes de sua exposição, podendo afetar a saúde de pessoas e contaminar o meio ambiente. Pelo perigo inerente às atividades nucleares, elas devem estar cercadas do especial cuidado na segurança em radioproteção. Elementos radioativos não podem ser usados para comércio ilícito, muito menos ir parar nas mãos de traficantes mal-intencionados, e assim podendo servir para propagar medo e violência, com fins estratégicos e políticos.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Vazamento de água radioativa, roubos, sumiços, armazenamento impróprio de rejeitos tóxicos e radioativos provam a falta de controle, fiscalização e transparência das empresas das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Evidenciam também o descumprimento de suas obrigações e deveres constitucionais perante a população. Assim a pauta sobre o perigo da contaminação, provocados pela radiação, desde a exploração mineral na natureza,</font></font><font color="#C9211E"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"> </font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">suas diversas aplicações e usos, deve ser prioridade. É um tema que afeta a saúde pública e o meio ambiente. E como tal é de interesse da população, infelizmente não informada devidamente sobre a natureza da atividade atômica, e que segue propositadamente alijada destas discussões.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Não esqueçamos que o setor nuclear brasileiro, guarda em sua trajetória um passado nebuloso. Desde o contrabando e exportação de areias monazíticas do litoral capixaba, baiano e fluminense; a cabulosa venda de urânio para o Iraque; o desastre socioambiental provocado pela Nuclemon; o secretismo do Programa Nuclear Paralelo; a tragédia do Césio-137, em Goiânia; a falta de transparência e de controle social; o recebimento de propina por gestores, até a omissão de informações para a população.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>Lembremos episódios mais recentes que aprofundam o crescente desgaste da política nuclear brasileira:</b></font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>16 de setembro de 2022</b></font></font> – <font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Houve um vazamento de água com material radioativo na usina nuclear de Angra 1, contaminando a Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Só no dia 29 do mesmo mês, denúncia anônima levada ao Instituto Estadual do Ambiente/RJ (INEA) denunciou o vazamento ocorrido duas semanas atrás. A Eletronuclear, responsável pelas duas usinas do País, chegou a negar o fato, mesmo depois de ter recebido notificação do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que multou a empresa em fevereiro de 2023, após analisar os relatórios apresentados pela Eletronuclear e pela </font></font><font color="#444444"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que na prática, são responsáveis por regular, licenciar e fiscalizar a produção e uso da energia nuclear no Brasil.</font></font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">A ocultação deste episódio ampliou a desconfiança por parte da população e autoridades de ter havido outros vazamentos sem divulgação. Também levou a embargos pela Prefeitura de Angra dos Reis, da construção de Angra 3. Obra ícone da irresponsabilidade e insanidade do setor nuclear. Iniciada em 1984, foi paralisada diversas vezes nos seus 39 anos de obra inacabada.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>29 de março de 2023 </b></font></font></font></span><font color="#212529"><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><span>–</span></font></font></font> <font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><span>Segundo informações (</span></font></font></font><span><font color="#0563C1"><font face="inherit"><font size="4"><b><a href="https://www.taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2023/03/armadilha-parte-do-processo-de.html">www.taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2023/03/armadilha-parte-do-processo-de.html</a></b></font></font></font></span><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><span>), no final de fevereiro, início de março, ocorreu na Unidade de Enriquecimento de urânio da Fábrica de Elementos Combustíveis (FEC), da Indústria Nucleares do Brasil (INB), em Rezende (RJ), o rompimento de um equipamento, de onde vazou um gás, o hexafluoreto de urânio (UF6), que ao reagir com a umidade do ar produz o ácido fluorídrico (HF), líquido incolor, fumegante, de ponto de ebulição 20 ºC sob pressão normal. Portanto, nas condições ambientes, onde a temperatura é de 25 ºC, ele é um gás incolor, altamente corrosivo.</span></font></font></font><font color="#212529"><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><span> </span></font></font></font></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">As informações dão conta que tais equipamentos, chamados de “armadilha”, servindo para recolher os subprodutos do processo do enriquecimento de urânio realizado nas ultracentrífugas, recorrentemente tem apresentado problemas.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">A INB confirmou a ocorrência, e como de praxe, tentou minimizar o problema, declarando que a quantidade envolvida no vazamento foi “ínfima”,</font></font><font color="#C9211E"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"> </font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">sem atingir o meio ambiente.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Neste caso também houve um grande déficit de informações prestadas pela empresa sobre o ocorrido, o que provocou dúvidas, incertezas, medo e pânico na população do entorno desta unidade da INB.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>13 de junho de 2023 </b></font></font>– <font face="Arial, sans-serif"><font size="4">a Barragem D4 da Unidade de Descomissionamento de Caldas (MG), foi declarada em estado de emergência Nível 1, com categoria de risco alto, pelo perigo de rompimento, que provocaria uma tragédia ambiental inédita. A declaração de emergência veio após fiscalização da Agência Nacional de Mineração (ANM), responsável pela monitoração de barragens em todo o território nacional. O enquadramento em níveis de emergência ocorre pela insegurança da integridade estrutural e operacional da barragem.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">A unidade da INB, em Caldas, primeiro complexo minero-industrial do Brasil a extrair e produzir concentrado de urânio em pó. Desativada em 1995, hoje abriga toneladas de material radioativo (urânio e tório), provenientes de atividades industriais locais e de outros Estados, rejeitos da mineração, que estão a céu aberto com materiais pesados e muita lama radioativa.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">A Usina de Santo Amaro-USAM, que funcionou no Brooklin (zona sul da cidade de São Paulo), até 1992, extraía minerais pesados e terras raras utilizando solventes, a partir de areias monazíticas. Caldas recebeu cerca de 75% do subproduto deste processo, conhecido como “Torta II” (fosfato contendo metais pesados de terras raras - terra contaminada), aumentando o já extenso passivo ambiental no Planalto de Poços de Caldas. O restante do lixo atômico da USAM foi para outros locais.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">A situação presente do armazenamento dos rejeitos é muito preocupante, e tem provocado grande inquietação na população do Planalto de Poços de Caldas, de seus municípios limítrofes. A INB, seus dirigentes, ao longo dos anos têm criado animosidades com os gestores municipais e moradores pelo desrespeito na relação de bem informar os problemas quando se trabalha com materiais radioativos, e os cuidados a serem tomados.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>29 de junho de 2023 </b></font></font>– <font face="Arial, sans-serif"><font size="4">A mineradora AMG Brasil, no município de Nazareno, a 150 km de Belo Horizonte (MG) informou à CNEN o furto de dois equipamentos de medição que utilizam fontes seladas de Césio-137, mesmo material radioativo que causou a tragédia em Goiânia, em 1987. A diferença entre as fontes utilizadas em aparelhos de radioterapia e de aparelhos de medição, é que a quantidade de césio, neste caso, é menor. Mas o manuseio incorreto é extremamente perigoso, podendo causar danos graves à saúde. As consequências dependem do tempo de exposição e da dose recebida. Neste raro “final feliz”, os dois equipamentos foram encontrados incólumes em 10 de julho, em uma empresa que revende sucatas em São Paulo.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>17 de julho de 2023 </b></font></font></font></span><font color="#212529"><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><span>–</span></font></font></font> <font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><span>Foi constatado o desaparecimento de duas cápsulas, contendo gás hexafluoreto de urânio enriquecido (UF6) na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende (RJ). Tal material é utilizado na fabricação de elementos combustíveis para as duas usinas atômicas de Angra (RJ). Cada tubo possui cerca de 8 gramas de urânio enriquecido (4,5 %). A confirmação do “sumiço” destes dois tubos aconteceu em 16 de agosto. Até o hoje segue desconhecido o paradeiro do urânio à deriva, que conduz perigos radiológicos e químicos significativos, em caso de manipulação imprópria (</span></font></font></font><span><font color="#0563C1"><font face="inherit"><font size="4"><b><a href="https://congressoemfoco.uol.com.br/area/pais/uranio-a-deriva-no-rio-de-janeiro-tem-perigos-radiologicos-e-quimicos-significativos/">https://congressoemfoco.uol.com.br/area/pais/uranio-a-deriva-no-rio-de-janeiro-tem-perigos-radiologicos-e-quimicos-significativos/</a></b></font></font></font></span><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><span>).</span></font></font></font><font color="#212529"><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><span> </span></font></font></font></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><b>03 de agosto de 2023 </b></font></font>– <font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Dois pacotes com fontes radioativas (radiofármacos com o radioisótopo Flúor-18) foram roubados de um veículo que seguia da empresa R2 Soluções em Radiofarmácia, sediada em Duque de Caxias (baixada fluminense), para entrega em centros médicos em São Paulo. A radioatividade do referido radioisótopo é bastante reduzida, visto que sua meia-vida é inferior a 2 horas (109 minutos). O que significa reduzido potencial de causar mal à saúde. Mas, deve-se evitar qualquer contato direto com o material. Os pacotes roubados não foram recuperados.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Roboto, sans-serif"><font size="3"><font color="#212529"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4">Nos casos relatados, o setor nuclear alega que os efeitos sobre os seres humanos e o meio ambiente são “neglicenciáveis”. Assim tentam minimizar a possibilidade de contaminação e/ou de uma provável catástrofe. Mas os fatos ocorridos, em tão breve período de tempo, evidenciam a irresponsabilidade, incompetência técnico-administrativa e a falta de cuidados obrigatórios, quando se trata de material radioativo. Ficam evidentes falhas nos protocolos de segurança relativos ao deslocamento, manuseio e armazenamento de material tão perigoso à vida. E, ao contrário do que afirmam os órgãos do setor nuclear, a manipulação por pessoas despreparadas pode ocasionar gravíssimos danos à saúde e ao meio ambiente. Há ainda a possibilidade destes materiais terem sido roubados, desaparecidos sob circunstancias criminosas, para fins de terrorismo nuclear.</font></font> </font></font></font></span></p>
<p align="left"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><font color="#212529">Por outro lado, os meios de comunicação corporativos não dão importância às más notícias referentes à questão nuclear. Desprezam ouvir e divulgar opiniões diferentes. E assim se associam aos grupos que, por diferentes razões, defendem esta fonte de energia cara, suja e perigosa.</font></font></font></span></p>
<p align="left"></p>
<p align="right"><span style="font-size: 10pt;"><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><font color="#212529">*Heitor Scalambrini Costa - </font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><font color="#212529">Doutor em Energética, Professor aposentado pela Universidade Federal de Pernambuco</font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><font color="#212529"><br/> *Zoraide Vilasboas - </font></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><font color="#212529">Ativista socioambiental pelos Direitos Humanos e da Natureza, <br/></font></font></font> <font face="Arial, sans-serif"><font size="4"><font color="#212529">facilitadora da Articulação Antinuclear Brasileira</font></font></font></span></p>Negligência em série: incidentes em Angra evidenciam perigo de nova planta nuclear e ampliação da licença de Angra 1tag:brasilantinuclear.ning.com,2023-10-10:6613456:BlogPost:674252023-10-10T09:00:31.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p></p>
<p style="text-align: center;"><em>Falhas repetidas e falta de transparência na gestão das <strong>usinas nucleares</strong> de Angra dos Reis colocam especialistas em alerta. Governo Federal estuda implantar novas centrais nucleares mesmo sem respostas sobre <strong>incidentes</strong> recentes.</em></p>
<p>Os investimentos para estudos de viabilidade econômica do Governo Federal para retomar a construção de uma terceira <strong>usina nuclear em Angra dos Reis</strong>, ao custo de…</p>
<p></p>
<p style="text-align: center;"><em>Falhas repetidas e falta de transparência na gestão das <strong>usinas nucleares</strong> de Angra dos Reis colocam especialistas em alerta. Governo Federal estuda implantar novas centrais nucleares mesmo sem respostas sobre <strong>incidentes</strong> recentes.</em></p>
<p>Os investimentos para estudos de viabilidade econômica do Governo Federal para retomar a construção de uma terceira <strong>usina nuclear em Angra dos Reis</strong>, ao custo de quase R$ 20 bilhões, somados à possibilidade da concessão de mais vinte anos para Angra 1, fizeram soar uma sirene entre especialistas em transição energética e ativistas da Articulação Antinuclear Brasileira. Uma série de incidentes recentes deixa exposta a fragilidade da gestão da <strong>Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)</strong> atual e o quanto podemos estar diante de uma potencial tragédia de proporções inimagináveis caso o país siga o caminho de manter e, pior ainda, ampliar a participação nuclear em nossa matriz energética</p>
<p><br/> Em menos de um ano, três ocorrências vieram a público, sendo que uma delas, gravíssima, levou seis meses sendo ocultada pela Eletronuclear.</p>
<p>Em março de 2023, o Ibama multou a Eletronuclear pelo <strong>vazamento de água radioativa</strong> da usina de Angra 1. O descumprimeiro da licença de operação com descarte irregular de substância radioativa pode levar ao pagamento de R$ 2,1 milhões de reais ao órgão ambiental.</p>
<p>O que o valor da penalidade não demonstra é que o vazamento de água altamente contaminada havia acontecido em setembro de 2022 e a ocorrência foi abafada, sem comunicação às autoridades, durante meio ano. Além disso, o pagamento não supre o medo e a apreensão de quem vive nas proximidades da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. A Polícia Federal investiga as responsabilidades.</p>
<p>“O resultado das inspeções realizadas evidenciou que, durante uma operação de rotina de recirculação e purificação de água de operação, ocorreu a falha de uma válvula de isolamento, propiciando a liberação de um volume de água para o canal de descarga da usina, estimado em, no máximo, 90 litros”, pontua a nota da CNEN.</p>
<p>Outra ocorrência grave tornou-se pública em agosto deste ano. Através de nota, as Indústrias Nucleares do Brasil admitiram não saber o que aconteceu com <strong>duas cápsulas contendo 8 gramas de urânio enriquecido</strong> UF6 (testemunho do gás hexafluoreto de urânio) nas áreas de armazenamento da Fábrica de Combustível Nuclear em Resende, cidade no sul do estado do Rio de Janeiro. O <strong>desaparecimento do material radioativo</strong>, que deveria ser altamente controlado, aconteceu em julho e novamente o acontecimento foi abafado durante quase um mês.</p>
<p>A situação mais recente também segue sem resposta. Duas semanas após admitir a presença de <strong>manchas de óleo</strong> num canal de efluentes da central nuclear de Angra dos Reis, a Eletronuclear ainda não apresentou uma explicação à comunidade sobre o ocorrido. Ibama, CNEN e prefeituras foram informados. Apesar da empresa afirmar que o material não tem relação com as atividades nucleares, a comunidade do entorno vive momentos de apreensão. O resíduo apareceu poucos dias antes da parada técnica de manutenção de Angra 2 e não se sabe que tipo de riscos apresenta.</p>
<h3>Falta transparência</h3>
<p>A Sapê – Sociedade Angrense de Proteção Ecológica alerta para o fato de temas gravíssimos como estes serem ocultados dos moradores de Angra. "Houve um vazamento de água contaminada com <strong>resíduos radioativos</strong> que levou seis meses para ser noticiado. Isso levou a uma enorme mobilização, inclusive na Câmara de Vereadores que ressuscitou um projeto que criava uma comissão de acompanhamento das usinas. Mesmo sendo um projeto bem antigo, nunca havia sido colocado em atividade e ainda hoje não começou a funcionar de fato", conta a coordenadora da SAPÊ, Sylvia Chada. Até hoje, a comissão da qual a Sapê tem um assento não se reuniu para acompanhar incidentes, funcionamento das usinas e cumprimento das condicionantes. "Transparência é uma palavra que não existe no vocabulário da Eletronuclear", dispara. "A <strong>indústria nuclear</strong> tem todo um ranço da ditadura".</p>
<p>"Nunca houve transparência sobre os indícios de contaminação. Até hoje, em todos os acidentes que aconteceram, nunca fomos informados sobre os verdadeiros riscos à população", lamenta a Coordenadora Geral da Sapê, Monique Chessa. Neste cenário, ativistas estão preocupados com o que poderá acontecer, caso a operação torne-se ainda maior.</p>
<h3>"Uma usina velha"</h3>
<p>A possibilidade da ampliação da vida útil de Angra 1 é uma preocupação dos moradores da região. "A usina já deveria ter sido descomissionada, desmontada e estar encerrando sua vida útil. A negação disso pode ampliar o risco de acidentes", alerta a coordenadora da SAPÊ – Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, Sylvia Chada. A entidade cobra transparência da gestão da CNEN. "Temos o ponto do controle social, de realmente estabelecer formas eficazes para acompanhamento do cumprimento de condicionantes, das medidas mitigatórias, num espaço real de diálogo", enfatiza.</p>
<p>Professora doutora no curso de Ciências Socioambientais da PUC, a socióloga Marijane Vieira Lisboa tem grande preocupação com a operação em Angra dos Reis. Para a ativista ambiental, membro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), o Brasil tem alternativas melhores para gerar energia. "O custo da <strong>energia nuclear</strong> é caríssimo, sem contar a dificuldade de manejo dos resíduos", lembra. "Conceder mais 20 anos para Angra 1 é uma temeridade. Se uma casa ou uma ponte com 40, 50 anos de idade já é um edifício que apresenta desgastes, imaginemos como pode estar a integridade das instalações nucleares que começaram a ser construídas em 1972", alerta.</p>
<p>Outro questionamento está no campo das condicionantes. Recentemente, a Prefeitura conseguiu embargar a obra de <strong>Angra 3</strong> por ausência de pagamento das condicionantes. A Eletronuclear afirmou que não havia feito o repasse do recurso ao poder público por falta de projeto e conseguiu reverter o embargo. Porém faltam a definição sobre os investimentos públicos para a conclusão de Angra 3, o novo PAC cobriu apenas o estudo de viabilidade da obra. "Numa situação como essa, o destaque vai para quantos empregos poderiam ser perdidos com a obra e isso mexe com a opinião das pessoas, mas há muitos outros pontos que precisam ser debatidos", avalia Sylvia.</p>
<p>"Quando há notícia de incidentes, a população fica preocupada, mas na maioria das vezes não cobra explicações. Acham que a usina gera emprego e que a população precisa dela, mas na verdade não há geração de emprego. Eles têm esperança de que com a construção de Angra 3 haja oportunidades de trabalho, só que isso é mito das usinas. O que ela gera na população é medo", completa a coordenadora geral da Sapê, Monique Chessa.</p>
<p>A usina tem uma série de compromissos com as <strong>comunidades indígenas e quilombolas</strong>, exigência como uma feita pelo Ministério Público de colocar sinal de internet para estas populações – o que foi feito. Porém processo de negligência no cumprimento do projeto de saneamento básico da aldeia Sapukay (<em>grito de socorro</em> em guarani). Mas a relação é mais complexa. "A Eletronuclear se utiliza das comunidades tradicionais em momentos críticos, como quando houve uma audiência na Praia Brava para apresentação dos programas socioambientais que ela era obrigada a desenvolver. A companhia colocou ônibus no quilombo do Bracui e encheu de Guarani, de crianças e enche a reunião que era sua obrigação por exigência do IBAMA. E essas pessoas ficaram na atividade à noite, voltaram tarde pra casa, mesmo sem terem relação direta nenhuma com o que seria debatido. Foram levados para encher auditório e bater palma", lamenta Sylvia.</p>
<h3>Mais uma? Risco não supera benefícios</h3>
<p>No debate sobre a conclusão das <strong>obras de Angra 3</strong>, há diversos pontos que precisam ser compreendidos pela população. Embora discutir em profundidade riscos e benefícios da energia nuclear exija o domínio de informações científicas, há coisas básicas ao acesso de todos, como o fato de que de repente, mesmo as melhores usinas podem explodir, como <strong>Fukushima</strong>, no Japão; que os <strong>rejeitos nucleares</strong> são um problema insolúvel pois não há ninguém que queira ser vizinho de um depósito desse tipo, e que a morte e as enfermidades por radiação são terríveis.</p>
<p>A decisão sobre a inclusão de novas plantas nucleares no sistema brasileiro passa também pelo bolso do consumidor. O professor aposentado da UFPE, físico com doutorado pelo Laboratório de Fotoeletricidade e Comissariado de Energia Atômica da França, Heitor Scalambrini Costa, critica a posição do Governo Federal de considerar Angra 3 uma prioridade. "A contribuição da energia nuclear na matriz energética do Brasil, por exemplo, continuará inexpressiva, em torno de 2% mesmo com Angra 3, enquanto o preço do megawatt-hora de origem nuclear chega a ser de 4 a 6 vezes maior, quando comparado a geração solar, eólica e hidráulica", esclarece.</p>
<p>Ativista ambiental e membro da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB), o professor acredita que a subtração destas informações no debate público acontece para evitar formar uma opinião contrária à energia nuclear. "A nova usina implicará um aumento substancial na conta de energia de todos os consumidores brasileiros durante algumas décadas", alerta. Além disso, R$ 17 bilhões que faltariam para “acabar” Angra 3 (até agora gastou-se R$ 7,8 bilhões) dariam para abastecer 1 milhão de casas com módulos solares de 3 kWp cada uma (ao preço unitário de R$ 17 mil).</p>
<h3>Acidentes estão no horizonte</h3>
<p>Apesar do material nuclear de uma usina ser muito diferente daquele usado em uma bomba e, por isso, não explodir, <strong>acidentes</strong> existem nas usinas, e são classificados em uma escala introduzida pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) no ano de 1990. A Escala Internacional de Acidentes Nucleares e Radiológicos (INES – International Nuclear Event Scale) estabelece uma escala de gravidade de incidentes e acidentes nucleares, facilitando assim a compreensão e as medidas para enfrentar o evento. Ao todo são 7 níveis, sendo os 3 primeiros de incidentes e os 4 subsequentes acidentes. O acidente mais grave ou superior (nível 7) consiste no vazamento em larga escala, para fora da usina, de material radioativo, com efeitos amplos sobre a saúde da população e do meio ambiente. Sendo reconhecido nos níveis 6 e 7 os acidentes de <strong>Chernobyl</strong>, na Ucrânia (1976), o de <strong>Three Mile Island</strong> na Pensilvânia-USA (1979), e o de <strong>Fukushima</strong> no Japão (2011).</p>
<p>E vale o risco, sabendo que um acidente pode provocar uma <strong>tragédia</strong> social, econômica e ambiental de grandes proporções? "Sem dúvida, não existe nada de tão assustador do que um acidente com radiação liberada para o meio ambiente, atingindo toda forma de vida. A catástrofe de Fukushima provocou grandes emissões radioativas no ar, no solo e nas águas da região, e forçou cerca de 100.000 pessoas a abandonarem suas casas. Imagine agora o significado desta catástrofe para um país como o Brasil", avalia o físico.</p>
<p>"As normas e procedimentos internacionais impostas para garantir as condições de segurança de uma usina núcleo-elétrica são muito rígidas. E a probabilidade de um acidente de grandes proporções acontecer é pequena, mas mesmo assim sempre existe. Não existe risco zero de acontecer um acidente, mesmo o de nível 7", ressalta Dr. Heitor.</p>
<h3>Parada de manutenção é operação gigantesca</h3>
<p>Desde 25 de setembro, Angra 2 está em parada de reabastecimento – ação que deve ser concluída apenas no final de outubro com a troca de 28 toneladas de <strong>urânio</strong>. Dois mil profissionais são envolvidos nas mais de cinco mil atividades que envolvem a operação. Os trabalhos acontecem 24 horas por dia e serão substituídos 52 dos 193 elementos combustíveis no núcleo do reator. Angra 2 começou a ser construída em 1981, mas uma série de problemas postergou o início das operações para vinte anos depois.</p>
<p>A <strong>usina de Angra</strong> 1, que opera desde 1984, terá uma parada de 50 dias programada para começar em 28 de outubro com 4.800 atividades, incluindo a troca de um terço do combustível e inspeção da tampa do vaso de pressão de reator.<br/> "É uma desfaçatez é considerar esta fonte importante e necessária para a transição energética no Brasil. De tão mal vista pela população, no imaginário popular a energia nuclear está associada a promover a morte, e não a vida. Torna obviamente desnecessário o uso desta perigosa, cara e suja tecnologia, pela extraordinária abundância de fontes renováveis de energia – sol, vento, biomassa, água, … – disponíveis no território nacional", aponta o professor Heitor Scalambrini Costa.</p>Urânio à deriva no Rio de Janeiro tem perigos radiológicos e químicos significativostag:brasilantinuclear.ning.com,2023-09-23:6613456:BlogPost:672272023-09-23T15:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p align="center"><font face="Arial, sans-serif"><font size="5"><b><font color="#000000"><font size="3"><i><span>M</span></i></font></font><font color="#000000"><font size="3"><i><span>ais de um mês após a notícia do</span></i></font></font> <font color="#000000"><font size="3"><i><span>sumiço,</span></i></font></font> <font color="#000000"><font size="3"><i><span>e</span></i></font></font><font size="4"><i>specialista em física nuclear diz que tudo deve ser feito para encontrar o urânio…</i></font></b></font></font></p>
<p align="center"><font face="Arial, sans-serif"><font size="5"><b><font color="#000000"><font size="3"><i><span>M</span></i></font></font><font color="#000000"><font size="3"><i><span>ais de um mês após a notícia do</span></i></font></font> <font color="#000000"><font size="3"><i><span>sumiço,</span></i></font></font> <font color="#000000"><font size="3"><i><span>e</span></i></font></font><font size="4"><i>specialista em física nuclear diz que tudo deve ser feito para encontrar o urânio sumido.</i></font></b></font></font></p>
<p align="right"><span><font size="5"><font color="#000000"><font size="2"><font face="Arial, sans-serif">Zoraide Vilasboas</font></font></font><font color="#000000"><font size="2">*</font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font face="Arial, sans-serif"><font size="3"><font color="#000000"><font size="2"><span>Até o momento,</span></font></font> <font color="#000000"><font size="2"><span>n</span></font></font><font color="#000000"><font size="2"><span>em um esclarecimento público foi dado</span></font></font> <font color="#000000"><font size="2"><span>sobre as investigações do paradeiro</span></font></font> <font color="#000000"><font size="2"><span>d</span></font></font><font color="#000000"><font size="2"><span>e duas ampolas contendo</span></font></font> <span><font color="#000000"><font size="2">perigoso</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2"><b>urânio</b></font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2"><b>enriquecido -</b></font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">usado na fabricação do combustível para as duas</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">u</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">sinas</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">n</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ucleares de Angra dos Reis (RJ) - que se escafede</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ram</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">na Fábrica de Combustível Nuclear</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">da Indústrias Nucleares do Brasil (</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">INB</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">)</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">,</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">em Resende (RJ)</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">.</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">N</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">oticiou-se</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">apenas</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">que</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">a Polícia Federal arrol</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ou</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">20 empregados da INB,</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">onde</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">foram inúteis as buscas, incluindo</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">n</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">as</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">áreas supervisionadas e controladas</font></font></span></font><span><font color="#000000"><font size="2">. A</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">sociedade brasileira,</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">que não tem sido informada sobre o esquisito caso,</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">continua</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">aguarda</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ndo</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">explicação</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">para o</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">fat</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">o e a</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">divulgação</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">pública</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">do</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">andamento</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">da</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">s</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">apur</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">aç</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ões.</font></font></span></font></p>
<p align="justify"><font face="Arial, sans-serif"><font size="3"><span><font color="#000000"><font size="2">Cada uma das</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">ampolas</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">possui 8 gramas de</font></font> <font color="#000000"><font size="2">gás</font></font> <font color="#000000"><font size="2">hexafluoreto de urânio</font></font> <font color="#000000"><font size="2">enriquecido</font></font> <font color="#000000"><font size="2">(</font></font><font color="#000000"><font size="2"><b>UF6)</b></font></font><font color="#000000"><font size="2">,</font></font> <font color="#000000"><font size="2">pertencentes ao lote testemunho de uma recarga de Angra</font></font> <font color="#000000"><font size="2">2</font></font><font color="#000000"><font size="2"><b>.</b></font></font></span></font> <span><font color="#000000"><font size="2">A</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ssim que a notícia d</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">o</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">sumiço</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">veio</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">a público (17.8.23), a</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">INB</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">apressou-se a</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">minimiza</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">r</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">o potencial do perigo.</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">Tratando dos riscos radiológicos, em nota oficial</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">, afirm</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">ou</font></font></span> <span><font color="#000000"><font size="2">que “</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2">a liberação parcial ou total do conteúdo dos dois tubos não acarreta danos à saúde de um indivíduo do público em geral ou de um indivíduo ocupacionalmente exposto</font></font></span><span><font color="#000000"><font size="2"><b>.”</b></font></font></span></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">No mesmo dia 17, e</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">m</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">nota oficial</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN),</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">fiscal da INB,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ratificou que uma possível liberação do conteúdo "não acarreta danos radiológicos à saúde de um indivíduo".</font></font></font></span> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Mas ressaltou</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">possibilidade de</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">haver</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">“risco químico associado à natureza tóxica dos compostos presentes, que podem provocar danos físicos localizados”.</font></font></span></font> <a href="https://www.gov.br/cnen/pt-br/assunto/ultimas-noticias/sobre-as-ampolas-com-amostras-de-uf6-extraviadas-na-inb"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">https://www.gov.br/cnen/pt-br/assunto/ultimas-noticias/sobre-as-ampolas-com-amostras-de-uf6-extraviadas-na-inb</font></font></a></p>
<p align="center"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b><span>INSEGURANÇA EM RADIOPROTEÇÃO</span></b></font></font></font></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Se o perigo do manuseio d</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o urânio</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">é tão mínimo, porque já no dia</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">seguinte</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a CNEN fez um</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">bizarro</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">apelo aos brasileiros em s</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">eu</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><i>site</i></font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">?</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Em lugar de fazer</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ampla</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e continuada</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">divulgação, com os esclarecimentos devidos à</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">sociedade</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ivulg</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ou</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">foto</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de uma ampola similar à</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">extravia</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">, ped</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">indo</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a quem</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ach</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ar as</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">peças</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">que</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">fa</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ça</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">imediato contato pelos números</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">(21) 98368-0763 e (21) 98368-0734 (a postos</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">24horas, incluindo fins de semana e feriados)</font></font></font></span> <a href="https://www.gov.br/cnen/pt-br/assunto/ultimas-noticias/cnen-solicita-plano-de-acoes-imediatas-para-melhorias-nas-instalacoes-da-empresa-inb"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">https://www.gov.br/cnen/pt-br/assunto/ultimas-noticias/cnen-solicita-plano-de-acoes-imediatas-para-melhorias-nas-instalacoes-da-empresa-inb</font></font></a></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Est</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">não é</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a primeira grave</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">confusão</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">registrada em instalações da INB. A irresponsabilidade com a</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">proteção física, vigilância e gerenciamento da</font></font></font></span><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">s</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">suas atividades, ocorre em constância temerária.</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">A</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ausência de</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">câmeras e sistema de segurança para monitorar o ambiente,</font></font></span></font> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">prova</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">falta de controle das fontes radioativas no Brasil, denunciad</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">nacionalmente desde 2006, pel</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">o</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">R</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">elatório</font></font></font></span> <font face="Arial, sans-serif"><font size="2">sobre Fiscalização e Segurança Nuclear</font></font> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da Câmara dos Deputados.</font></font></font></span> <a href="https://bd.camara.leg.br/bd/handle/bdcamara/3743"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">https://bd.camara.leg.br/bd/handle/bdcamara/3743</font></font></a> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Desde então,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">pouco mudou no cenário</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">de erros técnico-operacionais, administrativo-gerenciais</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">acidentes</font></font></font></span><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">incluindo o</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">eterno bate-cabeça entre</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">INB e CNEN,</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">parte das</font></font></font></span> <span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">célebres atrapalhadas do Programa Nuclear Brasileiro.</font></font></font></span></p>
<p align="justify"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Preocupada com a conhecida inconsistência da comunicação do setor nuclear</font></font></font></span> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">e</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">atenta</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">à</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">elucidação do fato,</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">a</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Articulação Antinuclear Brasileira</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">(AAB)</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">divulgou nota pública</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">responsabilizando a INB por mais esta falha crítica na manipulação e <br/> proteção de material radioativo.</font></font></span></font> <a href="https://racismoambiental.net.br/2023/08/18/desaparecimento-de-uranio-e-flagrante-irresponsabilidade-da-inb/">https://racismoambiental.net.br/2023/08/18/desaparecimento-de-uranio-e-flagrante-irresponsabilidade-da-inb/</a> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Sobre o assunto, o</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">engenheiro em física nuclear</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Bruno</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">C</font></font></span></font><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">hareyron,</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da Comissão de Pesquisa e Informação Independente sobre a Radioatividade (CRIIRAD) da França,</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">nos enviou o</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">esclarecedor comunicado</font></font></span></font><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">,</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">abaixo</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">transcrito.</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Q</font></font></span></font><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ue todos os esforços sejam realizados para a recuperação</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">d</font></font></span></font><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">este gás</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">tão nefasto à</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">saúde.</font></font></span></font></p>
<p align="center"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><b>T</b></font></font></font><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">AMANHO DO RISCO</font></font></font></span></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><span>“<i>A empresa INB afirma que dois tubos, cada um contendo 8 gramas de UF6 enriquecido, foram perdidos em julho de 2023. Se esses tubos forem abertos sem controle, o UF6 poderá escapar para o meio ambiente, podendo, em seguida, ser ingerido ou inalado.</i></span></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><i><span>O UF6 é um material radioativo que contém urânio 238, urânio 234 e urânio 235. Quando o urânio 234 e o urânio 238 decaem, eles emitem partículas alfa, particularmente perigosas se ingeridas, e</span> <span>mais</span> <span>ainda se inaladas.</span></i></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><i><span>Pode-se calcular que 8 gramas de UF6 enriquecido representam uma radioatividade bem superior a 100.000 Becquerels, ou seja, 100.000 desintegrações radioativas por segundo. A inalação de uma pequena fração do conteúdo dos tubos pode resultar em uma dose superior à dose anual máxima admissível para o público (1 miliSievert).</span></i></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><i><span>Em caso de contaminação interna, o urânio pode se difundir no corpo. Como tóxico químico e emissor de radiação, ele terá um impacto sobre os pulmões e outros órgãos (rins, ossos etc.) e aumentará o risco de leucemia e outros tipos de câncer a longo prazo (câncer de pulmão, sistema digestivo, rins, linfomas, mieloma múltiplo etc.).</span></i></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><i><span>Uma fração de urânio também pode atravessar a barreira hematoencefálica e se difundir no cérebro. Ele também afeta as funções reprodutivas e pode ser uma fonte de anormalidades genéticas. Em geral, muitas funções vitais podem ser afetadas pela contaminação por urânio.</span></i></font></p>
<p align="justify"><font color="#000000"><i><span>Além disso, dependendo da temperatura e da umidade do ar, o UF6 (que se torna gasoso a 56 graus Celsius) se decompõe e forma ácido fluorídrico, causando queimaduras na pele e nos pulmões. O resultado final é que o UF6 é uma substância que apresenta riscos radiológicos e químicos significativos. Tudo deve ser feito para encontrar esses tubos.”</span></i></font></p>
<h3 class="western"></h3>
<p align="left"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">*</font></font></font></span><font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Zoraide Vilasboas –</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">ativista socioambiental pelos Direitos Humanos e da Natureza e</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">facilitadora</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">da</font></font></span></font> <font color="#000000"><span><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">AAB</font></font></span></font></p>
<p></p>O calvário das vítimas do Césio-137 continua em Goiania, 36 anos depoistag:brasilantinuclear.ning.com,2023-09-21:6613456:BlogPost:675202023-09-21T20:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><i><span style="font-weight: 400;">O acidente com o <strong>Césio-137</strong> em Goiânia, Brasil, em setembro de 1987, foi uma das piores tragédias atômicas mundiais, atrás apenas de Chernobyl e Fukushima. Embora não haja um "ranking" formal de acidentes radioativos, o caso de Goiânia está entre os eventos mais graves da história, devido aos impactos à saúde humana e ao ambiente local. É um exemplo trágico dos perigos associados ao manuseio inadequado de…</span></i></p>
<p style="text-align: center;"><i><span style="font-weight: 400;">O acidente com o <strong>Césio-137</strong> em Goiânia, Brasil, em setembro de 1987, foi uma das piores tragédias atômicas mundiais, atrás apenas de Chernobyl e Fukushima. Embora não haja um "ranking" formal de acidentes radioativos, o caso de Goiânia está entre os eventos mais graves da história, devido aos impactos à saúde humana e ao ambiente local. É um exemplo trágico dos perigos associados ao manuseio inadequado de materiais radioativos e é estudado no mundo como um caso emblemático de catástrofe nuclear.</span></i></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Setembro de 1987. Dois catadores de sucata, Roberto dos Santos e Wagner Mota, entraram em uma antiga clínica radiológica abandonada, localizada no setor Aeroporto, em Goiânia, na busca de materiais para vender. Atraídos pelo valor que poderiam extrair da sucata de uma máquina de radioterapia coberta de chumbo, os amigos tornaram-se protagonistas do maior <strong>acidente com material radioativo</strong> da história do Brasil. E um dos mais graves do mundo.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Sem qualquer suspeita do risco que corriam, os catadores levaram o aparelho até Devair, dono de um ferro velho. Havia uma quantidade significativa de Césio-137. Eram 19g de um elemento radioativo altamente perigoso que mais parecia com uma pasta, de cor acinzentada, e virava pó quando friccionado. A crise deflagrada marcou para sempre a capital de Goiás, que viveu um dos eventos mais sombrios de sua história. O pó azul brilhante que encantou a todos em um primeiro momento tornaria-se o símbolo de um rastro de doença e morte.</span></p>
<p></p>
<h3>Os Primeiros Sintomas da Tragédia com Césio-137</h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Vizinhos, amigos e parentes de Devair ficaram encantados com a beleza do material que foi manipulado espalhando-se em roupas e móveis. Algumas pessoas chegaram a passar o pó azul no rosto e nos próprios corpos. A cor associada ao acidente veio, na verdade, de uma substância fluorescente chamada sulfato de zinco. Essa substância foi adicionada à cápsula de chumbo que continha o Césio-137 para torná-la visível em caso de vazamento. Quando as cápsulas foram quebradas e o Césio-137 foi liberado, o sulfato de zinco se espalhou e emitiu uma luminescência azul sob luz ultravioleta, dando a aparência de "brilhar". </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O Césio-137 liberou uma quantidade incontrolável de radiação altamente perigosa. Os catadores começaram a apresentar sintomas alarmantes, como queimaduras na pele e náuseas. Percebendo a gravidade da situação, procuraram um médico que, por sua vez, alertou as autoridades de saúde locais. À medida que o caso era investigado, ficou claro que não se tratava de um incidente isolado. O Césio-137 havia se espalhado para outros locais, inclusive as casas dos catadores e das pessoas que tiveram contato com o material radioativo. Os danos cresceram de maneira exponencial. A radiação atingiu uma área de 2.000m</span><span style="font-weight: 400;">2</span><span style="font-weight: 400;">.</span></p>
<p></p>
<h3>A Mobilização das Autoridades<></h3>
<p><span style="font-weight: 400;">O material circulou por diversos dias antes que as autoridades sanitárias fizessem um chamado, num estádio de futebol, para triar as pessoas atingidas. Trinta mil pessoas foram avaliadas e 257 tinham níveis elevados de radiação. Muitas delas foram transferidas para o Hospital Naval no Rio de Janeiro, onde havia estrutura para radioexpostos para uso do chamado "Azul da Prússia", antídoto para o Césio-137.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">As autoridades isolaram a área ao redor da clínica abandonada e das casas contaminadas e equipes de resgate e proteção radiológica foram convocadas. Para proteger a população, foi necessária a evacuação de centenas de pessoas da região afetada. As casas e os objetos contaminados pelo Césio-137 foram isolados e removidos. O processo de descontaminação foi complexo e demorado, envolvendo a lavagem de pessoas e a limpeza de ambientes.</span></p>
<p></p>
<h3>Vítimas do acidente com material radiológico</h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Quatro pessoas morreram em consequência da exposição à radiação durante o incidente. Leide das Neves Ferreira, de apenas 6 anos, teve contato com o material em 24 de setembro e foi uma das pessoas que perderam a vida após o contato com Césio-137. Encantada com o brilho do material, a criança teve lesões por todo o corpo depois que um primo espalhou o pó radioativo nos braços e pernas da menina. Ela morreu em 23 de outubro de 1987, depois de não responder ao tratamento.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Além de Leide, a tia dela, Maria Gabriela Ferreira, de 37 anos, Israel Batista dos Santo, de 22 anos, e Admilson Alves de Souza, de 18 morreram em decorrência da gravidade das lesões deixadas pelo Césio-137. Ivo e Devair, por sua vez, carregaram a culpa por causar o acidente pelo resto de suas vidas e caíram em depressão. Entregues à bebida e aos cigarros, ambos vieram a falecer, anos depois do episódio.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Além das mortes imediatas, muitas outras pessoas sofreram efeitos de saúde graves e de longo prazo devido à exposição à radiação, tornando o acidente um dos eventos mais trágicos envolvendo materiais radioativos na história do Brasil.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O acidente de Goiânia resultou em um processo judicial complexo. Os donos da clínica radiológica, responsáveis por deixar o material radioativo abandonado, foram condenados e cumpriram pena de prisão. Além disso, diversas instituições de saúde e órgãos regulatórios foram criticados por não terem fiscalizado adequadamente a clínica.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Os trabalhos de descontaminação dos locais afetados produziram 6.500 toneladas de lixo contaminado, com apenas 19 g de Césio-137. O lixo armazenado em caixas, tambores, containers era constituído de roupas, utensílios domésticos, plantas, solo, animais de estimação, veículos, materiais de construção – algumas casas foram implodidas, sem que pudesse tirar nada de dentro, sequer brinquedos ou fotografias. Todo esse lixo radioativo foi levado a um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, vizinha a Goiânia, onde deverá permanecer por pelo menos 180 anos.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">"Hoje, o depósito dos resíduos do acidente é mais bem cuidado que as vítimas", lamenta Suely Lina Moraes Silva. Aos 65 anos, a presidente da AVCésio, Associação das Vítimas do Césio, faz parte do chamado Grupo 2, aquelas pessoas cuja exposição foi inferior a 50 rads no corpo, que é a unidade que mede a quantidade de radiação identificada. Filhos, sobrinhos, a cunhada e muitos amigos de Suely também estão entre as vítimas. Eles enfrentam hoje o desafio no reajuste da pensão, paga pelo poder público a 751 pessoas contaminadas.</span></p>
<p></p>
<h3>A Prevenção de Futuros Acidentes</h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Após o acidente, foi inaugurado um centro para acompanhamento da saúde dos radioexpostos em Goiânia, onde periodicamente as pessoas são avaliadas. A pneumologista e médica do trabalho Vera Castellano vem se debruçando sobre a estrutura do Brasil para atendimento destes casos. "É importante lembrar que exposição à radiação, mesmo em pequenas quantidades, pode levar a alterações no DNA. Mesmo agora, mais de 30 anos após o acidente, podemos ter vítimas com câncer", explica a médica. "Não existe nenhum dado publicado sobre como é feito este acompanhamento", alerta. Na opinião da pesquisadora, há risco de novos acidentes acontecerem "para prevenir, precisamos de um grande controle das fontes radioativas utilizadas nos aparelhos médicos e nas indústrias", avalia.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Na opinião da médica, não estamos preparados para acidentes radiológicos que aconteçam em um futuro próximo. "Temos estes leitos no hospital do Rio de Janeiro, mas não vejo um plano bem definido para o caso de uma nova emergência, diferentemente do que encontramos no Japão", compara. Ela esteve em Hiroshima, onde há um setor estruturado para receber pessoas vítimas de acidentes radiológicos, que tem vários protocolos desde a chegada à unidade. Eles também têm um cadastro muito bem estruturado das pessoas expostas à bomba atômica com escala para os efeitos crônicos das exposições aos tipos de câncer que podem acontecer muitos anos depois. São as lições que o Brasil não aprendeu com o <strong>Césio-137</strong> em Goiânia e deveria aprender.</span></p>Deputado bolsonarista distorce causas do apagão de 15 de agostotag:brasilantinuclear.ning.com,2023-09-05:6613456:BlogPost:672162023-09-05T13:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p style="text-align: center;"><span style="font-size: 10pt;">Alberto Feitosa (PL) afirmou que os motivos que levaram ao apagão estavam associados às fontes renováveis (energia solar e eólica), defendendo a instalação de usinas nucleares em Pernambuco.</span></p>
<h5 style="text-align: right;"><em>Por Heitor Scalambrini Costa</em></h5>
<p><span style="font-size: 12pt;">Na sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco de 15 de agosto de 2023, no mesmo dia do apagão que atingiu todo…</span></p>
<p style="text-align: center;"><span style="font-size: 10pt;">Alberto Feitosa (PL) afirmou que os motivos que levaram ao apagão estavam associados às fontes renováveis (energia solar e eólica), defendendo a instalação de usinas nucleares em Pernambuco.</span></p>
<h5 style="text-align: right;"><em>Por Heitor Scalambrini Costa</em></h5>
<p><span style="font-size: 12pt;">Na sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco de 15 de agosto de 2023, no mesmo dia do apagão que atingiu todo Brasil, exceto o Estado de Roraima, o deputado coronel Alberto Feitosa (PL) afirmou que os motivos que levaram ao apagão estavam associados às fontes renováveis (energia solar e eólica), defendendo a imperativa necessidade de se rediscutir a instalação de usinas nucleares no município de Itacuruba (PE), no Sertão de Itaparica.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Será que o nobre deputado tem contatos extraterrestres para poder antecipar, o que ainda não foi oficialmente esclarecido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)? Afinal, as investigações para desvendar as reais causas do apagão, que trouxe tantos infortúnios a mais de 30 milhões de brasileiros ainda estão em curso.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">O deputado usou a tribuna do poder legislativo para vociferar contra as fontes renováveis pelo fato de serem fontes intermitentes (não geram energia elétrica continuamente), características intrínsecas das fontes solar e eólica. Acusa a esquerda de ser favorável a estas fontes abundantes e distribuídas no Nordeste brasileiro, criticando esta mesma esquerda por ser contrária à fonte nuclear. Um nucleopata, que não sabe o que diz, pois não conhece absolutamente nada sobre energia, além de ideologizar um tema da maior importância neste momento de enfrentamento da crise climática global. Apenas repete o que diz seu guru em assuntos nucleares, o Engenheiro Carlos Mariz. (<a href="https://antigo.fundaj.gov.br/index.php/a-questao-energetica/11499-o-conto-do-mariz-ha-quem-acredite-artigo-de-heitor-scalambrini-costa">https://antigo.fundaj.gov.br/index.php/a-questao-energetica/11499-o-conto-do-mariz-ha-quem-acredite-artigo-de-heitor-scalambrini-costa</a>).</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">O deputado é conhecido dos pernambucanos como grande defensor das usinas nucleares, em particular da instalação de um complexo nuclear na beira do Rio São Francisco. Para ele, este empreendimento seria a salvação, a redenção social e econômica de toda uma região, de todo o Estado de Pernambuco e do Nordeste (quiçá do universo!). Age como um vendedor de ilusões, mas nesta falácia, a população não cai mais não!</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Também é importante no contexto de um debate sério e consequente, levar em conta suas posições política e partidária, como aliado do ex-presidente, de extrema direita, que governou o país de 2019-2022. Um negacionista contumaz da ciência. Logo, cabe bem o provérbio popular “diga-me com quem andas e eu te direi quem és”.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Na defesa intransigente da tecnologia nuclear – que tem sido abandonada por diversos países e enfrenta inúmeros problemas de aceitação no mundo – se comete muitos equívocos, deliberados, ou pela ignorância sobre o tema. Mas há também os que preferem divulgar notícias falsas, na tentativa de minimizar, negligenciar os riscos nucleares, e, assim, confundir a opinião pública.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Associação Nuclear Mundial (ANM), a participação do setor nuclear na produção de energia elétrica está em queda desde 2001. Em 1996, chegou a sua maior contribuição na matriz elétrica mundial, 17,4%. Em 2021, a participação das usinas nucleares reduziu para 9,8%. O que mostra que esta tecnologia, com todos os problemas associados, estagnou e está em declínio. Depois do desastre de Fukushima, mais usinas nucleares foram desligadas do que inauguradas.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">É bom lembrar ao deputado que a participação da iniciativa privada está proibida pela Constituição brasileira. O artigo 177, V, estipula o monopólio da União para esse tipo de atividade, assim como o artigo 21, XXIII. Logo, segundo a atual legislação, é vedado ao setor privado participar, por exemplo, da construção e operação de usinas nucleares.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Sabemos que o país, o Nordeste em particular, tem vantagens comparativas extraordinárias quanto ao potencial da energia solar e eólica, em seu território. Sabemos que a diversificação da matriz energética (sem nuclear), com fontes renováveis que se complementam, sem dúvida alguma é o caminho da sustentabilidade energética. Então qual seria a razão para apoiar a instalação de uma tecnologia perigosa, suja e cara nas margens do São Francisco?</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Sabemos também que o lobby nuclear é muito poderoso. Seus interesses concentram-se na indústria bélica, nos fabricantes de equipamentos, na construção civil, em políticos interesseiros, em cientistas que aceitam migalhas para suas pesquisas, na grande mídia que tem como clientes os negócios do ramo nuclear. Mas a resistência a esta tecnologia tem crescido, e mesmo banido usinas nucleares de territórios nacionais.</span></p>
<p><span style="font-size: 12pt;">Então vamos resumir a réplica ao discurso do nobre deputado em uma única frase, “O Brasil, o Nordeste, Pernambuco e Itacuruba não precisam de usinas nucleares”. Xô Nuclear!</span></p>
<h6><span style="font-size: 12pt;">Heitor Scalambrini Costa é doutor em Energética, professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco.</span></h6>Sumiço de urânio enriquecido é irresponsabilidade da INBtag:brasilantinuclear.ning.com,2023-08-21:6613456:BlogPost:675182023-08-21T16:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p></p>
<p style="text-align: center;"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>A Articulação Antinuclear Brasileira vem a público alertar para o grande perigo decorrente do desaparecimento de duas cápsulas contendo 8 gramas de urânio enriquecido <strong>UF6</strong> (testemunho do gás hexafluoreto de urânio) nas áreas de armazenamento da Fábrica de Combustível Nuclear em Resende, no Rio de Janeiro.…</span></font></font></font></p>
<p></p>
<p></p>
<p style="text-align: center;"><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>A Articulação Antinuclear Brasileira vem a público alertar para o grande perigo decorrente do desaparecimento de duas cápsulas contendo 8 gramas de urânio enriquecido <strong>UF6</strong> (testemunho do gás hexafluoreto de urânio) nas áreas de armazenamento da Fábrica de Combustível Nuclear em Resende, no Rio de Janeiro.</span></font></font></font></p>
<p><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>A ausência de dois tubos com radioisótopos usados como combustível nas usinas de Angra 1 e 2 é uma gravíssima falha nos protocolos de segurança sobre a guarda e manuseio de material perigoso. Ao contrário do que diz a nota da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que alega que a liberação do conteúdo não acarretaria danos à saúde de indivíduos, alertamos que este material é perigoso, dada sua radioatividade, às pessoas e ao meio ambiente, especialmente se inalado sem proteção.</span></font></font></font></p>
<p><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>O Brasil tem em sua história o maior acidente nuclear fora de uma usina no mundo, registrado em setembro de 1987 em Goiânia, com o Césio 137. Além disso, a AAB alerta para a possibilidade deste material ter desaparecido sob circunstâncias criminosas, sendo urgente a investigação das causas que demonstram que a INB tem sido displicente em relação à observação dos protocolos internacionais de uso pacífico de material radioativo.</span></font></font></font></p>
<p><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2"><span>A AAB vem denunciando os riscos da adoção da energia nuclear no Brasil diante das alternativas muito mais seguras disponíveis em nosso país. "Este é um flagrante da irresponsabilidade da INB no manuseio de combustível nuclear e precisamos saber o destino deste material e o que levou ao seu desaparecimento", frisa o professor do Instituto de Energia e Ambiente e coordenador do Grupo de Pesquisa em Governança Energética da USP, Dr. Célio Bermann.</span></font></font></font></p>
<p><font color="#474747"><font face="Raleway, Open Sans, Georgia, sans-serif"><font size="5"><span><font color="#000000"><font face="Arial, sans-serif"><font size="2">Este fato é só mais uma comprovação das denúncias que evidenciam a insegurança em radioproteção das atividades nucleares do Brasil. Por este motivo, a Articulação Antinuclear Brasileira reafirma sua oposição à política nuclear em vigor, defendendo o fim de atividades atômicas, a não conclusão de Angra 3 e a resolução imediata para os danos sociais e ambientais das localidades onde houve exploração de urânio ou instalação de depósitos de material radioativo, bem como justa indenização para seus habitantes e trabalhadores de instalações nucleares.</font></font></font></span></font></font></font></p>
<h1 class="western"></h1>Assista neste sábado, dia 27: Impactos da mineração de urânio em Minas Gerais e Bahiatag:brasilantinuclear.ning.com,2021-11-26:6613456:BlogPost:648052021-11-26T12:42:09.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9852458654?profile=original" rel="noopener" target="_blank"><img class="align-full" src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9852458654?profile=RESIZE_710x"></img></a></p>
<p>Acontece neste sábado as 16h, nossa live com o tema "Impactos da mineração de urânio em Minas Gerais e Bahia".</p>
<p>A Mina do Cercado na cidade de Caldas -MG, foi o primeiro local do Brasil a se explorar urânio. Esta mina se esgotou, e encontra-se num quadro de sucateamento. O que se agrava com o depósito ilegal na mina de milhares de toneladas de…</p>
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9852458654?profile=original" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9852458654?profile=RESIZE_710x" class="align-full"/></a></p>
<p>Acontece neste sábado as 16h, nossa live com o tema "Impactos da mineração de urânio em Minas Gerais e Bahia".</p>
<p>A Mina do Cercado na cidade de Caldas -MG, foi o primeiro local do Brasil a se explorar urânio. Esta mina se esgotou, e encontra-se num quadro de sucateamento. O que se agrava com o depósito ilegal na mina de milhares de toneladas de lixo nuclear, produzidos pela extinta Nuclemon-SP. Em Caetité (BA) onde temos a segunda mina de urânio, a situação não é diferente!</p>
<p>A Mina Cachoeira também contamina o meio-ambiente. Estudos apontam para altos índices de câncer. Movimentos populares denunciam tentativas de controle social, e até mesmo atestados de óbitos que não colocam a causa real da morte.</p>
<p>Nesta live teremos a presença de Silvana Torquato, Engenheira Florestal. Daniel Tygel, Aliança pela Pedra Branca.Gilmar Santos, agente pela Comissão Pastoral da Terra. Moderação: Joelma do Couto, fotodocumentarista e coord. de comunicação do Projeto Ed. Antinuclear.</p>Assista a live "A radioatividade não reconhecida: Nuclemon e o Acidente Radiológico de Goiânia."tag:brasilantinuclear.ning.com,2021-11-26:6613456:BlogPost:648032021-11-26T12:36:54.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><iframe src="https://www.youtube.com/embed/w26LJW5zrQY?wmode=opaque" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>
</p>
<p><iframe src="https://www.youtube.com/embed/w26LJW5zrQY?wmode=opaque" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>
</p>Live "A radioatividade não reconhecida: Nuclemon e o Acidente Radiológico de Goiânia."tag:brasilantinuclear.ning.com,2021-11-20:6613456:BlogPost:649032021-11-20T01:33:14.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9825712689?profile=original" rel="noopener" target="_blank"><img class="align-left" src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9825712689?profile=RESIZE_710x"></img></a> Por décadas, ex-trabalhadores da Indústria Nuclear Brasileira trabalharam no processamento de terras raras (radioativas), sem sequer ter o direito de saber com que tipo de produto estavam trabalhando. A Nuclemon gerou milhares de toneladas de lixo atômico armazenado de forma irregular nas cidades de São Paulo capital, Itú-SP e Caldas-MG. Um passivo ambiental…</p>
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9825712689?profile=original" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/9825712689?profile=RESIZE_710x" class="align-left"/></a>Por décadas, ex-trabalhadores da Indústria Nuclear Brasileira trabalharam no processamento de terras raras (radioativas), sem sequer ter o direito de saber com que tipo de produto estavam trabalhando. A Nuclemon gerou milhares de toneladas de lixo atômico armazenado de forma irregular nas cidades de São Paulo capital, Itú-SP e Caldas-MG. Um passivo ambiental com potencial contaminante de milhares de anos. <br/>Apenas em setembro de 1987, quando uma cápsula de Césio 137 causou, na cidade de Goiânia, o maior acidente radiológico em zona urbana do mundo, que os trabalhadores da antiga Nuclemon, começaram a ligar os pontos e entender com o que estavam trabalhando. Já era tarde, os anos de trabalho desumano e irresponsável por parte da Indústria Nuclear Brasileira haviam contaminado milhares de trabalhadores.</p>
<p><strong>Participam desta live:</strong><br/>Sonia Felipone: Terapeuta Ocupacional, mestre em Gestão do Trabalho e Meio Ambiente.</p>
<p>Marcos Cripa, professor do curso de jornalismo da PUC-SP.</p>
<p>Odesson Alves Ferreira: Ex presidente da AVCésio - Associação das Vítimas do Césio-137.</p>
<p><br/><strong>Moderação:</strong> <br/>Joelma do Couto, Articulação Antinuclear Brasileira</p>Lixo radioativo enterrado em Poços de Caldas tem que ser eliminado, exigem especialistastag:brasilantinuclear.ning.com,2019-09-25:6613456:BlogPost:185042019-09-25T22:36:08.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><a href="http://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2019/09/lixo-radioativo-enterrado-em-pocos-de.html" rel="noopener" target="_blank">Por Tânia Malheiros</a></p>
<p>A empresa federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) tem que apresentar uma solução para a retirada do material radioativo enterrado na mina de Poços de Caldas (MG) durante as últimas décadas. A exigência para a solução do problema foi feita ontem (20/9), durante o seminário “Caldas deu Urânio para o Brasil, mas o que…</p>
<p><a href="http://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2019/09/lixo-radioativo-enterrado-em-pocos-de.html" target="_blank" rel="noopener">Por Tânia Malheiros</a></p>
<p>A empresa federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) tem que apresentar uma solução para a retirada do material radioativo enterrado na mina de Poços de Caldas (MG) durante as últimas décadas. A exigência para a solução do problema foi feita ontem (20/9), durante o seminário “Caldas deu Urânio para o Brasil, mas o que restou?”, na cidade mineira, que debateu um dos grandes problemas gerados pela indústria nuclear brasileira. Os especialistas e interessados na questão estão formatando uma agenda para acompanhar e divulgar os processos de descomissionamento da unidade, a cargo da INB, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. </p>
<p>A mina do Campo do Cercado ou Mina Osamu Utsumi, foi o primeiro complexo minero-industrial brasileiro para a produção de concentrado de urânio. Com slogan “Caldas dá urânio para o Brasil”, a unidade começou a operar em 1982, mas vinha sendo utilizado como depósito muito antes. Suas atividades foram encerradas em 1995, devido à baixa produtividade, alto custo para produção e a descoberta de uma jazida de urânio muito mais rentável no município de Caetité (BA). Para se ter ideia do legado de problemas, a unidade em Caldas armazenava, em 2018, cerca de 16 mil toneladas de Torta II, resíduo proveniente do tratamento químico da monazita. O material é resultante de processos industriais realizados desde a década de 40, pela antiga Usina de Santo Amaro (Usam), em São Paulo. </p>
<p>As atividades da mina do Campo do Cercado cessaram, mas a empresa deixou para trás um grande passivo ambiental para ser resolvido, como tantos outros, ainda hoje sem solução. Vítimas da bomba atômica atirada pelos Estados Unidos contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra, também participaram do evento e condenaram o uso da energia nuclear. Representantes de entidades do Nordeste, protestaram contra a intenção do governo de construir usinas nucleares no Nordeste.</p>
<p>O seminário foi realizado na Câmara Municipal, com apoio da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB) em parceria com entidades como o Greenpeace, Fundação Heinrich Böll, Sindicato dos Professores do Ensino Ocial do Estado de São Paulo (APEOESP), Sindicato dos Químicos de São Paulo, Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear (ANTPEN) e Umverteilen. </p>
<p>Entre os palestrantes estavam o arquiteto, secretário executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB, cofundador do Fórum Social Mundial, Chico Whitaker, a Procuradora da República, Gabriela Saraiva Vicente de Azevedo Hossri, o mestre em História e diretor da Associação Hibakusha Brasil Pela Paz, André Lopes Loula; a especialista em saúde do trabalho, Fernanda Giannasi e o presidente da ANTPEN, José Venâncio, entre outros. Também participaram autoridades e entidades que representam o interesse das populações da região e aquelas que atuam em defesa das águas.</p>Brumadinho, Flamengo, Angra: e o bom senso?tag:brasilantinuclear.ning.com,2019-03-05:6613456:BlogPost:175012019-03-05T22:30:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>* Artigo de Chico Whitaker publicado na Folha de São Paulo em 5 de março de 2019</p>
<p><a href="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/09/29/15382445015bafbf9508625_1538244501_3x2_md.jpg" rel="noopener" target="_blank"><img class="align-full" src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/09/29/15382445015bafbf9508625_1538244501_3x2_md.jpg?profile=RESIZE_710x"></img></a></p>
<div class="c-news__body"><p>Tragédia em <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/02/familias-seguem-luto-sem-corpo-em-brumadinho-um-mes-apos-tragedia.shtml">Brumadinho</a>, três anos após…</p>
</div>
<p>* Artigo de Chico Whitaker publicado na Folha de São Paulo em 5 de março de 2019</p>
<p><a href="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/09/29/15382445015bafbf9508625_1538244501_3x2_md.jpg" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/09/29/15382445015bafbf9508625_1538244501_3x2_md.jpg?profile=RESIZE_710x" class="align-full"/></a></p>
<div class="c-news__body"><p>Tragédia em <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/02/familias-seguem-luto-sem-corpo-em-brumadinho-um-mes-apos-tragedia.shtml">Brumadinho</a>, três anos após <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/tragedia-em-mariana-ainda-nao-tem-culpados-e-samarco-nao-pagou-multas.shtml">Mariana</a>. Desta vez foi mais duro: mais de 300 vidas perdidas. Causa, a mesma: descaso com a segurança em benefício do lucro. Onde ficam as vidas humanas na lógica do mundo econômico e político? </p>
<p>Nem bem identificados os responsáveis, a morte absurda de <a href="https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/02/proposta-de-indenizacao-do-flamengo-era-de-ate-r-400-mil-por-familia.shtml">dez meninos em um centro de treinamento de futebol</a>. E os <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/seis-anos-depois-incendio-na-boate-kiss-acumula-vitimas-entre-os-pais.shtml">242 jovens da boate</a> <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/seis-anos-depois-incendio-na-boate-kiss-acumula-vitimas-entre-os-pais.shtml">Kiss</a>? E o incêndio do <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/apos-mais-6-h-bombeiros-controlam-incendio-no-museu-nacional-no-rio.shtml">Museu Nacional</a>, carbonizando a memória do país? Como sempre: falta de fiscalização, laudos ignorados.</p>
<p>Não temos no Brasil uma cultura de segurança em equipamentos coletivos. Com isso, é assustador o que pode acontecer com uma das invenções mais perigosas da humanidade, que importamos: as “chaleiras” para produzir eletricidade com energia nuclear, chamadas usinas nucleares. Temos duas, em Angra dos Reis. E estão programadas Angra 3 e algumas mais em outras regiões. Mas o projeto de <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/concluir-usina-de-angra-3-elevaria-a-conta-de-luz-em-pelo-menos-r-66-bi.shtml">Angra 3</a> é de 1977. Elaborado, portanto, antes de três acidentes com derretimento do reator, até então tidos como impossíveis —nos EUA (Three Mile Island), na então União Soviética (<a href="https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/11/1836742-nova-cupula-de-seguranca-para-reator-de-chernobyl-e-inaugurada.shtml">Chernobyl</a>) e no Japão (<a href="https://m.folha.uol.com.br/mundo/2015/03/1600721-quatro-anos-depois-acidente-em-fukushima-ainda-assombra-o-japao.shtml">Fukushima</a>).</p>
<p>Em qualquer outro país seria obrigatório adequar o projeto às normas da Agência Internacional de Energia Atômica pós-1979. Para os que sofrem suas consequências, tais acidentes são catástrofes. A explosão de uma usina nuclear não se esquece no prazo de um luto: a radioatividade disseminada matará durante décadas ou séculos quem for contaminado. Esses acidentes, quando acontecem, só “começam”. Por centenas de anos será interditada a presença humana num vasto território em Fukushima e Chernobyl. E fora dele a leucemia matará meninos e meninas e nascerão crianças malformadas. </p>
<p>Em Angra 3, o bom senso fugiu para muito longe. Irresponsabilidade? Talvez insanidade, que nos espreita numa das bonitas praias do Sudeste. O drama poderá alcançar as duas maiores cidades do país, segundo determinem os ventos. </p>
<p>A Eletronuclear conseguiu em 2010 o licenciamento de Angra 3, com seu projeto obsoleto, engavetando um parecer de engenheiros de segurança e uma recomendação do Ministério Publico Federal pela adequação do projeto. </p>
<p>Há informações imprecisas e duvidosas sobre supostas adequações. Mas cabe perguntar, por exemplo: o edifício do reator terá, como deveria, três vezes mais solidez do que o do projeto de 1977, para que resista a eventuais explosões? </p>
<p>Conluios entre empresas e governos sempre existem. Em Fukushima, apesar das recomendações dos cientistas, o muro contra tsunamis ficou com somente quatro metros. A onda veio com 15 metros e afogou os equipamentos de segurança de quatro reatores nucleares. </p>
<p>Uma petição por uma auditoria de Angra 3 (<a href="https://www.change.org/p/minist%C3%A9rio-p%C3%BAblico-federal-auditoria-no-projeto-da-usina-nuclear-de-angra-3">change.org/usinanuclearnao</a>) está correndo o mundo. Os milionários de Angra nem imaginam que podem perder suas mansões. Mas lá fora se sabe que acidentes nucleares não respeitam fronteiras. </p>
<p>A nuvem radioativa que saiu de Chernobyl cobriu toda a Europa. A água que resfria os reatores fundidos de Fukushima contamina o Pacífico.</p>
<p>Disponível em: <a href="https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/03/brumadinho-flamengo-angra-e-o-bom-senso.shtml">https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/03/brumadinho-flamengo-angra-e-o-bom-senso.shtml</a></p>
</div>A hora e a vez da bomba atômica tupiniquim?tag:brasilantinuclear.ning.com,2018-12-17:6613456:BlogPost:169072018-12-17T14:00:26.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><strong>Artigo de opinião de Heitor Scalambrini Costa - </strong><strong>Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco</strong></p>
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/399502279?profile=original" rel="noopener" target="_blank"><img class="align-center" src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/399502279?profile=original"></img></a></p>
<p>Historicamente, a relação entre o uso da energia nuclear para fins energéticos e para fins militares é muito estreita. O Programa Nuclear Brasileiro surgiu durante a ditadura militar, e até hoje atende…</p>
<p><strong>Artigo de opinião de Heitor Scalambrini Costa - </strong><strong>Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco</strong></p>
<p><a href="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/399502279?profile=original" target="_blank" rel="noopener"><img src="https://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/399502279?profile=original" class="align-center"/></a></p>
<p>Historicamente, a relação entre o uso da energia nuclear para fins energéticos e para fins militares é muito estreita. O Programa Nuclear Brasileiro surgiu durante a ditadura militar, e até hoje atende demandas de setores das forças armadas, fascinados pelo poder que a energia nuclear lhes traz, e com a justificativa da necessidade de proteção e de segurança das nossas fronteiras, e de nossas riquezas.</p>
<p>No governo que tomará posse no próximo ano, o Ministério de Minas e Energia (MME) terá como ministro um almirante da marinha brasileira, pertencente ao grupo de interesse que vê a energia nuclear sob o aspecto militar. Pela sua biografia, um defensor do uso da energia nuclear.</p>
<p>Em entrevista concedida (FSP 7/12/2018), o futuro ministro defendeu a conclusão de Angra III (usina com potência instalada de 1.000 MW), onde já se investiu R$ 10 bilhões, e se prevê mais R$ 16 bilhões para concluí-la. Um projeto dos anos de 1970, cuja tecnologia já está completamente ultrapassada, principalmente depois dos desastres de Chernobyl, Three Mile Island e Fukushima. Caso tal insanidade seja levada a frente, milhares de brasileiros e brasileiras sofrerão sérios riscos de uma grande desgraça. Além de preços finais da energia produzida ser o mais caro das fontes atuais. Em decisão que fere os interesses do povo brasileiro, o Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE) em 9/10/2018, numa tentativa de viabilizar Angra III, dobrou a tarifa que irá remunerar a energia produzida pela usina. Passando dos atuais R$ 240,00/MWh para R$ 480,00/MWh. O que refletirá no aumento das contas de energia para os consumidores de todo o Brasil, que pagarão por uma obra indesejada.</p>
<p>Também nesta entrevista o futuro ministro do MME , defendeu, o projeto do submarino nuclear brasileiro, que completou dez anos em 2018, cuja responsabilidade é da marinha brasileira, e já consumiu R$ 21 bilhões em recursos públicos, valor corrigido pela inflação. O custo estimado total do projeto, que inclui a construção do submarino nuclear, de quatro submarinos convencionais e da base naval responsável pela construção e manutenção das embarcações é hoje de R$ 32 bilhões.</p>
<p>Estas cifras mostram os vultuosos recursos dispendidos pela União. Obviamente investimentos não prioritários, quando verificamos as necessidades concretas para o bom viver da população, como obras de saneamento, educação, saúde, moradia, entre outras. Com recursos finitos disponíveis no país, as escolhas de gastos dependem das prioridades definidas pelo governo de plantão. E o governo eleito, a partir das declarações, nomeações e da constituição da “junta militar”, sic! ministério; já mostrou suas reais intenções.</p>
<p>Um aspecto a ser ressaltado, e que não é dito publicamente, mas está presente na cabeça dos militares e de muitos civis, é a fabricação da bomba atômica. E assim o Brasil entrar no clube fechado dos países detentores desta arma nuclear. Não seria a primeira vez desta tentativa. Lembremos que um dos momentos mais sórdidos de nossa história foi o programa nuclear clandestino/paralelo. Iniciado no governo Ernesto Geisel, tinha o objetivo de garantir ao Brasil a tecnologia necessária para fabricar a bomba atômica (e ogivas para mísseis nucleares). Logo, porque não acreditar, que o que está por trás desta nomeação do almirante Bento Junior é a construção da bomba atômica?</p>
<p>É claro que ninguém confirmará, pois nossa constituição, e os acordos, pactos internacionais assinados pelo país proíbem a construção deste artefato bélico. O próprio Decreto n<sup>o</sup> 9.600, de 5 de dezembro de 2018, consolidando as diretrizes sobre a Política Nuclear Brasileira, somente se refere ao uso pacífico da energia nuclear. Diga-se de passagem que este decreto, gestado pelo Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, coordenado pelo gabinete de Segurança Institucional da presidência da República, foi promulgado na surdina, as vésperas do término de um governo sem nenhuma credibilidade e atolado em denúncias de corrupção, sobre um tema no mínimo polêmico, sem nenhuma discussão ampla e democrática.</p>
<p>Dispomos de grandes reservas de urânio. Sabemos enriquecer o urânio, não somente para produção do combustível das usinas nucleo-elétricas, mas também para atingir os níveis de enriquecimento requeridos para a bomba. Além da aproximação “onde o céu é o limite”, com os americanos, fundamental para “autorizar” a construção da bomba. Então o que está faltando? Nada.</p>
<p>O momento é para um discussão com os diversos setores da sociedade brasileira sobre o que deseja o povo brasileiro em relação a energia nuclear. Produzir eletricidade a partir das usinas nucleares é ir na contramão do que acontece no mundo, que está se distanciado desta opção, em prol das fontes renováveis de energia (Sol, vento, biomassa). E tornar o país detentor de uma bomba atômica não é o que necessitamos e queremos.</p>FSM/2018 - Tenda do "Bem Viver" reafirmou "Nuclear Não!"tag:brasilantinuclear.ning.com,2018-03-28:6613456:BlogPost:160132018-03-28T22:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841340?profile=original" target="_self"><img class="align-center" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841340?profile=original" width="620"></img></a></p>
<p></p>
<p>Atividades realizadas na Tenda durante o Fórum Social Mundial (FSM), ocorrido de 13 a 17 deste mês na Universidade Federal da Bahia (UFBA), evidenciaram que a resposta à barbárie capitalista é a sociedade do <strong><em>Bem Viver</em></strong>, na qual não têm lugar: o agro e o hidronegócio, que violentam a humanidade com a espoliação de territórios; o…</p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841340?profile=original" target="_self"><img src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841340?profile=original" width="620" class="align-center"/></a></p>
<p></p>
<p>Atividades realizadas na Tenda durante o Fórum Social Mundial (FSM), ocorrido de 13 a 17 deste mês na Universidade Federal da Bahia (UFBA), evidenciaram que a resposta à barbárie capitalista é a sociedade do <strong><em>Bem Viver</em></strong>, na qual não têm lugar: o agro e o hidronegócio, que violentam a humanidade com a espoliação de territórios; o agroveneno nos alimentos; a privatização da água; a expropriação nem a entrega dos bens comuns do povo e da natureza a grandes corporações privadas. Também não têm vez a indústria bélica, nem o uso da tecnologia nuclear para produzir energia elétrica.</p>
<p>A Tenda foi aberta com uma abordagem acadêmica sobre o <strong><em>Bem Viver</em></strong> que inspirou <strong>o</strong> fio condutor de debates sobre <strong>a defesa dos bens comuns –contra a mercantilização da vida e da natureza–</strong> ao longo de dois dias do FSM. Já exemplos práticos das possibilidades de se atingir o estado de <strong><em>Bem Viver</em></strong> foram revelados no último evento de pescador@s e quilombolas<strong>,</strong> povos originários e tradicionais, que cultuam o lema “outro mundo é possível” em seu universo de sabedoria e convivência. Nesta perspectiva, o <strong>Nuclear Não!</strong> emergiu, mais uma vez, como incontestável afirmação da importância das fontes renováveis de energia –que promovem a Vida e não a morte, como é o caso da nuclear– e do fortalecimento da cultura da paz, a favor do desarmamento, amplo, geral e irrestrito.</p>
<p><strong>Água é Vida!</strong></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841581?profile=original" target="_self"><img width="400" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841581?profile=RESIZE_480x480" width="261" class="align-left" height="147"/></a>Profundamente associado a proposta do <strong><em>Bem Viver</em></strong>, o lema <strong>Água é Vida</strong> –inspirador de ações de ativistas socioambientais baianos desde o FSM/2015, Tunísia– foi outra fonte de ânimo na Tenda. Atividades abordaram os conflitos pelo acesso a esse bem comum, o uso intensivo do produto pela agroindústria e na produção de energia elétrica, e os altos níveis de contaminação das águas devido à falta de saneamento ambiental e à mineração, em especial do urânio de Caetité (BA) para a geração de energia nuclear nas usinas atômicas de Angra dos Reis (RJ).</p>
<p>Os debates sobre a matriz energética reafirmaram a opção pelas fontes renováveis de energia e repeliram o emprego da tecnologia nuclear para produção de energia elétrica (perigosa, poluente, cara) por ser insustentável social, econômica e ambientalmente. O “Diálogo antinuclear” contou com a participação de representantes do Brasil, França, Suíça, Japão, Irã e outros países evidenciando que a energia nuclear é a energia da morte e que em todo o mundo cresce a mobilização por fontes renováveis. A informação de que no FSM Antinuclear, Civil e Militar, ocorrido em novembro de 2017 (França), saiu a orientação de reforçar a luta contra a mineração de urânio em todo o mundo, entusiasmou os ativistas, especialmente da Bahia e Ceará, que combatem a expansão dessa mineração no Brasil.</p>
<p>O representante da Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares, Chico Whitaker, propôs o envio de uma Carta Aberta (<a href="http://brasilantinuclear.ning.com/profiles/blogs/risco-da-construcao-da-usina-atomica-angra-3-no-rio-de-janeiro">http://brasilantinuclear.ning.com/profiles/blogs/risco-da-construcao-da-usina-atomica-angra-3-no-rio-de-janeiro</a>) exigindo uma auditoria internacional independente sobre o projeto da usina de Angra 3, à Procuradoria Geral da República, à qual já pedimos a suspensão da conclusão dessa obra, paralisada desde 2015, após denúncia de corrupção pela LavaJato, que levou à prisão vários dirigentes da Eletronuclear</p>
<p><strong>Naturalização dos riscos</strong></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236870290?profile=original" target="_self"><img width="400" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236870290?profile=RESIZE_480x480" width="299" class="align-left" height="148"/></a>Ainda no campo antinuclear, tivemos a participação de pesquisadoras na roda de conversa sobre <strong>Mineração de urânio, passado, presente e futuro,</strong> ocorrida na Tenda, mas também ao ar livre. Uma pesquisa sobre Riscos de Contaminação Ambiental e Humana Relacionados à Exploração da Unidade de Concentrado de Urânio no Sudoeste da Bahia, vem sendo desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho/UFBA. A coordenadora da pesquisa Cláudia d’Arêde relatou que o estudo iniciado em 2013 aponta a imposição da naturalização dos riscos, a fim de se tentar minimizar o perigo da contaminação das águas na região; o preocupante adoecimento de trabalhadores e moradores do entorno da mina, por exposição à radiação ionizante e a crescente degradação do meio ambiente. Acrescentou que as condições ambientais em Caetité, Lagoa Real e outros municípios expõem milhares de pessoas a possível risco. </p>
<p>A falta de acesso à água potável foi um dos problemas mais citados pelos entrevistados nas comunidades. Eles afirmam que a falta de água começou a partir da implantação da empresa. Em 2017, foi feita uma análise da qualidade das águas usadas para consumo humano de 15 poços de comunidades próximas à mina e quatro poços, distantes, usados para comparação. Em quatro das amostras do entorno da mina a concentração do urânio superou o Valor Máximo Permitido (VMP) pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (15 ug/L), chegando a atingir 28,93 na localidade de Gameleira/Buracão. Em outras quatro amostras o índice estava acima da metade do valor da VMP.</p>
<p>A profa. Raquel Rigotto, do Núcleo Tramas da Universidade Federal do Ceará, narrou a resistência e luta dos cearenses para impedir a expansão da mineração de urânio no Ceará, onde o mineral apresenta-se misturado ao fosfato. Ali, as irregularidades do licenciamento ambiental e o próprio desafio do emprego de uma tecnologia inédita para separar os dois minerais têm retardado a exploração do urânio de Santa Quitéria (CE). Há uma grande preocupação com a possibilidade da radioatividade alcançar a produção de alimentos no Brasil, através de fertilizantes produzidos a partir do fosfato cearense.</p>
<p style="text-align: center;"><strong>Ágora do Futuro</strong></p>
<p style="text-align: center;"><strong><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236870502?profile=original" target="_self"><img width="450" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236870502?profile=RESIZE_480x480" width="450"/></a></strong></p>
<p>Uma vivencia inédita encerrou o FSM/2018. A Ágora dos Futuros agitou a Praça das Artes (campus Ondina/UFBA), na manhã do dia de17, quando as atenções se voltaram para a formação de alianças e fortalecimentos das resistências e lutas. Foi um momento de troca de informações entre as iniciativas já existentes e outras nascidas no FSM com o fim de reforçar contatos e articulações para o futuro. Militantes antinucleares divulgaram o Acampamento Antinuclear Internacional de Verão (agosto/18, França), o FSM Extrativismo/Mineração (novembro/18, África do Sul) e o FSM Antinuclear, Civil e Militar (2019, Espanha). As ações anunciadas vão para um calendário virtual de atividades a serem realizadas no mundo de março até o fim de 2019. Esta primeira experiência da Ágora será aprimorada para as próximas edições do FSM.</p>
<p>As entidades organizadoras da tenda foram a Articulação Antinuclear Brasileira, Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania, COESA–Conselho das Entidades Sociombientalistas-BA e o Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (UFBA), envolvendo cerca de 20 entidades e movimentos parceiros.</p>
<p><strong>Zoraide Vilasboas</strong></p>
<p><strong>Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania / Articulação Antinuclear Brasileira</strong></p>
<p><strong>==========================================================================</strong></p>
<p></p>
<p><strong>Carta Aberta à Dra. Raquel Dodge, DD Procuradora-Geral da República</strong></p>
<p>Salvador, 14 de março de 2018</p>
<p>Os participantes brasileiros do Dialogo Brasil-França-Japão-Suíça em questões nucleares, atividade de debate e reflexão que teve lugar no Fórum Social Mundial realizado em Salvador da Bahia de 13 a 17 de março de 2018, consideraram imprescindível e urgente dirigir esta Carta Aberta a V.Exa. ao tomarem conhecimento do <strong>risco de</strong> <strong>retomada da obra da usina nuclear de Angra 3 com um projeto obsoleto, elaborado na década de 70.</strong></p>
<p>Em país nenhum do mundo se inicia hoje em dia a construção de usinas nucleares com projetos elaborados antes de 1979, data em ocorreu em <em>Three Miles Island</em>, nos Estados Unidos, um acidente de tipo novo, até então considerado impossível: uma série de falhas combinadas leva à perda do controle da elevação da temperatura do reator nuclear, que funde, o que pode ser seguido da explosão da usina. Este tipo de acidente, chamado “severo”, tem como consequência catástrofes ambientais e sociais como as que assombraram o mundo quando um segundo voltou a ocorrer em 1986, em <em>Chernobyl</em> na então União Soviética, e um terceiro em 2011, em <em>Fukushima</em> no Japão, com a disseminação de grandes quantidades de partículas radioativas em vastos territórios. Diante disso a Agência Internacional de Energia Atômica elaborou novas normas de segurança, para evitar esses acidentes ou pelo menos mitigar seus efeitos calamitosos. Ora, projetos elaborados antes disso não poderiam evidentemente levar em conta essas normas.</p>
<p>Se o projeto da usina de Angra 3 não for atualizado poderemos ter a infelicidade de que um acidente como esse ocorra em nosso país, agravado pelo risco das partículas radioativas disseminadas chegarem até as duas maiores capitais brasileiras.</p>
<p>São extremamente preocupantes as iniciativas que estão sendo tomadas celeremente pela ELETRONUCLEAR para uma retomada da obra sem que essa atualização tenha sido feita, contrariando o mais elementar bom senso e de novo sem levar em conta as recomendações nesse sentido feitas pelo Ministério Publico em 2010 (conforme o processo inconcluso no.1.30.014000123/2009-43, iniciado em 30/09/2009 pela Procuradoria da República em Angra dos Reis). Além disso, a ELETRONUCLEAR não está revendo nem mesmo o Plano de Emergência para a evacuação dos moradores da região, em caso de acidente, Plano esse que considera somente a possibilidade de acidentes menos graves.</p>
<p>Cabe, portanto, determinar que seja feita uma <strong>auditoria internacional independente</strong> que verifique se o projeto de Angra 3 atende às atuais exigências de segurança, assim como defina as mudanças a fazer no Plano de Emergência.</p>
<p>Considerando que o Ministério Público é, nos termos da Constituição da República, o defensor dos interesses difusos da sociedade, os cidadãos e cidadãs que subscrevem a presente Carta Aberta estão seguros de que seu pleito será atendido por V.Excia., frente a uma grave irresponsabilidade funcional de agentes públicos que poderá vitimar milhares de brasileiros.</p>
<p>Atenciosamente,</p>
<p><strong>Subscrevo a Carta Aberta de 14/03/2018 à Procuradora-Geral da República.</strong></p>
<p>Nome e assinatura, cidade e Estado de moradia, organização de que participa</p>
<p>Remeter no mais breve prazo possível as folhas assinadas para:</p>
<p><strong>Caixa Postal no. 11.320, Ag. ECT Rua dos Pinheiros, 1502, CEP: 05422-970, São Paulo - SP.</strong></p>Risco da construção da usina atômica Angra 3, no Rio de Janeirotag:brasilantinuclear.ning.com,2018-03-26:6613456:BlogPost:163062018-03-26T19:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>Centenas de participantes do Fórum Social Mundial/2018 assinaram Carta Aberta dirigida à <strong>Procuradoria Geral da República</strong>, aprovada em atividade intitulada Dialogo Brasil/França/Japão/Suíça que demonstrou a ameaça representada pela conclusão do obsoleto projeto da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ).</p>
<p>Você pode assinar e também coletar assinaturas (mandar para <strong>Caixa Postal no. 11.320, Ag. ECT Rua dos Pinheiros, 1502, CEP: 05422-970, São Paulo –…</strong></p>
<p>Centenas de participantes do Fórum Social Mundial/2018 assinaram Carta Aberta dirigida à <strong>Procuradoria Geral da República</strong>, aprovada em atividade intitulada Dialogo Brasil/França/Japão/Suíça que demonstrou a ameaça representada pela conclusão do obsoleto projeto da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ).</p>
<p>Você pode assinar e também coletar assinaturas (mandar para <strong>Caixa Postal no. 11.320, Ag. ECT Rua dos Pinheiros, 1502, CEP: 05422-970, São Paulo – SP)</strong>.</p>
<p><strong>Carta Aberta à Dra. Raquel Dodge, DD Procuradora-Geral da República</strong></p>
<p>Salvador, 14 de março de 2018</p>
<p>Os participantes brasileiros do <strong>Diálogo Brasil-França-Japão-Suíça</strong> em questões nucleares, atividade de debate e reflexão que teve lugar no Fórum Social Mundial realizado em Salvador da Bahia de 13 a 17 de março de 2018, consideraram imprescindível e urgente dirigir esta Carta Aberta a V.Exa, ao tomarem conhecimento do <strong>risco de retomada da obra da usina nuclear de Angra 3 com um projeto obsoleto, elaborado na década de 70</strong>.</p>
<p>Em país nenhum do mundo se inicia hoje em dia a construção de usinas nucleares com projetos elaborados antes de 1979, data em ocorreu em <em>Three Miles Island</em>, nos Estados Unidos, um acidente de tipo novo, até então considerado impossível: uma série de falhas combinadas leva à perda do controle da elevação da temperatura do reator nuclear, que funde, o que pode ser seguido da explosão da usina. Este tipo de acidente, chamado “severo”, tem como consequência catástrofes ambientais e sociais como as que assombraram o mundo quando um segundo voltou a ocorrer em 1986, em <em>Chernobyl</em> na então União Soviética, e um terceiro em 2011, em <em>Fukushima</em> no Japão, com a disseminação de grandes quantidades de partículas radioativas em vastos territórios. Diante disso a Agência Internacional de Energia Atômica elaborou novas normas de segurança, para evitar esses acidentes ou pelo menos mitigar seus efeitos calamitosos. Ora, projetos elaborados antes disso não poderiam evidentemente levar em conta essas normas.</p>
<p>Se o projeto da usina de Angra 3 não for atualizado poderemos ter a infelicidade de que um acidente como esse ocorra em nosso país, agravado pelo risco das partículas radioativas disseminadas chegarem até as duas maiores capitais brasileiras. São portanto extremamente preocupantes as iniciativas que estão sendo tomadas celeremente pela ELETRONUCLEAR para uma retomada da obra sem que essa atualização tenha sido feita, contrariando o mais elementar bom senso e de novo sem levar em conta as recomendações nesse sentido feitas pelo Ministério Público em 2010 (conforme o processo inconcluso no.1.30.014000123/2009-43, iniciado em 30/09/2009 pela Procuradoria da República em Angra dos Reis). Além disso, a ELETRONUCLEAR não está revendo nem mesmo o Plano de Emergência para a evacuação dos moradores da região, em caso de acidente, Plano esse que considera somente a possibilidade de acidentes menos graves.</p>
<p>Cabe portanto determinar que seja feita uma <strong>auditoria internacional independente</strong> que verifique se o projeto de Angra 3 atende às atuais exigências de segurança, assim como defina as mudanças a fazer no Plano de Emergência.</p>
<p>Considerando que o Ministério Público é, nos termos da Constituição da República, o defensor dos interesses difusos da sociedade, os cidadãos e cidadãs que subscrevem a presente Carta Aberta estão seguros de que seu pleito será atendido por V.Excia., frente a uma grave irresponsabilidade funcional de agentes públicos que poderá vitimar milhares de brasileiros.</p>
<p>Atenciosamente,</p>
<p><strong>Subscrevo a Carta Aberta de 14/03/2018 à Procuradora-Geral da República.</strong></p>
<p>Nome e assinatura, cidade e Estado de moradia, organização de que participa.</p>
<p>Remeter no mais breve prazo possível as folhas assinadas para:</p>
<p><strong>Caixa Postal no. 11.320, Ag. ECT Rua dos Pinheiros, 1502, CEP: 05422-970, São Paulo - SP.</strong></p>Tenda do Bem Viver propõe convergência socioambiental no Fórum Social Mundial em Salvadortag:brasilantinuclear.ning.com,2018-03-07:6613456:BlogPost:161082018-03-07T14:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841138?profile=original" target="_self"><img class="align-left" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841138?profile=RESIZE_480x480" width="353"></img></a> Abrigando atividades ligadas ao tema <strong>“Convergência e Debates Socioambientais”,</strong> a <strong>Tenda do Bem Viver</strong> será um espaço de reflexão crítica sobre <strong>a defesa dos bens comuns e contra a mercantilização da vida e da natureza,</strong> na perspectiva de evidenciar experiências de lutas voltadas à construção do “outro mundo possível”, lema…</p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841138?profile=original" target="_self"><img width="353" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236841138?profile=RESIZE_480x480" class="align-left" width="353"/></a>Abrigando atividades ligadas ao tema <strong>“Convergência e Debates Socioambientais”,</strong> a <strong>Tenda do Bem Viver</strong> será um espaço de reflexão crítica sobre <strong>a defesa dos bens comuns e contra a mercantilização da vida e da natureza,</strong> na perspectiva de evidenciar experiências de lutas voltadas à construção do “outro mundo possível”, lema impulsionador do Fórum Social Mundial, desde sua primeira edição em 2001.</p>
<p>Viabilizada graças ao apoio da Universidade Federal da Bahia, a tenda ficará ao lado do Instituto de Biologia, no campus Ondina/UFBA nos dias 14 e 15 de março.O <a href="http://wsf2018.org/" target="_blank" rel="noopener">Fórum Social Mundial</a> acontece de 13 a 18 de março, em Salvador.</p>
<p>A tenda se enquadra no eixo Desenvolvimento, Justiça Social e Ambiental e nela ocorrerão atividades conectadas com os cinco elementos da natureza: ÁGUA (aquíferos, rios, lagoas, mares, manguezais), AR (energia limpa e renovável. Nuclear Não!), FOGO (Mineração e suas ameaças), TERRA (agrotóxicos, desmatamentos, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga) e ÉTER (Cultura de Raíz - o ser humano protagonista do Bem Viver, com sua cultura e espiritualidade em manifestações e crenças de todos os matizes). </p>
<p>A tenda se abre para o debate em torno das possibilidades de convergência de agendas, campanhas e mobilizações comuns que unifiquem o processo das lutas emancipatórias, anticapitalistas, de combate à falácia da economia verde, pela democracia, superação da miséria e consolidação dos Direitos Humanos, da Paz, do Bem Viver!</p>
<p>As entidades proponentes da tenda foram a Articulação Antinuclear Brasileira, o COESA-Conselho das Entidades Sociombientalistas-BA e o Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (UFBA). Entidades parceiras<strong>:</strong> Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania, GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental, Associações e Cooperativa dos Quilombolas de Matinha, Lagoa Grande e Candeal (Feira de Santana), Associação de Marisqueiras e Pescadores da Baía de Todos os Santos, Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Lauro de Freitas), Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos, Caritas Regional, Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares, Comissão Pastoral da Pesca, Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, Fundação Terra Mirim, Grupo Ambientalista da Bahia, Grupo de Pesquisa Desenvolvimento, Sociedade e Natureza (DSN-UCSAL), Instituto Búzios, Movimento de protesto de Correntina, Movimento Jaguaribe Vivo, Ponto de Cultura Santeiro Cordelista, Programa radiofônico Saúde no Ar/Saúde e Meio Ambiente, Projeto IntegraFeira e Voluntariado do Vale Encantado. </p>
<p><strong><a href="https://drive.google.com/file/d/1FApIOnIo0XblMVxkPl6zCR1ppzkO1q-g/view" target="_blank">Clique aqui para conhecer a programação completa da tenda</a></strong></p>INB promete manter tratamento de ex-empregados da Nuclemontag:brasilantinuclear.ning.com,2018-02-09:6613456:BlogPost:160052018-02-09T18:18:31.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p>Do <a href="http://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com.br/2018/02/inb-promete-manter-tratamento-de-ex.html">Blog da Tania Malheiros</a></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838297?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838297?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
<p>A Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear (Antpen) denunciou ontem a suspensão do pagamento, há uma semana, de convênio imprescindível ao tratamento de ex-funcionários da Indústrias Nucleares do…</p>
<p>Do <a href="http://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com.br/2018/02/inb-promete-manter-tratamento-de-ex.html">Blog da Tania Malheiros</a></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838297?profile=original" target="_self"><img width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838297?profile=RESIZE_1024x1024" class="align-full" width="750"/></a></p>
<p>A Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear (Antpen) denunciou ontem a suspensão do pagamento, há uma semana, de convênio imprescindível ao tratamento de ex-funcionários da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que trabalharam na Nuclemon Minero-Química, onde contraíram doenças por exposição a diversos agentes insalubres. A Nuclemon está fechada desde 1993.<span id="more-260127"></span></p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;">Funcionários da INB fizeram assembleia nesta quinta-feira (8/2), porque, segundo eles, a empresa parou de pagar o convênio de Assistência Médico-Ambulatorial-Hospitalar da Intermédica do Grupo de Medicina Privada Notre Dame, que fornecia o atendimento e o tratamento às vítimas. O contrato da INB com a Notre Dame expirou em 31 de janeiro desse ano e não havia sido renovado, segundo a Antpen.</p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;">Na assembleia pela manhã, eles fizeram um minuto de silêncio pelo ex-empregado conhecido como Omar, que morreu no dia 18 de janeiro com tumor maligno. Também mostraram documentos de José Carlos dos Santos, outro ex-empregado, com câncer de laringe, que teve o tratamento recusado pela Notre Dame. “Esperamos que isso não se repita”, disseram.</p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;">Há pouco, em nota oficial, a empresa garantiu: “A INB informa que a ordem bancária foi emitida na terça-feira (6), o crédito foi efetivado na quarta-feira e a operadora, – INTERMÉDICA tem 72 horas para restabelecer o atendimento”.</p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;">Segundo o presidente da Associação, José Venâncio Alves, a paralisação do atendimento põe em risco de morte iminente os ex-empregados que fazem tratamento de quimioterapia, hemodiálise e os que tinham cirurgias agendadas para o início desse mês.</p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;"><strong>SENTENÇA – </strong>Em agosto passado, o juiz da 12ª Vara do Trabalho de São Paulo, César Augusto Colovi Fagundes, condenou a INB a indenizar 54, dos 66 empregados que moveram a ação, pois 12 deles já morreram desde 2005 quando o processo começou. Uma liminar de 2007 obrigou a INB a fornecer o plano de saúde a partir de outubro daquele ano. E a sentença, do juiz da 12ª Vara em primeira instância manteve a obrigação em 2017, ou seja, dez anos depois. A INB informou que vai “recorrer por dever de ofício”.</p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;">Há casos de trabalhadores com sequelas. Os danos vão desde lesões na<strong> </strong>coluna vertebral até os casos de<strong> </strong>câncer. Na sentença, o juiz determina o pagamento de indenizações de acordo com o cargo e o tempo de serviço do trabalhador.</p>
<p style="font-weight: 400; text-align: justify;">O magistrado observa uma série de alegações da acusada, levando em conta problemas na unidade desde a década de 80. Na página seis da sentença, ressalta que é “completamente inservível para isentar a reclamada das indenizações pertinentes o laudo ambiental, elaborado no longínquo ano de 1985, por ser evidente que à época, o estado da técnica dos instrumentos para medição dos equipamentos de proteção (individual e coletiva) e mesmo do maquinário utilizado era absolutamente inferior ao atual”.</p>Angra 3, e o que virá em 2018?tag:brasilantinuclear.ning.com,2018-01-29:6613456:BlogPost:161012018-01-29T13:00:00.000ZArticulação Antinuclear BRhttp://brasilantinuclear.ning.com/profile/1i5dobvxq6h9c
<p><strong>Por Chico Whitaker, para a <a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/01/1953760-angra-3-e-o-que-vira-em-2018.shtml" rel="noopener" target="_blank">Folha de São Paulo</a></strong></p>
<p><strong><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838241?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838241?profile=original" width="620"></img></a></strong></p>
<p>Cresce a pressão pela <a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/01/1947014-decisao-nuclear.shtml">retomada da obra de Angra 3</a>. Contratada…</p>
<p><strong>Por Chico Whitaker, para a <a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/01/1953760-angra-3-e-o-que-vira-em-2018.shtml" target="_blank" rel="noopener">Folha de São Paulo</a></strong></p>
<p><strong><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838241?profile=original" target="_self"><img src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/2236838241?profile=original" width="620" class="align-full"/></a></strong></p>
<p>Cresce a pressão pela <a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/01/1947014-decisao-nuclear.shtml">retomada da obra de Angra 3</a>. Contratada em 1983, parou poucos anos depois. Reiniciada em 2010, foi novamente interrompida em 2016, por dificuldades financeiras e pela corrupção.</p>
<p>Esse problema deve ter sido considerado superado com<span> </span><a href="http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/07/1789014-policia-federal-realiza-mais-uma-etapa-da-operacao-lava-jato.shtml">a condenação, na Lava Jato,</a><span> </span>do então presidente da Eletronuclear. E para seu financiamento há ofertas do lobby nuclear que corteja, via russos e chineses, os países desavisados dos riscos dessa tecnologia.</p>
<p>A Eletronuclear multiplica gestões em Brasília e promove seminários para obter apoios: em 4 de dezembro em Angra dos Reis (RJ), em 18 de dezembro em Resende (RJ).</p>
<p>Mais uma vez, a obra se reinicia, ignorando-se que o projeto é obsoleto quanto à segurança, como ocorreu em 2010? Nem o MP vai intervir, como fez, sem sucesso, em 2010?</p>
<p>Elaborado nos anos 70, na ditadura, evidentemente não podia levar em conta o acidente de tipo novo, até então considerado impossível, ocorrido no final daquela década, em 1979, em Three Mile Island, nos Estados Unidos. "Falhas múltiplas" levaram ao descontrole da temperatura, e o reator fundiu.</p>
<p>Tais acidentes podem provocar uma catástrofe, como se verificou em 1986 na União Soviética. A usina de Tchernobyl explodiu, espalhando partículas radioativas, com grandes territórios interditados por centenas de anos para a presença humana e milhares de pessoas evacuadas sem levar nada.</p>
<p>A radioatividade provocou grande número de mortes, muitas gerações serão ainda afetadas. Uma nuvem radioativa cobriu toda a Europa, e o Brasil importou leite radioativo da Irlanda...</p>
<p>A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) editou normas para evitar tais acidentes ou pelo menos mitigar seus efeitos. O que se exigiria de nossas autoridades? Adequar o projeto de Angra 3 a essas normas. Foi o parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), que deveria licenciar a obra. Mas o parecer foi simplesmente engavetado, e a licença concedida.</p>
<p>Um terceiro acidente desse tipo ocorreu em 2011, no Japão, em Fukushima, com a fusão de três reatores e consequências como as de Tchernobyl. Nem assim aqui no Brasil foi revista a decisão de reiniciar a obra sem readequar o projeto.</p>
<p>Em seminário internacional em 2016, no Senado Federal, um assessor ministerial em segurança nuclear, da Alemanha, disse que a usina de referência de Angra 3 é a similar de Grafenrheinfeld, em seu país, que foi uma das primeiras desativadas quando seu governo abandonou a opção nuclear. Segundo ele, hoje, na Alemanha, uma usina como Angra 3 nunca seria licenciada, por uma questão de segurança.</p>
<p>Há relação entre a grave irresponsabilidade da Cnen e a corrupção? O ex-presidente da Eletronuclear foi condenado sob a acusação de receber propina da Andrade Gutierrez, construtora contratada, para obter aditivos ao contrato de 1983.</p>
<p>Revisto o projeto, ela perderia esse contrato. O esforço de reconstrução da imagem desse ex-presidente –um herói nacional<span> </span><a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/12/1940928-o-almirante-e-a-bomba-atomica.shtml--">vítima de interesses estrangeiros!</a><span> </span>seria uma cortina de fumaça?</p>
<p>Não surpreenderá que no Plano Nacional do setor nuclear, em elaboração, Angra 3 ganhe prioridade, com o mesmo projeto. Na infelicidade de algo ocorrer, as vítimas serão os moradores da região e também os do Rio ou de São Paulo, segundo queiram os ventos... Que em 2018 não permaneçamos silenciosos! É uma exigência de cuidado com a vida humana.</p>